O Brasil abusa no uso de agrotóxicos? Conheça o novo marco regulatório
Se somos, ou não, campeões mundiais no uso de agrotóxicos, pouco importa. Diversas das mais confiáveis fontes citadas neste post dizem que somos um dos ‘maiores consumidores’. Para estas fontes, o Brasil é destaque, independente de ser, ou não, ‘número um’. Mas, atenção à esta afirmação: “A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão ‘contaminados’ por agrotóxicos”.
Curiosamente, todos que comentaram este post procuram ridicularizá-lo. Põem a culpa no clima tropical, ou no tamanho da área cultivada. Alegam que o país usa agrotóxicos ‘normalmente’, sem excessos. Mas nenhum contesta a afirmação divulgada pela Abrasco.
Novo marco regulatório sobre uso de agrotóxicos
O novo marco regulatório para agrotóxicos, aprovado em julho de 2019 pela Anvisa, já nasceu contestado. Para muitos, ele não atende o padrão internacional GHS (Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos). Uma das mudanças é na classificação tóxica dos produtos, outra, na comunicação dos rótulos. Segundo a Folha de S. Paulo, “apenas a a nova comunicação dos rótulos atende o estabelecido pelo GHS – desenvolvido pela ONU.” Diz o jornal, “com a mudança, novos produtos devem ser registrados com classificação mais baixa.
Na mesma semana em que foi aprovado o novo marco, “o governo federal publicou no Diário Oficial a liberação de mais 51 tipos de agrotóxicos…a tendência é que o ritmo de liberações supere o recorde do ano passado, quando o Governo Temer autorizou a comercialização de 450 produtos.”
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O Estado de S. Paulo, 4 de agosto de 2019, “Encomendado pelo Ministério da Saúde e realizado pelo Instituto Butantã, a análise de dez agrotóxicos de largo uso no País revela que os pesticidas são extremamente tóxicos ao meio ambiente e à vida em qualquer concentração. Mesmo quando utilizados em dosagens equivalentes a até um trigésimo do recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Não existem quantidades seguras”, diz a imunologista Mônica Lopes-Ferreira, diretora do Laboratório Especial de Toxinologia Aplicada, responsável pela pesquisa. “Se (os agrotóxicos) não matam, causam anomalias. Nenhum peixe testado se manteve saudável.”
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Plataforma Zebrafish
Ainda o Estadão, “No Butantã fica a Plataforma Zebrafish – que usa a metodologia considerada de referência mundial para testar toxinas presentes na água, com os peixes-zebra (Danio rerio). Eles são 70% similares geneticamente aos seres humanos. Têm um ciclo de vida curto (fácil de acompanhar todos os estágios) e são transparentes (é possível ver o que acontece em todo o organismo do animal em tempo real).
O laboratório pertence ao Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).”
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COP16, Quadro Global para a Biodiversidade: situação críticaLula agora determina quem tem biodiversidade marinha: GuarapariO Mar Báltico está sendo sufocadoDez pesticidas largamente usados no Brasil
Estadão, “De acordo com o pedido do Ministério da Saúde, os cientistas testaram a toxicidade de dez pesticidas largamente utilizados no País. São eles: abamectina, acefato, alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox, glifosato, malathion e piripoxifem. As substâncias são genéricas, usadas em diversas formulações comerciais.”
‘Glifosato, o defensivo mais usado na agricultura brasileira’
“Três dos dez pesticidas analisados (glifosato, melathion e piriproxifem) causaram a morte de todos os embriões de peixes em apenas 24 horas de exposição, independentemente da concentração do produto utilizada. Esse espectro foi da dosagem mínima indicada, 0,66mg/ml, até 0,022mg/ml, que teoricamente deveria ter se mostrado inofensiva. O glifosato é, de longe, o defensivo mais usado na agricultura brasileira: representa um terço dos produtos utilizados.”
