Sea Shepherd, conheça a história desta ONG e de seu fundador Paul Watson
Paul Watson, Toronto, Canadá, dezembro de 1950. Desde criança gostava de animais e vida selvagem. Em 1960, torna-se membro do Kindeness Club, de defesa da vida selvagem. Depois de ver a morte de um castor, promete confiscar armadilhas do tipo que prendem a perna dos animais. Ainda criança, luta contra caçadores de patos e cervos. Mais tarde vai para Vancouver, onde trabalha como bombeiro no navio Canadian Pacific Princess Marguerite. Em 1968, entra para a guarda costeira canadense. E, em 1969, se engaja na tripulação do cargueiro Bris, em viagem pela Ásia e África. Apesar de marinheiro por paixão, formou-se em comunicação linguística pela Universidade Simon Fraser na Columbia Britânica. Em 1977, funda a mitológica Sea Shepherd, os ‘pastores do mar’.
No Greenpeace
Em 1969, para protestar contra testes nucleares da Comissão de Energia Atômica na ilha de Amchitka, engaja-se na ONG Greenpeace e organiza uma viagem-protesto pela costa canadense. Em 1971, começou a viagem do Greenpeace I, ex-navio de pesca. Os testes foram suspensos e o navio volta para Vancouver. Foi o primeiro sucesso. Watson foi um dos fundadores e diretores do Greenpeace.
As baleias
Em 1976, nova viagem, desta vez no Greenpeace V, caça- minas reformado. A tripulação enfrentou a frota baleeira soviética ao norte do Havaí.
O nome Sea Shepherd
Pouco depois, Watson e David Garrick organizaram a primeira campanha do Greenpeace para proteger as focas-da-groenlândia. Durante a viagem, Watson, para um navio de caça, o Endeavor Artic. O relato escrito por ele, publicado no jornal Geórgia Straight, foi intitulado Pastores da Costa de Labrador. Foi o que inspirou o nome Sea Shepherd.
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Em 1977 Paul Watson liderou a segunda campanha do Greenpeace contra a caça às focas, com apoio de Brigitte Bardot. Durante a campanha, Watson algemou-se a uma pilha de peles de focas anexadas ao guincho do navio num esforço para que esse parasse. Quando os caçadores perceberam, arrastaram a pilha, com Watson preso, através do gelo. Em seguida balançavam-nos no ar, batendo contra o casco do navio. E mergulharam a massa nas águas frias. Watson perde a consciência. Mas teve mais. Ele foi amarrado a uma maca e içado a bordo, onde os caçadores quase o sufocaram, pressionando gordura de foca em seu rosto e arrastando-o através do deck, chutando seu corpo.
1977, Watson sai do Greenpeace
Foi em junho deste ano que, em desacordo com tática da ONG, Watson sai do Greenpeace e funda a Earth Force Society, futura Sea Shepherd. A nova ONG dedica-se à pesquisa, investigação e aplicação das leis para proteger a vida marinha. Em especial baleias, golfinhos, focas, tubarões etc. Em 1978, com o apoio financeiro de Cleveland Amory do Fundo para Animais, a Sociedade comprou seu primeiro navio (uma traineira marítima britânica) e o renomeou como Sea Shepherd.
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A saga da Sea Shepherd
Em 1978, com a ajuda de Cleveland Amory e do Fundo para Animais, Watson adquiriu um navio-arrastão da Grã-Bretanha e o modificou. A primeira viagem foi em março de 1979. Destino: o Golfo de St. Lawrence. Objetivo: divulgar a caça de focas canadenses (Saiba mais). A Sea Shepherd Conservation Society foi formalmente incorporada nos Estados Unidos em 1981 no Oregon. De lá para cá, a Sea Shepherd embarcou em mais de 200 viagens cobrindo muitos dos oceanos do mundo e defendendo a vida marinha ao longo do caminho.
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A Sea Shepherd é o primeiro navio a ir para o gelo com o propósito de proteger focas. Os tripulantes salvam mais de mil focas bebês na costa do Canadá, pulverizando suas peles brancas com uma tinta orgânica para torná-las comercialmente inúteis. Watson e sua equipe borrifam corantes vermelhos em mais de mil focas antes de serem presos. Foi a primeira de muitas prisões.
Sea Shepherd expõe os piratas do mar
Foram várias expedições ao longo de 1979 mas, talvez a mais notória, seja a que aconteceu em Julho: Depois de se infiltrar na operação criminosa internacional que banca as atividades do pirata baleeiro Sierra, o Capitão Paul Watson leva o Sea Shepherd ao mar para caçar o navio. Ele encontra o pirata baleeiro em águas portuguesas. Em 16 de julho, Watson bate o pirata, e o desativa. O Sierra busca abrigo em Leixões, Portugal, onde o Sea Shepherd se rende à Marinha Portuguesa. A história faz as manchetes em todo o mundo. E expõe as operações dos baleeiros piratas e suas conexões com o Japão e Noruega. O capitão do porto decide que não haverá acusações contra o Capitão Watson e sua tripulação.
