Conheça o navio de guerra mais antigo do mundo ainda em serviço
O batimento da quilha aconteceu em 1936, e o lançamento, em 1937. Com 55 m de comprimento, 10.1 m de boca (largura) e 1.6 m de calado, sua couraça protetora atinge 3 polegadas. A propulsão utiliza 2 caldeiras e 2 conjuntos de máquinas a vapor de tripla expansão Thornycroft gerando 1300 hp, acoplados a dois eixos. A velocidade máxima é de 12 nós, e o raio de ação, 1.350 milhas. A tripulação é formada por 90 homens. Em 1943 foi incorporado ao Comando Naval do Leste, quando tomou parte na Segunda Guerra Mundial. Este é o M Parnaíba U 17, o ‘Caverna Mestra da Armada’, ou seja, o navio de guerra mais antigo do mundo e ainda em serviço, depois de 87 anos de serviços prestados!
“Jaú do Pantanal” ou “Caverna Mestra da Armada” joia da Marinha Brasileira
A Sociedade Militar, em artigo, assim define o navio: A Marinha do Brasil acaba de abalar o cenário naval mundial com uma revelação surpreendente: o navio de guerra mais antigo em atividade, o lendário Parnaíba – U 17, continua a desempenhar um papel vital na defesa nacional. Com uma história rica e repleta de bravura, o Parnaíba participou de missões cruciais durante a Segunda Guerra Mundial, enfrentando submarinos alemães e protegendo a costa brasileira. Este monitor, carinhosamente apelidado de “Jaú do Pantanal” e “Caverna Mestra da Armada” (o mais antigo), é uma joia da Marinha Brasileira, operando incansavelmente há 86 anos.
Construído pelo Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, comissionado por Getúlio Vargas e batizado pela Primeira-Dama Darcy Vargas, o Parnaíba não é apenas um relicário flutuante, mas um testemunho vivo da história e da capacidade da indústria naval brasileira, diz a Sociedade Militar.
O projeto do navio é para operações ribeirinhas onde atua ainda hoje nas águas fluviais de Ladário, Mato Grosso do Sul, desde sua incorporação à Flotilha do Mato Grosso em 4 de março de 1938. Neste ano já tinha sofrido um incêndio em sua praça de caldeiras. Segundo a Sociedade Militar, ele operou em centenas de missões com motor a vapor até sua modificação para motor a diesel em 1999.
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Quando os alemães começaram a bombardear os navios mercantes brasileiros sem uma declaração de guerra, chamaram o Parnaíba. Naquela época, o navio estava envolvido em exercícios com a Flotilha de Mato Grosso, no rio Paraguai. Entretanto, o comandante recebeu a ordem de seguir para o Rio de Janeiro. Ali preparariam o Parnaíba para realizar missões de patrulhamento no porto de Salvador.
Mas, foi uma viagem perigosa. O Parnaíba, projetado para navegar em rios, tem o fundo chato. Mas, de Rio Grande até Florianópolis, o navio enfrentou mar de vagas. Finalmente, em 24 de junho ele chegou ao Rio de Janeiro onde começaram as reformas para transformá-lo para a guerra antissubmarinos.
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As principais modificações foram a substituição do pesado canhão de 152mm por um de 120mm, mais adequado a engajar um submarino inimigo na superfície e com munição mais abundante.
A reforma manteve os dois canhões de 47mm próximos ao passadiço, porém substituíram os morteiros de 87mm na parte traseira por duas metralhadoras antiaéreas de 20mm. Além disso, instalaram outras quatro metralhadoras em uma plataforma construída no tijupá, a área acima do passadiço do navio. Na época, o Parnaíba recebeu calhas para bombas de profundidade na parte traseira. Assim, armado, escoltava navios saídos do porto até pontos determinados, onde se reunia a comboios já em trajeto.
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Proteção à saída do encouraçado norte-americano Iowa
Uma das missões mais comemoradas pela Marinha foi a proteção à saída do encouraçado norte-americano Iowa (BB 61), um dos maiores e mais poderosos do mundo. Era como se o “Jaú do Pantanal”, o grande bagre predador dos rios, agora pequeno na imensidão do mar, escoltasse um tubarão branco!, diz a Sociedade Militar.
Passados os tempos de guerra, o Parnaíba voltou à sua missão nas águas do Pantanal. Em maio de 1999, após um ano e meio de obras realizadas na Base Fluvial de Ladário, a Flotilha do Mato Grosso recebeu o Parnaíba totalmente modernizado.
Entre as modificações que recebeu, estão a mudança no sistema de governo, do sistema de geração e distribuição de energia, substituição da propulsão a vapor por diesel, com a instalação de dois motores Cummins retirados das Fragatas classe Niterói, além da instalação de um convés de voo.
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