OMS aponta o glifosato como ‘potencialmente cancerígeno’
“A substância é relacionada, em outros estudos, à mortandade de abelhas em todo o mundo. É apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como potencialmente cancerígena para mamíferos e seres humanos. O uso do glifosato é proibido na Áustria e será banido na França até 2022.”
‘Situação atual do País é preocupante’
“Pesquisador de Saúde Pública da Fiocruz, Luis Claudio Meirelles ocupou, por mais de uma década, a gerência geral de toxicologia da Anvisa. Segundo ele, a situação atual do País no que afirma respeito ao uso dos defensivos agrícolas é preocupante. “Somos campeões no uso de agrotóxicos no mundo e dispomos de uma estrutura de controle e vigilância muito aquém dos volumes utilizados e dos impactos provocados”
‘2015: soja, milho e cana de açúcar consumiram 72% dos pesticidas comercializados no País’
Agora quem afirma é a USP, que publicou o gráfico abaixo:
O jornal da USP publicou matéria em julho de 2019. Nela há esta informação: ” O Brasil é campeão mundial no uso de pesticidas na agricultura, alternando a posição dependendo da ocasião apenas com os Estados Unidos. O feijão, a base da alimentação brasileira, tem um nível permitido de resíduo de malationa (inseticida) que é 400 vezes maior do que aquele permitido pela União Europeia.”
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“Na água potável brasileira permite-se 5 mil vezes mais resíduo de glifosato (herbicida). Na soja, 200 vezes mais resíduos de glifosato, que é rico em imagens, gráficos e infográficos. “E como se não bastasse o Brasil liderar este perverso ranking, tramita no Congresso nacional leis que flexibilizam as atuais regras para registro, produção, comercialização e utilização de agrotóxicos”, relata a geógrafa Larissa Mies Bombardi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).”
Passou o relatório do Projeto Veneno
Em plena campanha do ‘agro é tech, agro é pop’ , durante a Copa do Mundo de futebol, passou na Câmara o relatório do ‘Projeto Veneno’ (junho 2018).
Conheça o Projeto Veneno
Ora, raios, que diabo de projeto é esse? O senador Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura, decidiu, em 2002, criar um pacote para revogar a lei e flexibilizar mais o uso de agrotóxicos. Ele propõe alterações na regulamentação de agrotóxicos. Hoje, fica a cargo de três ministérios: Saúde, Agricultura e Meio Ambiente. A ideia é passá-lo só para um, Agricultura.
De uma demora de cinco anos (para a aprovação de cada novo produto), passaria para dois anos. Outra das modificações é trocar o nome: de agrotóxicos ou defensivos agrícolas para fitossanitários.
Substituir o termo ‘agrotóxicos’ por ‘produtos fitossanitários?’
O Globo informa que, “A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também divulgou uma nota técnica com 25 páginas. Nas primeiras páginas, a organização critica a tentativa de substituir o termo agrotóxico por “produtos fitossanitários” e argumenta que o pedido tenta ocultar o fato de que os “produtos são, em sua essência, tóxicos”.
Reação da Fiocruz ao Projeto Veneno
Além de inúmeros protestos de ONGs e ambientalistas, diz O Globo, “a Abrasco e a Associação Brasileira e Agroecologia – Aba, com o apoio da Fiocruz, entregaram ao deputado federal Alessandro Molon (RJ) o “Dossiê Científico e Técnico contra o Projeto da Lei do Veneno (PL 6299/2002) e a favor do Projeto de Lei que instituiu a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos”.
Saiba o que é a Fiocruz
“Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma instituição de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas localizada no Rio de Janeiro, Brasil, considerada uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública. Foi fundada pelo Dr. Oswaldo Cruz, notável epidemiologista.”
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Ministério Público Federal, e Ibama, também se manifestaram contrários ao Projeto Veneno.
E os órgãos oficiais da Saúde, o que dizem?