1980 – ainda o navio pirata Sierra
A Sierra Trading Company gasta mais de um milhão de dólares para reparar a Sierra. O proprietário Andrew Behr planeja retomar a caça às baleias. Seus planos são frustrados quando dois homens e uma mulher entram nas águas do porto de Lisboa durante a calada da noite de 6 de fevereiro. O Sierra é afundado sem ferimentos em sua tripulação, e a carreira do navio baleeiro ilegal mais implacável do mundo chega ao fim.
Março: O Capitão Watson lidera uma tripulação com três caiaques oceânicos para o Golfo de St. Lawrence, violando sua ordem de liberdade condicional. Centenas de focas são pulverizadas com tinta azul inofensiva. Watson desafia o Canadá para prendê-lo. Sua condenação de 1980 é posteriormente anulada em recurso.
Junho: O Sea Shepherd II atravessa o Canal do Panamá pela primeira vez a caminho de Los Angeles e Vancouver para divulgar a caça ilegal de baleias cinzentas.
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Sea Shepherd, campanha de 1986
Este ano marca uma das mais memoráveis campanhas de Watson. Em Julho o Sea Shepherd II parte para as Ilhas Faroé Dinamarquesas para documentar e obstruir a caça às baleias-piloto. Capitão Watson envia uma equipe de cinco tripulantes para se encontrar com o governo. Todos são presos sem acusação.
O Sea Shepherd II se recusa a deixar as Ilhas Faroé até que a tripulação seja libertada. Os habitantes respondem atacando com fogo de fuzil e gás lacrimogêneo. O capitão Watson imediatamente ordena que a tripulação do Sea Shepherd II defenda o navio com canhões de água, e canhões cheios de chocolate e recheio de torta de limão. Os atacantes faroeses são humilhados. O Sea Shepherd II escapa com documentação de atividades baleeiras, e um confronto dramático. O incidente é filmado e exibido em um documentário premiado produzido pela BBC intitulado Black Harvest.
1990
O Sea Shepherd II parte de Seattle à procura de frotas de redes de deriva no Pacífico Norte. Uma frota japonesa está localizada a cerca de 1400 milhas do Havaí. O Sea Shepherd II afunda cerca de 100 quilômetros de redes de monofilamento. O custo dos danos aos japoneses é superior a dois milhões de dólares. A documentação em vídeo da ação é exibida em todo o mundo, incluindo a televisão japonesa.A resposta oficial japonesa foi que “nada aconteceu”.
1991
As campanhas continuam durante todos estes anos, sempre com grande sucesso. Mas, 1991 é também um marco para a ONG. A Sea Shepherd compra o antigo navio de patrulha Cape Knox, da Guarda Costeira dos EUA. O navio é renomeado como Edward Abbey em homenagem ao autor, amigo de Watson e membro do Conselho Consultivo da ONG. No ano seguinte um tripulante da Sea Shepherd embarca no navio ilegal de redes de deriva Jiang Hai, em Kaohsiung, Taiwan. O navio é afundado nas docas por violar a Resolução da ONU que proíbe a pesca à deriva.
Em 1992, no Brasil
Em Junho (92) o Capitão Watson participa da reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Brasil.
O Capitão Watson informa à mídia escandinava que a Sea Shepherd Conservation Society irá direcionar qualquer operação de caça às baleias por qualquer nação que não cumpra os regulamentos da Comissão Internacional da Baleia (IWC).
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De 95 até 2018, melhores momento do Sea Shepherd
Ou os piores, como o que aconteceu quando estavam no Golfo de St. Lawrence para onde foram o Capitão Watson, Martin Sheen e sua tripulação. Uma multidão de caçadores furiosos invade o hotel das Ilhas Magdalen, onde estão hospedados. Eles arrombam as portas, entram no quarto do Capitão Watson e o espancam.
Como resposta, neste mesmo ano a Sea Shepherd compra uma traineira britânica, registrada na Noruega, chamada Skandi Ocean. O navio é renomeado para Sea Shepherd II.
Março de 1997
Em março de 97 nova prisão, desta vez em Bremerhaven pela polícia alemã com um mandado norueguês da Interpol. Ele é detido por um dia e libertado pelo promotor que determina que o mandado contém informações contraditórias.
1999
Em 99 o Sea Shepherd fornece fundos para o especialista internacional em esturjão Dr.Vadim Birstein, em um programa de pesquisa para determinar a extensão do comércio ilegal de caviar russo, e seus efeitos sobre o esturjão do Mar Cáspio.
