CEMADEN alerta: Ubatuba não suporta emergência climática
O balneário paulista de Ubatuba consegue se superar. Não bastam os rios transformados em esgotos a céu aberto, ou o número de praias impróprias para banho. A capital do surf faz coisas que até Deus duvida. Por exemplo, o povo reelegeu para um segundo mandato uma prefeita cassada no primeiro por suposto desvio de verbas públicas! Depois, em 29 de novembro de 2024, numa prova de depravação moral o legislativo, em manobra espúria, ‘descassou’ a prefeita. Finalmente, na eleição seguinte, a Chefe do poder executivo foi reeleita pela maioria dos votantes de Ubatuba. Agora o CEMADEN alerta que Ubatuba não tem obras que suportem a emergência climática.

Eleição é coisa séria, não se brinca nesta hora! Recentemente, um estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) analisou emprego, renda, saúde e educação nos 5.570 municípios do país e revela que 57 milhões de brasileiros vivem em municípios com baixo ou crítico desenvolvimento.

Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
Enquanto o mundo não fala em outra coisa, a prefeitura de Ubatuba, nas mãos de despreparados há mais de 10 anos, não faz se não demagogia. O mesmo acontece em Ilhabela e Caraguatatuba, há anos nas mãos de anões morais, sobretudo com a complacência de parte da mídia – que quase não cobre o assunto – e de quase a totalidade das elites paulistas que frequentam estes locais. E isso depois da tragédia do Carnaval de 2023 que soterrou 73 desvalidos, destruindo famílias, sonhos, e casas em São Sebastião.
Assista ao alerta do CEMADEN e saiba mais
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Não bastasse a negligência apontada pelo CEMADEN, um estudo da Firjan que analisou emprego, renda, saúde e educação nos 5.570 municípios do país revela que 57 milhões de brasileiros vivem em municípios com baixo ou crítico desenvolvimento.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal avaliou o nível de desenvolvimento de todas as cidades brasileiras com base em três áreas: emprego e renda, saúde e educação. Águas de São Pedro (SP) lidera o ranking nacional de 2023, com nota 0,8932.
Segundo o site oficial, ‘o índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico‘.
Para facilitar a análise, foram convencionados quatro conceitos que servem como valores de referência.
Municípios com IFDM entre 0,0 e 0,4: Desenvolvimento Crítico;
Com IFDM entre 0,4 e 0,6: Desenvolvimento Baixo;
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Cidades com IFDM entre 0,6 e 0,8: Desenvolvimento Moderado;
Localidade com IFDM entre 0,8 e 1,0: Desenvolvimento Alto.
O estudo vai além de uma fotografia anual e permite comparações ao longo dos anos para analisar a evolução dos municípios brasileiros.
O Índice Firjan tem um longo anexo que explica a metodologia que você pode acessar aqui. Importante: a edição 2025 que agora comentamos tem como base dados de 2023.
Comparativo entre as cidades do litoral paulista