A Anvisa diz que não há estrutura para fazer uma importante avaliação determinada pelo Projeto Veneno: “produtos com características teratogênicas, ou seja, causadores de anomalias no útero e malformação de fetos”. Segundo o ‘PV‘, “deveriam ser proibidos apenas os que apresentarem risco inaceitável para seres humanos e meio ambiente.”
Quer dizer, então, que há risco aceitável para seres humanos e meio ambiente?
A voz do especialista Paulo Saldiva sobre agrotóxicos e afins
Assista a este vídeo no YouTube
Saiba quem é Paulo Saldiva
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1977, doutorado em 1983, Livre-Docente em 1986 e Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1996. Concentra atividades de Pesquisa nas áreas de Anatomia Patológica, Fisiopatologia Pulmonar, Doenças Respiratórias e Saúde Ambiental, Ecologia Aplicada, Cidades e Saúde Humana, Humanidades e Antropologia Médica. Ciclista e gaitista. Diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP desde abril de 2016. (Fonte: Currículo Lattes).
Agrotóxicos e Câncer – Estudos Epidemiológicos, por Karen Friedrich
(Karen Friedrich- PHD Toxicologia e Saúde Pública, Departamento de Toxicologia, Instituo Nacional de Controle de Qualidade em Saúde- INCQS – FIOCRUZ. Jaguariúna, outubro, 2013.)
- Infância – exposição pré-concepção, gestação ou pós-natal
- Linfomas, leucemias, tumor de cérebro, tumor de Wilm, Linfoma non Hodkin, sarcoma de Ewing (50 estudos – Zahm; Ward’s 1998; Infante_Rivard; 2007 – revisões)
- Adulta – exposição ocupacional
- Câncer de pulmão, boca, fígado, próstata, mama, testículos, ovário, cérebro, tireoide,etc.
- Algumas revisões: J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2012;15(4):238-63; CA Câncer Center J Clin.2013
- Mar- Apr; 63(2):120-42; Scand J Work Enviran Health 2005;31 supply 1:9-17
Sobre isso também não há uma linha nos comentários.
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Dedo na ferida
Em artigo escrito para o Estadão, o jornalista Washington Novaes toca o dedo na ferida: “apesar dos avanços no campo, o Brasil ‘esconde’ uma liderança incômoda: somos campeões no uso de agrotóxicos.” De acordo com o jornalista, dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, informam que “28% das substâncias usadas por aqui não são autorizadas”. E agora, com o Plano Veneno, qual porcentagem será?
70% dos alimentos estão contaminados por pesticidas
Segundo Novaes,
a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos.
FAO – ONU e Organização Mundial da Saúde
Segundo a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU) e a OMS, é urgente diminuir o uso de praguicidas e substituí-lo pelo plantio direto nas lavouras, que reduz as pragas.
Retificação importante sobre o Brasil e os agrotóxicos
Como este post provocou polêmica, como se vê abaixo, decidimos pesquisar mais sobre o uso de agrotóxicos. Parece o samba do crioulo doido, mas vamos aos dados apurados:
Se considerar a aplicação por área, segundo a FAO o Brasil é o terceiro.
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A FAO especifica quais categorias usadas e quantidades:
Em valores absolutos de peso aplicado, o worldatlas.com diz que o Brasil é quinto:
Enquanto isso o Estadão afirma, com base em dados de instituições brasileiras, que o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo.
Já o IBGE oferece tabelas com diversos dados de consumo de agrotóxicos, seriam estes os “dados oficiais”. Interessante notar que os números do órgão não batem com os da FAO. A organização da ONU mostra que nosso consumo teria sido pouco menor que 400 mil toneladas (1º gráfico). No mesmo ano, o IBGE afirma que foram 477.792.
Agrotóxicos e pesticidas, o que podemos deduzir disso tudo?
E voltamos aos números da Abrasco, que abrem a matéria: “o Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo, ultrapassando a marca de 1 milhão de toneladas por ano, o que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante.” Para os humanos ele aumenta a incidência de certos tipos de câncer, para o planeta contaminam o solo, e prejudicam lençóis freáticos. E para os oceanos e a vida marinha, são a causa das Zonas Mortas que não param de crescer.
