Tubarões ou cações, está na hora de conhecer a importância destes predadores do topo da cadeia
Tubarões ou cações: sua importância reside no que diz o título, ‘predadores do topo da cadeia de vida marinha’. Ao acabar com eles, como vem acontecendo por motivos fúteis e mesquinhos, a pesca industrial está contribuindo para um tremendo e definitivo abalo em toda a cadeia de vida dos oceanos. Eliminando os tubarões, a pesca acaba com o que os pescadores mais precisam: abundância de peixes!
A importância dos predadores
Predadores de topo de cadeia são responsáveis pela manutenção do equilíbrio no ecossistema marinho. Eles se alimentam de peixes e invertebrados que estão menos aptos à sobrevivência, garantindo a saúde dos estoques pesqueiros de todo o mundo. Ainda assim, por ano são massacrados entre 70 e 100 milhões de tubarões ou cações. O principal responsável pelo massacre é a pesca industrial, mas a esportiva, ao menos no Brasil, também tem sua parcela de culpa. Quanto à sobrepesca, nem se fala.
Conheça os tubarões ou cações
Eles habitam o planeta há mais de 450 milhões de anos. Os tubarões se distribuem em cerca de 470 espécies por todo o mundo (no Brasil são conhecidas 88), variando na sua forma e tamanho. Há os pequenos, como o tubarão-lanterna, o menor do mundo, com 17 centímetros de comprimento…
…até ao maior peixe do mundo, o tubarão-baleia com mais de 12 metros.
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Tubarões ou cações são o mesmo animal. Nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico. A cartilagem é flexível e tem cerca de metade da densidade do osso. Isto reduz o peso do esqueleto, poupando energia. “Geralmente não vivem em água doce, com algumas exceções, como o tubarão-cabeça-chata e o tubarão de água doce que podem viver em ambas.
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Os “temíveis” dentes
Dentes de tubarão são incorporados nas gengivas e não diretamente no maxilar, e são constantemente substituídos ao longo da vida.Diversas linhas de dentes substitutos crescem na parte interna da mandíbula e progressivamente avançam como em uma “escada rolante”; os tubarões ou cações perdem em média 6.000 dentes por ano e chegam a perder 30.000 durante toda sua vida.”
Expectativa de vida
A expectativa varia de acordo com a espécie. A maioria vive entre 20 e 30 anos. Algumas espécies, no entanto, como o cação espinhoso, ou o tubarão-baleia, podem viver mais de 100 anos.
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“A maioria dos tubarões ou cações têm oito barbatanas. Tubarões só podem desviar-se de objetos diretamente à sua frente ficando à deriva, porque suas barbatanas não permitem que nadem para trás.” E elas hoje são seus piores inimigos.
Entre 70 de 100 milhões são mortos todos os anos (dependendo da fonte de pesquisa), grande parte deles têm suas barbatanas arrancadas e são devolvidos ao mar para morrerem lentamente. As barbatanas tornaram-se sinal de status em países asiáticos. Com elas são feitas insípidas sopas (já que se tratam de cartilagem). O Brasil, infelizmente, participa deste massacre.
Flutuabilidade
“Ao contrário dos peixes ósseos, os tubarões ou cações não têm bexigas cheias de gás para a flutuabilidade. Eles dependem de um fígado grande, cheio de óleo que contém esqualeno, um composto orgânico produzido por todos os organismos superiores. Seu fígado constitui até 30% da sua massa corporal.”
Visão, olfato e audição
“Cientistas acreditam que, como muitos outros peixes, os tubarões são míopes. Sua visão é adaptada apenas para distâncias entre 2 e 3 metros, embora possa ser utilizada para distâncias de até 30 m com menor grau de definição.”
O olfato é, de longe, sua melhor arma. “Ele é extremamente apurado, permitindo-lhes identificar substâncias bastante diluídas na água, como concentrações de sangue, e outros líquidos também, abaixo de uma parte por milhão, o que equivale a perceberem uma gota de sangue (ou urina, por exemplo) a 300 m de distância em pleno oceano.”
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O seu ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e detecção das vibrações de baixa frequência, situa-se próximo ao olho. Eles têm grande sensibilidade às vibrações. O tubarão ‘percebe’ o som de um peixe se debatendo a uma distância de 250 a 1500 m. Em conjunto com o olfato, esta sensibilidade às vibrações é o primeiro mecanismo utilizado na detecção de potencial alimentação.