Antes vamos lembrar que quanto mais próximo de 1, melhor. E que a cidade referência no Brasil, é a paulista Águas de São Pedro (SP) – 0,8932 ponto.
Ranking das cidades costeiras de São Paulo
Atenção: o ranking dos município costeiros de São Paulo está elencado do último para o primeiro.
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16º – Cananéia: Nacional, 3096º; Estadual, 631º; IDFM,0.5926
15º – São Vicente: Nacional 2675º ; Estadual 609º ; IDFM 0.6172
14º – Ilha Comprida: Nacional, 2492º; Estadual, 591º; IDFM,0.6277
13º – Mongaguá: Nacional, 2489º; Estadual, 590º; IDFM, 0.6279
12º – Itanhaém: Nacional, 1762º; Estadual, 504º; IDFM, 0.6761
11º – Bertioga: Nacional, 1602º; Estadual, 478º, IDFM 0.6850
10º – Iguape: Nacional, 1426º; Estadual, 447º; IDFM, 0.6972
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09º – Peruíbe: Nacional, 1388º; Estadual 435º; IDFM 0.6997
08º – Praia Grande: Nacional, 1180º; Estadual, 385º; IDFM 0.7140
07º – Guarujá: Nacional, 1116º; Estadual, 374º; IDFM, 0.7182
06º – Cubatão: Nacional, 875º; Estadual, 317º; IDFM, 0.7369
05º – São Sebastião: Nacional, 562º; Nacional, 232º; IDFM de 0.7631
Educação: 550º…286º…0.7858
Saúde:1525º…308º…0.6749
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04º – Ubatuba: Nacional, 523º; Estadual, 214º; IDFM 0.7669
Educação: 327º….191º…0.8097
Saúde: 2167º…397º…0.6457
03º – Ilhabela: 244º lugar no Brasil; 117º no Estadual; com IDFM 0.8019
Educação: 286º…168º…0.8159
Saúde: 284º…75º…0.7668
02º – Caraguatatuba: Nacional, 202º; Estadual, 98º; IDFM 0.8095
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Educação: 384º…220º…0.8024
Saúde: 186º…54º…0.7831
01º – Santos: Nacional, 118º; Estadual, 64; IDFM 0.8288
Educação:568º…296º…0.7837
Saúde: 195º…57º…0.7820
Considerações sobre os municípios paulistas
Em primeiro lugar, não admira Cananéia ocupar a rabeira. O município fica no Vale do Ribeira, região mais pobre do Estado e, além disso, é o derradeiro município antes do Paraná. Já São Vicente ocupar o penúltimo lugar, estando na região central do litoral, preocupa.
Ilhabela, o município mais rico do Estado, pelos milhões que recebe dos royalties do petróleo, ocupa a 03ª posição no geral. São Sebastião está em 5º, porém em Educação, ocupa a 550º posição entre os municípios do Estado, perdendo para Ubatuba que ocupa o 191º, Caraguatatuba, em 220º, e Ilhabela, em 168º.
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Iguape, que também fica na região mais pobre do Estado, ocupa a 09ª colocação e não é surpresa. Conhecemos e admiramos o prefeito Wilson Lima, que foi um dos melhores do litoral, ocupando o poder executivo por três vezes o que demonstra que os eleitores do município levam a sério seu sufrágio.
O quinto lugar de São Sebastião não espanta, é o segundo município que mais recebe royalties e, como já mostramos, depois da catástrofe do carnaval de 2023 São Sebastião se emendou.
Finalmente, há tempos que mostramos nestas páginas que Santos tem tido boas administrações. O município é exemplo em medidas para enfrentar a mudança do clima.
Além disso, segundo o Trata Brasil, Santos abastece 100% da população com água tratada, 99,93% têm acesso à coleta de esgoto e o volume de esgoto tratado chega a 97,63%.
Ubatuba, tem contas de 2023 reprovadas pelo TCE
Para encerrar, em 19 de junho o TCE aprovou um parecer pela reprovação das contas da prefeitura em 2023. Tudo isso se deve a prefeita cassada, que foi ‘descassada’ numa manobra do legislativo, e que depois foi eleita em 2024. É de se perguntar se os eleitores de lá são masoquistas.
Conclusões do estudo da Firjan
Não é nada bom, 57 milhões de brasileiros vivem em cidades com desenvolvimento socioeconômico baixo ou crítico.
Disponibilidade de apenas um médico para cada dois mil habitantes, déficit na formação de professores e baixa diversidade econômica são problemas enfrentados pelos municípios. Cidades críticas têm, em média, 23 anos de atraso em relação às cidades mais desenvolvidas.
Destaques para Déficit na formação de professores é problema apontado pelo IFDM Educação; Falta de médicos é um dos principais pontos críticos na área da saúde; Baixa diversidade econômica: nos municípios críticos, quase sete em cada dez empregos formais são na administração pública.
Conheça as 10 cidades com os melhores resultados no IFDM
1º – Águas de São Pedro (SP) – 0,8932 ponto
2º – São Caetano do Sul (SP) – 0,8882 ponto
3º – Curitiba (PR) – 0,8855 ponto
4º – Maringá (PR) – 0,8814 ponto
5º – Americana (SP) – 0,8813 ponto
6º – Toledo (PR) – 0,8763 ponto
7º – Marechal Cândido Rondon (PR) – 0,8751 ponto
8º – São José do Rio Preto (SP) – 0,8750 ponto
9º – Francisco Beltrão (PR) – 0,8742 ponto
10º – Indaiatuba (SP) – 0,8723 ponto
Você sabia que Paraty afundou ainda mais no lamaçal enfrentando novo surto especulativo por omissão da Justiça do Rio de Janeiro, além do prefeito e vereadores?