Embrapa: consumo de agrotóxicos cresceu 700% nos últimos 40 anos
A conceituada Embrapa, através do site Ageitec, também aborda a questão. Os dados são devastadores:
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anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais. Expresso em ingrediente-ativo (i.a.), são consumidos anualmente cerca de 130 mil toneladas no país; representando um aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos 40 anos, enquanto a área agrícola aumentou 78% nesse período.
Notícias alarmantes no início de 2019
Apesar do acima exposto, 2019 trouxe mais. O Globo, janeiro: ‘Ministério da Agricultura aprova registro de agrotóxicos de alta toxidade’. Excertos do texto: ‘Entre os produtos estão químicos que já foram banidos na União Europeia e nos EUA’…”O Ministério da Agricultura autorizou o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre os novos produtos há alguns considerados de elevada toxicidade… Aprovado ainda no governo de Temer, em 28 de dezembro, o pesticida chegou a ter seu registro cancelado nos EUA. Sua ação contra a praga de insetos também teria relação com o extermínio de abelhas, inseto responsável pela polinização de plantações. O pacote também inclui químicos que já foram banidos na União Europeia, como produtos à base de Imazetapir e o Sulfentrazona.”
Os mesmos dados por outras fontes
O Mar Sem Fim se esmera por privilegiar fontes confiáveis, as mais conhecidas e respeitadas, já que não somos especialistas. Assim foi com a escolha dos veículos de comunicação citados, ou com as fontes dos dados, IBGE, FAO, etc.
Outra, destas fontes, é o jornal Folha de S. Paulo e um de seus colaboradores, o jornalista Janio de Freitas. Na edição de 10/3/2019, publicou a coluna, Licença para envenenar onde se lê que…”O Conselho de Pesquisa Científica da ONU denunciou o agrotóxico glifosato, como potencial causador de câncer. A França estabelece, há pouco, duras restrições a determinados agrotóxicos. Nos Estados Unidos, além das limitações de uso, está proibida a pulverização aérea (com glifosato). Todos eles, e muitos outros, por ameaça ao consumidor e envenenamento do meio ambiente. Esses agrotóxicos estão, porém, nos pratos e marmitas do almoço e do jantar brasileiros, no café da manhã e no lanche, em doces e guloseimas.”
Excesso de pesticidas: o mar, e nossa saúde, pagam a conta
Os agrotóxicos, a falta de saneamento (no Brasil só 40% das residências têm saneamento, agora com novo e auspicioso marco regulatório), a poluição industrial, e até produtos que usamos no corpo, como cremes, remédios, e outros, têm quase sempre o mesmo destino: os mares (Não por outro motivo Palau foi o primeiro país a banir os protetores solares). O que varia é a forma de chegada. No caso dos agrotóxicos, a via expressa são os rios que deságuam no mar; no caso dos remédios e cremes que usamos, somos nós mesmos os agentes quando frequentamos o litoral.
90% da cadeia de vida marinha começa no litoral
O problema é grave porque 90% da cadeia de vida marinha começa neste espaço de transição entre a terra, e a água, exatamente os mesmos locais onde vão parar os restos desta sopa mortal. Conseguimos a façanha de inverter o conceito do moto-perpétuo. Quanto mais poluímos este espaço, mais agredimos nossas entranhas porque a poluição volta pra dentro da gente.
Nossa ação com agrotóxicos, e outras formas de poluição, atinge a Antártica
A bióloga Fernanda Imperatrice Colabuono, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), estudou os petréis-gigantes das ilhas Elefant, e Livingston, no arquipélago das Shetland do Sul, na Península Antártica, e confirmou, a partir de amostras de sangue, a presença de diversas substâncias nocivas, entre as quais o DDT, pesticida banido nos Estados Unidos em 1972, quando se constatou que seu uso ameaçava a sobrevivência de diversas espécies de aves de rapina.
