Porta-aviões, uma breve história destes enormes navios

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Porta-aviões, uma breve história destes enormes e importantes navios

De acordo com a britannica.com, “durante a Primeira Guerra Mundial a marinha britânica desenvolveu o primeiro verdadeiro porta-aviões com uma cabine de comando desobstruída, o HMS Argus, construído em um casco de navio mercante convertido. A guerra terminou antes que o Argus pudesse ser colocado em ação, mas as marinhas dos EUA e do Japão seguiram rapidamente o exemplo britânico. “

imagem do HMS Argus, o primeiro porta-aviões
O HMS Argus.

Como todos os outros, o HMS Argus levava seus aviões nos porões. O navio serviu na Marinha Real entre 1918 e 1944. Após o comissionamento, o navio esteve envolvido por vários anos no desenvolvimento do projeto ideal para outros porta-aviões. Ele foi parcialmente modernizado pouco antes da Segunda Guerra Mundial e serviu como navio de treinamento para prática de desembarque de convés até junho de 1940

imagem do porão do HMS Argus

Em 1920 o HMS Argus era assim:

imagem do HMS Argus em 1920

Os porta-aviões, ou bases aéreas móveis

De acordo com o www.nocgms.com/ “O moderno porta-aviões militar é uma máquina de guerra formidável. É essencialmente uma base aérea móvel, capaz de implantar a força aérea de um país em qualquer lugar do mundo, independentemente da distância do país de origem. Essas máquinas incríveis podem medir até 333 metros de comprimento e pesar mais de 106.300 toneladas. Os maiores porta-aviões podem transportar até 90 aviões e helicópteros, com uma tripulação complementar completa de 3.200 marinheiros e outros 2.480 aviadores.”

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‘O humilde começo do porta-aviões’

Para o www.nocgms.com/ , “O humilde começo do porta-aviões remonta ao século XIX, onde balões de ar quente eram usados para fins de observação. Em 1849, a marinha austríaca usou balões de ar quente em uma tentativa fracassada de lançar bombas na cidade de Veneza. Durante a Guerra Civil Americana, os Estados Unidos usaram balões cheios de gás para observação de longa distância das forças confederadas.”

imagem de balão que precedeu os porta-aviões
Ilustração: www.nocgms.com/.

Porta-aviões depois da Primeira Grande Guerra

“Em meados da década de 1920, várias marinhas ao redor do mundo encomendaram a construção de porta-aviões de convés plano. Esses navios geralmente eram criados usando outros já existentes que foram modificados para cumprir suas novas funções. Durante a Segunda Guerra Mundial, eles se tornaram a espinha dorsal das marinhas dos EUA, britânicos e japoneses, e desempenharam um papel significativo na batalha.”

A era dos jatos

www.nocgms.com/ : “O surgimento de aviões a jato provocou mudanças significativas no design do porta-aviões, introduzindo uma pista de pouso angular (9 pés fora do eixo principal do navio), permitindo pousos mais seguros. Se um piloto  sentir a falta dos cabos do prendedor (usados ​​para desacelerar os aviões), ele só precisa aumentar a velocidade e decolar mais uma vez, sem arriscar o resto do navio. Outra melhoria foi a introdução das catapultas movidas a vapor, usadas  para lançar aviões em alta velocidade.”

A era nuclear

Britanica: “Em 24 de setembro de 1960, o primeiro porta-aviões nuclear, o Enterprise, foi lançado pelos Estados Unidos. Não havia necessidade de depósitos de combustível, chaminés e dutos para a eliminação de gases de escape que haviam ocupado espaço em transportadoras anteriores.”

www.nocgms.com/ :”As décadas de 1950 e 1960 deram início à era nuclear, bem como à invenção do helicóptero, e essas duas inovações trouxeram uma nova era no design de porta-aviões. Reatores nucleares foram instalados no novo porta-aviões USS Enterprise, permitindo a operação por períodos significativamente mais longos, enquanto os porta-helicópteros foram construídos como pequenos porta-aviões. Durante esse período, a Marinha britânica criou uma maneira engenhosa de construir transportadoras menores, incorporando rampas, encurtando assim a distância necessária para o lançamento dos aviões.”