Reprodução de tubarões ou cações
O tempo de gestação é longo, podendo atingir os dois anos. E isso é outro sério problema com a matança que ocorre hoje. Não há tempo suficiente para substituí-los. O número de crias, varia bastante podendo ir de 1 (tubarão tigre da areia) a cerca de 300 (tubarão-baleia). O site sharks-world.com diz que “aspectos gerais de sua reprodução são crescimento lento e maturidade sexual tardia, ciclos reprodutivos muito longos, baixa fertilidade.
Tubarões ou cações são agressivos, mito ou realidade?
O grande tubarão-branco, que chega a medir até 5,5 metros, ‘foi alçado à fama’ mundial como assassino na década dos anos 70 com o filme “Tubarão”, de Steven Spielberg. Um desserviço prestado pelo cineasta; encheu seus bolsos de dólares, e sua reputação foi às alturas. Mas depois do filme os tubarões passaram a ser vistos como ‘inimigos a serem abatidos’, o que é um absurdo. Sobre ser um animal “agressivo”, leia o que disse o Dr. Erich K. Ritter, Senior Scientist no Green Marine Institute, e Professor Assistente na Hofstra University, New York:
Quando seres humanos usam suas emoções para descrever organismos vivos, chamamos de antropomorfismo. Isso pode se estender do lobo “mau” até a raposa “astuta”, ou a cobra “falsa”. Mas não significa que o comportamento desses animais corresponda a esses atributos, e sim que os humanos percebem ou interpretam os animais sob essa luz.Um dos melhores exemplos disso é o tubarão “agressivo”. O tubarão “agressivo” é tão irreal quanto o “adorável” tubarão. Ambos imagens de nossas próprias fantasias.
As mortes de banhistas no Recife
As mortes de banhistas no Recife, por exemplo, que já chegaram a 25, acontecem por hemorragia depois da primeira mordida. O animal confunde o ser humano com sua alimentação e o morde. Imediatamente após perceber que não se trata de seu alimento, ele solta a vítima. Mas, na maioria dos casos, é tarde demais. A hemorragia provoca sua morte. Por falar nisso, saiba que antes de 1992 não havia ataques de tubarões no Recife, depois, sim. Por que os tubarões ‘decidiram atacar’ pós 92? Eles não ‘decidiram’, foram forçados a mudarem de habitat por culpa dos governos estadual e Federal, que construíram o porto de Suape sem o necessário aprofundamento dos estudos ambientais.
As funções dos tubarões ou cações no ecossistema marinho
O site sharksavers.org diz que “os tubarões evoluíram em uma interdependência estreita com seu ecossistema. Eles tendem a comer de forma eficiente, indo atrás do peixe velho, doente ou mais lento em uma população, mantendo-a mais saudável. Os tubarões preparam populações para o tamanho certo, de modo que essas espécies não causem danos ao ecossistema tornando-se muito populosas.”
Alguns também buscam no fundo do mar carcaças mortas para se alimentarem. Removendo os doentes e os fracos, eles impedem a propagação de doenças e previnem surtos que poderiam ser devastadores. Como os peixes maiores, mais fortes e saudáveis geralmente se reproduzem em maior número, o resultado é um número maior de peixes saudáveis.
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O ecossistema oceânico é composto de teias alimentares muito intrincadas. Os tubarões estão no topo dessas teias e são considerados pelos cientistas como “pedras-chave”, o que significa que removê-los faz com que toda a estrutura entre em colapso.
Tubarões mantêm habitats saudáveis
Tubarões mantêm leitos degramas marinhas e outros habitats saudáveis. Através da intimidação, os tubarões regulam o comportamento das espécies e impedem-nas de destruir habitats. Cientistas do Havaí descobriram que os tubarões-tigre tiveram impacto positivo na saúde dos leitos de gramas marinhas. As tartarugas, que são suas presas, pastam na grama do mar. Na ausência de tubarões-tigre, as tartarugas passavam todo o tempo procurando a grama marinha de melhor qualidade e mais nutritiva.
Esses habitats logo foram destruídos. Quando os tubarões-tigre estão na área, no entanto, as tartarugas pastam sobre uma área mais ampla e não sobrepujam toda uma região. Onde os tubarões são eliminados, o ecossistema marinho perde o equilíbrio. A excessiva pesca de tubarões ou caçõesjá está causando sérios problemas ao mais importante ecossistema marinho, os corais.