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Nos verões antárticos de 2011/2012 e 2012/2013, Colabuono coletou amostras de sangue de 113 indivíduos e constatou a presença de contaminantes orgânicos como bifenilos policlorados (PCBs), hexaclorobenzeno (HCB), pentaclorobenzeno (PeCB), diclorodifeniltricloroetano (DDTs) e derivados, o pesticida clordano (banido nos Estados Unidos em 1988) e o formicida Mirex (banido nos Estados Unidos em 1978 e recentemente no Brasil)
Até nos locais mais profundos, como os 11 mil metros da fossa das Marianas, foram encontrados pequenos amphipodes, espécie de crustáceos, ‘com concentrações extremamente altas’ de PCB (bifenilos policlorados), e PBDE (éteres difenílicos polibromados).
Não se iluda, cada um de nós também dá grande contribuição
Para se ter uma ideia de nossa ação, saiba que o ‘rei’ da contaminação costeira, no mundo, são os pomposos “poluentes orgânicos persistentes“, como dizem os cientistas, ou, como explica o Professor Frederico Brandini, Diretor do IOUSP:
cataflan, prozac, anticoncepcional, cafeínas, substâncias que a sociedade consome há décadas, que eliminam pela urina, que vão para os lençóis freáticos, e acabam parando no mar. Pior..não há bactérias capazes de degradarem estas substâncias que são oriundas de loterias bioquímicas produzidas pelo homem…
Ouvindo os dois lados
Como manda a ética jornalística, conseguimos agora destacar a posição do outro lado. A seguir partes da entrevista com cientista político Christian Lohbauer publicada pelo Estadão em janeiro de 2020. Antes saiba quem ele é: “tornou-se uma espécie de porta-voz das indústrias de agrotóxicos e transgênicos do País. Ex-diretor de Assuntos Corporativos da Bayer e candidato a vice-presidente em 2018 na chapa de João Amoêdo, do Novo, ele agora está à frente da CropLife Brasil, que pretende ser o principal canal de representação institucional dos diferentes segmentos do setor e promover as boas práticas relacionadas ao uso de novas tecnologias de produção no campo.”
‘A gente quer mostrar para a Greta que não é do mal’
A seguir alguns trechos da entrevista. Antes ainda, saiba o que é a CropLife Brasil: “Criada em outubro do ano passado, a partir da união de cinco associações ligadas à pesquisa, ao desenvolvimento e à produção de insumos químicos e biológicos para a agricultura, a entidade reúne 32 empresas – número que, segundo Lohbauer, deverá chegar a 40 em breve – e está vinculada a uma organização internacional, com sede em Bruxelas, na Bélgica, e ramificações em diversos países.”
O governo Bolsonaro tem sido muito criticado no Brasil e no exterior por ter liberado cerca de 500 agrotóxicos em apenas um ano, um recorde histórico. Como o sr. vê essas críticas?
É uma crítica equivocada. O que esse governo está fazendo é desfazer um erro de 16 anos, de dificultar a chegada de novas tecnologias no Brasil. O que são essas liberações? São produtos novos que foram chegando e têm de ser aprovados tecnicamente no País – pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). No mundo, a aprovação de uma tecnologia nova para usar na soja, no milho, no algodão, demora de três a quatro anos. Aqui, demora de oito a dez.
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Enquanto o mundo aprova três, quatro novos produtos por ano, a gente não aprovava nenhum. Por que? Porque desde o governo Lula, isso passou a ser considerado veneno. A orientação era para não aprovar nada. Então, formou-se uma fila, que foi crescendo. Depois, o governo Temer começou a liberar devagar e agora esse governo está desfazendo um processo decisório anacrônico e ideológico. Para você ter uma ideia, há 27 moléculas novas, tecnologias novas, já aprovadas em outros países, que ainda estão na fila para aprovação aqui. Há substâncias que demoraram tanto para aprovar aqui que elas perderam o ciclo de vida.