Países que têm porta-aviões atualmente

De acordo com o site www.popularmechanics.com/, Estados Unidos, Russia, Inglaterra, França, Índia, Japão, Austrália, Itália, Coreia do Sul, Brasil (o país teve dois, o Minas Gerais, e o NAe São Paulo), Espanha, e Tailândia são os países que têm porta-aviões, e ou helicópteros, hoje. Segundo a mesma fonte, “atualmente, existem três tipos de porta-aviões: porta-aviões maiores que transportam aeronaves de asa fixa e helicópteros, navios menores que operam helicópteros e navios anfíbios que possuem conveses de voo, hangares e helicópteros completos. Dos 36 navios deste tipo  operando nas águas do mundo os Estados Unidos são donos de 19.”

O maior porta-aviões do mundo

De acordo com o site www.naval-technology.com/ são os porta-aviões da classe Gerald R Ford, cujo deslocamento é de 100.000 toneladas. O primeiro desta classe, é o USS Gerald R. Ford que  foi entregue à Marinha dos EUA em maio de 2017.

imagem do maior porta aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford
O USS Gerald R. Ford. Imagem,https://news.usni.org/.

O Brasil e os porta-aviões

O Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais (A-11), que serviu em três marinhas de guerra ao longo de cinquenta e seis anos e foi primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil. Ele foi comprado  em 1956. O HMS Vengeance (R-71) foi construído entre 1942 e 1945, no Reino Unido, para ser usado contra os japoneses, no Pacífico. Mas não chegou a entrar em combate: estava em Sidney, na Austrália, quando veio a paz.

Rebatizado Navio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais (A-11), ele nos deu cinquenta anos de serviços. Foi o capitânia (ou seja, o navio mais importante) da Armada Brasileira (Saiba qual navio da MB é a nau-capitânea hoje). Entrávamos assim no seletíssimo grupo de países com porta-aviões. Mesmo com esta ficha heroica, o Minas Gerais foi vendido em 2002 e acabou sua vida no maior cemitério de navios do mundo (Saiba mais).

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imagem do porta-aviões Minas Gerais
O Minas Gerais. Imagem, marinha do Brasil.

Navio capitânia da Marinha do Brasil

Trata-se  do porta-helicópteros de múltiplo emprego PHM A-140 Atlântico, ex-Ocean, da frota inglesa. O navio, um gigante de 203 metros, tem o tamanho de dois campos de futebol. Além dos 465 tripulantes, pode transportar cerca de 800 fuzileiros. Em seu bojo, além de um esquadrão de blindados de ataque, lanchas de desembarque anfíbio. O navio desloca cerca de 22 mil toneladas. Leva até 18 aeronaves de diversos tipos (Saiba mais).

imagem do PHM A-140 Atlântico
Imagem, Marinha do Brasil.

A importância dos porta-aviões hoje

Matéria da Folha de S. Paulo, de dezembro de 2019 diz que “…o tradicional poder naval, em outras palavras, os porta-aviões, mostrou que não só está vivo, como é central para as potências do século 21. Semana passada, diz a Folha, ‘a China comissionou à sua Marinha o seu segundo porta-aviões, o Shandong, o primeiro feito integralmente em estaleiro próprio. Uma semana antes, fora a vez de o Reino Unido estrear seu segundo navio do tipo, o Prince of Wales. Com isso, ambos os países se unem ao seleto clube de operadores de mais de um porta-aviões, a belonave símbolo do domínio dos oceanos – time liderado pelos 11 colossos movidos a energia nuclear norte-americanos e integrado por dois barcos de proporções bem mais modestas da Itália.”

imagem do porta-aviões da China Shandong
O Shandong.

Índia

Prossegue a FSP: “A Índia está chegando na sequência, finalizando seu primeiro modelo doméstico para operação em 2021, baseado no porta-aviões de fabricação russa Vikramaditya que já opera desde 2013. A estreia chinesa foi a que mais chamou a atenção, já que a segundo economia do mundo está em processo de modernização de suas Forças Armadas e parece ter objetivos bem claros para a sua Marinha. No caso, assegurar o domínio do mar do sul da China, que o país militarizou ao criar fortalezas em ilhas artificiais nos últimos anos (Saiba mais) .” E finalizou o jornal: “A potência dominante, os Estados Unidos, é contra o movimento, assim como a vizinhança composta por filipinos e vietnamitas.