Tubarões podem desaparecer nas próximas décadas
Quase 40% de todas as espécies de tubarão estão ameaçadas de extinção. Estes animais, que sobreviveram por 450 milhões de anos, podem desaparecer em breve, mesmo que algumas espécies hoje sejam estudadas para curar doenças como a osteoporose por exemplo.
A crescente demanda por sopa de barbatana aumentou de tal forma o abate que o perigo se avizinha. Muitas espécies estão em vias de extinção. É este o futuro que queremos deixar para as próximas gerações?
Já está provado que estes animais valem mais vivos que mortos. Por isso ambientalistas lutam pela criação de santuários de tubarões no Brasil, e no mundo. Por sua importância os tubarões são monitorados com satélites.
Imagem de abertura: CHRIS BRUNSKILL LTD/CORBIS VIA GETTY IMAGES
Fontes: http://topbiologia.com/menor-tubarao-do-mundo/; https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o; https://www.mundodosanimais.pt/peixes/tubaroes/;https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o; http://www.sharksavers.org/en/education/the-value-of-sharks/sharks-role-in-the-ocean/; https://www.sharks-world.com/shark_reproduction/.
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A foto que vocês colocam como tubarão-fantasma, é, na verdade, de uma quimera, também participante do grupo dos peixes cartilaginosos, mas a sub-classe Bathoidea. Tubarões e raias são da sub-classe Selachimorpha 😊
Não tem mais jeito mesmo. É avabar com o mundo, acabar com a civilização humana. Aí o mundo ficará em equilíbrio
Recomendo mudar para ” mar no fim” pois destruímos tudo onde tocamos, seja vaidade, ganância ou ignorância.
o ser humano é o único animal que quando vc retira de um habitat este fica em equilíbrio!
Chega dar uma tristeza no coração e na alma. Será que o ser humano merece a vida que tem? Essa raça asiática não tem dó nem piedade de nada, extermina tudo, sem compaixão, preocupação. E os verdadeiros predadores com sua cobiça, cortam a barbatana e deixam o bicho a própria sorte, é muita ruindade.
Sempre admirei essa maravilha da natureza, evoluída por milhões de anos. Fico chocado e muito revoltado com o descaso com que são tratados pela parte podre da indústria da pesca, que busca seu extermínio sem que ninguém os impeça. É preciso uma campanha mundial, com adesão de governos, num trabalho de proteção da espécie, a exemplo do que já aconteceu com as baleias.
Fiquei chocada ao descobrir que cação se tratava de tubarão,
Acredito que assim como eu muitas pessoas consomem sem saber.
Por isso me comprometo a fazer o maior numero de divulgação possível sobre o assunto.
Posso não mudar a cabeça de todos, mas que assim como a minha ao saber, pelo menos outra eu consiga, uma que seja
A DIFERENÇA EN7RE CAÇÃO E 7UBARÃO É QUE NO MAR É 7UBARÃO NAS BANCAS VIRA CAÇÃO POR ACASO JA VIRAM CABEÇA DE CAÇÃO E COMO O BACALHAU CABEÇA SÓ NA NORUEGA
a humanidade deveria ser alertada , pensar no futuro é essencial se existem é porque tem finalidade especifica quem ve a realidade tem que mostrar e fazer campanha a favor desses aninais.
Ary, veja bem no Brasil por volta dos anos 1974 ou próximo a esta data se cantavam “90 milhões de ladrões, salve a seleção…”; se eram ou não ladrões não interessa, mas éramos 90 milhões e hoje 210 milhões ou pouco mais porque censo do IBGE e nada são iguais então em 44 anos só aumentamos em 120 milhões de exemplares predadores. Como alimenta-los? Dizem que em 2050, ou seja daqui a 32 anos seremos 9 bilhões de famintos no mundo e na velocidade reprodutiva no Brasil chegaremos facilmente além de 300 milhões.
O texto é interessante mas falha ao detalhar a diferença entre tubarão e cação, que é a seguinte:
– se você está atrás dele, é um cação,
– se ele está de você, é um tubarão, simples assim.
Se vc comeu ele, cação; se ele te comeu, tubarão…