Os críticos alegam que muitos produtos são proibidos em outros países, particularmente na Europa, que tem uma visão mais restritiva neste campo. Não está havendo negligência do governo nas liberações?
Isso também é um absurdo. Existem vários produtos que são aprovados aqui e não são aprovados na Europa e mesmo nos Estados Unidos? Existem. Sabe por que? Europeu planta soja? Não. Então, ele não precisa de produto para soja. Ninguém faz essa pergunta. Também há várias substâncias que a gente não autoriza e que são aprovadas lá, porque a gente não usa, não cultivamos aqui os alimentos para os quais elas se destinam.
Uma boa parte desses produtos, que uma professora da geografia da USP pôs na tabela dela, para mostrar que o governo estava liberando substâncias que os europeus não aprovaram, é porque eles não precisam usar lá. Além disso, há vários produtos autorizados aqui que os americanos pararam de usar, porque já tem um novo lá e eles deixaram de aceitar o velho. Tem de medir essas coisas também, mas o pessoal do regulatório daqui não está preocupado com isso. Na escola de pensamento da Anvisa, na qual todos os agrotóxicos são vistos como veneno, muitos se veem como protetores da vida – e são mesmo. Só que eles acham que, ao não aprovar uma substância nova, estão protegendo a vida das pessoas, mas o que acontece é justamente o contrário.
Parece que agora o ministério da Agricultura assumiu um papel mais relevante no processo. Isso não é como deixar a raposa tomar conta do galinheiro?
O modelo brasileiro é um modelo que envolve três esferas de decisão e três filas paralelas. Os processos toxicológicos de cada produto são apresentados simultaneamente no Ministério da Agricultura, na Anvisa (vinculada ao ministério da Saúde) e no Ibama (ligado ao ministério do Meio Ambiente) – e as filas andam de forma independente. Há muitos casos em que o produto já passou no Ibama e está parado na Anvisa – e vice-versa. Em tese, a fila do Ibama e da Anvisa deveriam andar juntas e o Ministério da Agricultura só receberia e endossaria os processos, porque não tem gente para fazer análise.
Mas, no período do PT, a Anvisa ganhou muita força e dominou o assunto. Agora, neste governo, a Anvisa está liberando os registros, porque foi parcialmente desaparelhada. Hoje, a ministra Tereza Cristina, no Ministério da Agricultura, a Anvisa, com gente nova, com uma visão mais pró-negócio, e o Ibama, também com uma nova visão, porque às vezes também era duro e sentava em cima do processo, azeitaram a coisa e conseguiram viabilizar duas levas de aprovações.
Por causa dessas liberações, o Brasil tem sido chamado de “paraíso do agrotóxico” por militantes dos movimentos ecológicos. Como o sr. avalia isso?
Refuto veementemente. O Brasil é o maior mercado de defensivos do mundo? É, e vai continuar sendo, porque é o único grande país que tem agricultura tropical. Esse pessoal não faz nem questão de estudar isso. Todos os grandes produtores, Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Ucrânia, África do Sul, Austrália, Argentina, estão em ambiente temperado.
O Brasil é o único grande produtor agrícola tropical do mundo. Aqui tem duas safras. Às vezes, até três. Quem tem três safras no mundo? Ninguém. Quem tem duas? Poucos países. O Brasil tem sempre duas. Além disso, o Brasil não tem neve. Eles têm o inverno e a neve. É um processo sanitário da natureza. Quando a neve chega na Europa e nos Estados Unidos, ela faz o processo sanitário. Aqui isso não acontece.
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Você pode ter acesso a íntegra da entrevista neste link: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-gente-quer-mostrar-para-a-greta-que-nao-e-do-mal-diz-porta-voz-das-empresas-de-agrotoxicos,70003176125.