Assista ao vídeo do porta-aviões da classe Gerald R Ford, em exercícios

USS Gerald R. Ford Conducts High Speed Turns

Imagem de abertura: You Tube

Fontes: https://www.britannica.com/technology/aircraft-carrier; https://en.wikipedia.org/wiki/HMS_Argus_(I49); http://www.nocgms.com/al/aircraft-carrier-history/aircraft-carriers.html; https://www.popularmechanics.com/military/navy-ships/g2412/a-global-roundup-of-aircraft-carriers/; https://www.naval-technology.com/features/feature-the-10-biggest-aircraft-carriers_4067861-4067861/; https://news.usni.org/2019/10/25/worlds-most-expensive-warship-starts-sea-trials-after-more-than-a-year-of-repairs; https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/12/novos-porta-avioes-evidenciam-que-batalha-naval-ainda-importa-a-potencias.shtml.

Naufrágios da Segunda Guerra Mundial e óleo no litoral do Brasil

Comentários

9 COMENTÁRIOS

  1. Sou leigo e longe de opinar sobre o assunto, achei uma burrice afundarem o São Paulo…se o problema era o amianto, o que fazer com a milhares de casas que ainda tem caixa dagua e telhas de amianto?…o que impediria esse enorme navio de virar museu, lojas ou bares em algum porto, tornando-se atração turistica? será que era só o São Paulo que tem material danoso a saude? e os milhares de cigarros vendidos a cada minuto mundfo afora??? será que são “saudáveis”???

  2. Todo navio tem uma vida útil. Muitas vezes o armamento torna-se obsoleto, outras vezes as máquinas não comportam mais serem reparadas, etc. Para os homens do mar ver seu velho e querido navio virar sucata é triste, mas é necessário. Porém alguns navios, conforme suas condições podem ser transformados em navios museus.

  3. A primeira missão com porta-aviões na 2ª guerra foi com o porta-aviões inglês HMS Illustrious no dia 11 de novembro de 1940, fazendo uso de biplanos Swordfish realizou um ataque ao porto italiano de Taranto. Essa guerra que se chamou Batalha de Taranto que foi um sucesso para os ingleses, serviu para os japoneses se basearem para atacar Pear Harbor em 1941.

  4. O Minas Gerais poderia ter sido aproveitado como navio hospital prestando serviços na Amazônia e com a Covid 19 em cidades necessitadas como a própria Rio de Janeiro. Teria sido muito útil.

    • A Marinha do Brasil avaliou o navio como tendo muitos problemas, que já tinha idade avançada, e dessa forma tomou a decisão de desincorporá-lo. Era um navio a cujas missões de outras naturezas, que não sua original de sua construção, não se fazia conveniente, e mesmo por motivos de dificuldades de manutenção e gastos envolvidos, e dessa forma as autoridades navais resolveram por encostar o navio, dando baixa no serviço ativo. Esse tipo de decisão só cabe aos especialistas da Marinha e qq tipo de opinião externa vai ser perder em vâ análise, ou seja, é tão somente um assunto para autoridades com expertise no assunto. A Marinha do Brasil já tem os navios-hospitais que precisa, ou a quantidade que lhe é possível possuir e manter.

  5. Se prestar mais atenção no texto, lerá …”países que têm porta-aviões, e ou helicópteros”. O Brasil tem porta helicópteros, então faz parte do grupo.

  6. Ola,
    A Reportagem aborda de maneira clara; Estados Unidos, Russia, Inglaterra, França, Índia, Japão, Austrália, Itália, Coreia do Sul, Brasil, Espanha, e Tailândia são os países que têm porta-aviões, e ou helicópteros, hoje. Possuímos UM PORTA-HELICÓPTEROS, PHM-ATLÂNTICO A-140 ( adquirido da esquadra Inglesa HMS-OCEAN). O que falta é o, – PORQUE O BRASIL (com extensão A Amazônia Azul), NÃO possuímos “Uma GUARDA-COSTEIRA”, pois A Marinha, assim como O EXERCITO, Não Fiscalizam ACIDENTES DE TRANSITO ! (vide derramamento petróleo na costa brasileira e até hoje não sabemos o que o ocorreu ). ABC e FELIZ 2020.

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