2003, Taiji, Japão
Em 2003 a Sea Shepherd chega em Taiji, Japão. Deste encontro sai o documentário que ganhou o Oscar. Aos poucos, entre uma e outra viagem à Antártica para impedir a caça aos cetáceos, o Sea Shepherd coloca seu foco na pesca ilegal, e na pesca predatória. Em 97 várias expedições são feitas para impedir a caça de tubarões em razão de suas barbatanas.
2015
Em 2015 a Sea Shepherd Conservation Society firma acordo de parceria com o governo da Comissão de Áreas Naturais Protegidas do México e o Procurador Federal para Proteção Ambiental para proteger a vaquita. Em 2016 a ONG e o Animal Legal Defense Fund arquivam uma moção para intervir no processo SeaWorld vs. California Coastal Commission.
Hoje a luta do Capitão se voltou contra a pesca ilegal, uma das piores pragas que invadem os mares do planeta. Oxalá tenha grande sucesso. Até hoje não houve força no mundo capaz de brecar a estúpida pesca industrial. Ela tira do mar até acabar. Que Watson, e sua equipe, cheguem antes.
Imagem de abertura: sea shepherd
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Watson;https://www.seashepherd.org.au/who-we-are/our-history.html.
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Acompanho o Sea Sheppard há anos.
O Capitão e sua tripulação têm uma coragem infinita.
São maravilhosos! Com mais gente assim o planeta estaria salvo.
Mas a ganância provavelmente vai prevalecer e o destino do ser humano será a extinção da face a Terra.
Por sinal, mais do que merecido. Já iremos tarde. O animal mais perverso, pequeno, mesquinho e desprezível que habitou este planeta fantástico.
Este é uma das pessoas que faz a diferença no mundo com todos os seus seguidores, quem sabe todo esse movimento tenha um futuro com mais consciência da gerações que estão por vir. E que ele tenha vida longa para buscar os seus objetivos que são bem definidos conforme a bela reportagem que mostra com muita clareza.
Da forma com as baleias são caçadas pelos japoneses e outros são muitos crueis, principalmente nas Ilhas Faroé, pois nao há reposição,eu abriria mao do ato de comer carne. Ainda bem que tudo que se faz de mal contra a natureza ela cobra dobrado. Tem um comentario acima que é muito verdadeiro, se não ha consumo não há caçada.
Na foto do Rio Summit em 1992, Watson está parecido com fidel castro… que coincidência…
Como disse o capitão Watson, se as frotas de guerra fossem feitas pra proteger a vida marinha; a vida nos mares estaria salva…
Parem de consumir, que eles param de matar. É simples.
E como ficam bacalhaus, cação que é tubarão cheio de mercúrio metálico, filhotes de atuns vendidos nas peixarias dos nossos supermercados, sardinhas que seguramente já estão em extinção…. tudo isto compõem a cadeia alimentar das baleias que num futuro breve morrerão de inanição.
👍👍👍👍👍👍👍
👍
Apoiado!
Viva a Sea Shepherd e viva o veganismo!
André você tem total direito de pensamentos e expressões, mas saiba que veganismo é negar-se a si mesmo, pois se a sua progenitora o tivesse criado vegano talvez estivesse saltando de galho em galho. Como disse você tem totais direitos de ações, mas leia pelo menos a bíblia e outros livros que valham a pena e não fique nestes modismos que não levam a nada.
Ótima matéria! O Sea Shepherd no Brasil foi fundado pelo Capitão em 1999 e continua forte no combate do lixo marinho e pesca ilegal.
Essa é uma pessoa que podem dizer que realmente fez algo para o mundo.(seus tripulantes e companheiros(as) de luta tb).
Precisamos de mais homens como o capitao Watson. Parabens e que Deus o abencoe.
De que valem proteções de uma ou duas espécies marinhas se em poucos dias os católicos brasileiros correrão aos mercados comprar balhau quem pode e lambaris os menos afortunados ou você acredita que o dito capitão leva ovos de aves, fígados bovinos, picanhas e lombos suínos para as longas aventuras dele e não pegam nada do mar???? Ele é o tipo FAÇA O QUE FALO, MAS NÃO FAÇA O QUE FAÇO e em troca deste estrelismo barato arregimenta alguns fracos de mente e se acha. O fantástico é que tem quem acredita.
Tetsuo, todos seus comentários são ridículos e cheios de intolerância. Responderei esse para levar um pouco de informação para seus discursos ignorantes. Capitão Watson é vegano e adota uma política de alimentação vegana em todos os navios da frota. Essa foi uma das razões por ter se desligado do Greenpeace, uma instituição não vegana. E realmente não adianta salvar apenas uma ou outra espécie. Por isso a importância do veganismo. Assim, os católicos de todo o mundo, não só no Brasil, não seriam coniventes com a pesca predatória.
Que DEUS proteja a esse ILUMINADO Homem e defensor da VIDA….LONG LIVE TO YOU CAPTAIN WATSON….Vida Longa ao Sea Shepherd…🙏🏻🙏🏻
vida longa a este marinheiro e sua equipe!!!!!