Agrotóxicos: a confusão está lançada
Como se vê, uma parte do público aponta excessos e lembra certos malefícios do uso excessivo de agrotóxicos. Mas o representante da indústria ‘refuta veementemente’ as insinuações, e elenca argumentos. Como jornalista, sou obrigado a confessar que é muito difícil saber em que lado está a realidade. Possivelmente no meio do caminho do que diz cada parte.
Mas, para continuar com a discussão, é bom saber que os combatidos ‘agrotóxicos diminuem a pressão por novos desmatamentos na Amazônia‘ que subiram cerca de 30% na relação 2019-2018, na medida em que quem os utiliza, precisa menos terra para produzir mais, logo, menos desmatamento. A tese faz parte do modelo de ocupação para a Amazônia defendida pelo professor Rinaldo Segundo, Mestre em Direito pela Universidade de Harvard, e graduado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso em seu livro, ‘Desenvolvimento Sustentável Da Amazônia.’
No consumo e na política
Mas, no mesmo livro o professor ressalta: ‘No consumo, quem tem informação e dinheiro compra alimentos sem agrotóxicos, e na política, há propostas de proibição redução do uso de agrotóxicos’. E o professor aponta: “os problemas gerados pelos agrotóxicos requerem fiscalização estatal. E por que, por exemplo, essa fiscalização não se efetiva já que agrotóxicos contaminam ar, terra, água, alimentos e, principalmente, trabalhadores…’
Talvez resida neste fato, a falta de fiscalização, a confusão do público, com cada lado dos interesses sobre o assunto defendo uma narrativa diferente. O público, no meio, fica perdido. Falta, talvez, transparência em todo o processo, assim como certamente há excesso de burocracia. Quando a nós, tudo que queremos é que o agronegócio siga crescendo e trazendo divisas, sem ameaçar a floresta de pé, e produzindo alimentos que não façam mal à saúde.
Além dos alimentos que vêm do campo, às vezes contaminados, há os que saem do mar com o mesmo problema. Ambos encontram seu destino final em nossos estômagos. Continuar este ciclo é no mínimo estúpido. Sair dele não é tão difícil quanto parece. Exige que a sociedade, produtores, indústria e governo façam a sua parte.
Moral da história
Somos todos responsáveis, temos a obrigação de deixar a menor pegada possível. Não é preciso lembrar que estamos aqui de passagem. Há muito o que fazer mas, um dos caminhos, é se informar sempre, e pressionar o poder público. O Estado deve assumir seu papel de árbitro imparcial. Nada contra o agronegócio, tão importante para o país. Mas nem por isso as hortas, os pomares, e os campos arados se tornaram terra de ninguém onde cada um faz o que quer, sem pensar nas consequências. Sem pensar na maioria. Fiscalizar é preciso. Informar, e diluir dúvidas, também.
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Quando o Projeto Veneno voltar a tramitar na Câmara, o Mar Sem Fim voltará ao tema.
Imagem de abertura: diarioliberdade.org.br
Fontes: https://www.worldatlas.com/articles/top-pesticide-consuming-countries-of-the-world.html; http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/alessandra-luglio/consumo-de-agrotoxicos-no-brasil/; https://sidra.ibge.gov.br/tabela/772#resultado; http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,agrotoxicos-lideranca-indesejavel-no-mundo,10000061639; http://Agenda Ambiental para o Desenvolvimento; http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430321822_851653.html; http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_40_210200792814.html; http://www.io.usp.br/index.php/noticias/49-io-na-midia/1058-agrotoxicos-ameacam-colonias-de-aves-da-antartica; http://www.startagro.agr.br/por-que-o-agronegocio-precisa-de-uma-comunicacao-moderna/; http://www.unesco.org/new/en/goodwill-ambassadors/nizan-guanaes/; http://br18.com.br/agrotoxico-futebol-e-foto-de-mulher-seminua/; http://www.cnpma.embrapa.br/down_site/forum/2013/agrotoxicos/palestras/Forum2013_KARENFRIEDRICH.pdf; https://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/projeto-de-lei-sobre-agrotoxicos-o-pl-do-veneno-poe-o-lucro-acima-da-saude-das-pessoas.ghtml; https://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/projeto-de-lei-sobre-agrotoxicos-o-pl-do-veneno-poe-o-lucro-acima-da-saude-das-pessoas.ghtml; https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/06/26/interna-brasil,690951/relatorio-da-lei-dos-agrotoxicos-e-aprovado-plenario-votara-apos-elei.shtml; https://www.abrasco.org.br/dossieagrotoxicos/wp-content/uploads/2013/10/DossieAbrasco_2015_web.pdf; https://www.baumhedlundlaw.com/toxic-tort-law/monsanto-roundup-lawsuit/where-is-glyphosate-banned/; https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/07/novo-marco-de-agrotoxicos-nao-atende-padrao-internacional-de-riscos.shtml?utm_source=facebook&fbclid=IwAR2kgJplLStlrL_0AcwzrilAR1kmBk3gF–A6dR1nmYfq4xT2zpVfWzC608; https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,pesquisa-indica-que-nao-ha-dose-segura-de-agrotoxico,70002953956?utm_source=facebook%3Anewsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes-sociais%3A082019%3Ae&utm_content=%3A%3A%3A&utm_term&fbclid=IwAR02zM5KofmKcyeHb1RgvCdHtokOrMj7EdXcafdH_FVUrNsCd2ovqdbo-rM; https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-ambientais/lancado-na-europa-mapa-do-envenenamento-de-alimentos-no-brasil/?fbclid=IwAR3H9aUweIyM2ryvcQ92KrncPJRKho5h_42gn3hhsSWCF6FLE85VU6N4u3U;
Sou A FAVOR de proibir TODOS os agrotóxicos. Desta maneira a produção de alimentos vai diminuir MUITO, ficando MUITO mais caros, desta maneira os menos favorecidos vão passar forme.
Quanta gente IDIOTA!
O estadão continua com sua campanha de distorção em vez de investigação.
A controversia sobre o glifosato começou com
WHO/IARC
https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc/
que classificou como provaveis carcinogênicos glifosato junto com agua quente acima de 65C, carne vermelha, profissões noturnas, barbeiros e cabelereiros, emissões de frituras na panela ou de uma lareira (sendo que classificam como sem dúvida carcinogênicos (isto é, muito piores do que o glifosato) – 1 – bebidas alcoolicas, carnes processadas, estrogenios e androgenios, poluição do ar, tintas e oleos minerais, solventes, etc..).
O plantio direto e o uso dos transgênicos (horror dos horrores, para esse povo “ecológico”) são de fatos redutores de uso de defensivos e de conservação de terras. O plantio direto foi impulsionado pelo uso do glifosato, que foi classificado como possível cancerígeno de risco igual ao consumo de salsichas! Os Europeus têm uma agricultura subsidiada para manter seus agricultores aonde estão. Não lembram o Carnaval que fizeram com os transgênicos? Os defensivos agrícola, é claro, que interferem no meio ambiente, mas sem eles não temos tecnologia prática para alimentar mais de 7 bilhões pessoas. O que precisa ser discutido é difundido são as tecnologias mais modernas, de manejo sustentável. Não é simplesmente condenando os agrotóxicos. Nunca vi esses ecologistas protestarem contra as barbaridades da conservação das estradas rurais, que continuamente assoreiam nossos rios e interferindo negativamente no ambiente. Nunca vi estes ecologistas incentivarem o plantio direto e condenar a gradeação (herança dos europeus) das terras. (Quem faz isto são pesquisadores, agricultores, agrônomos interessados em melhorias do ambiente agrícola). É bom lembrar que a soja, milho, trigo e o arroz são a base da alimentação humana. O que a Áustria produz ou não produz não faz a mínima diferença, principalmente para a população mais pobre.
O texto reúne informações de somente um ponto de vista, sem correlacionar dados de produção e qualidade.
Existe sim muita agricultura responsável no Brasil que gera renda pra muitas famílias sem prejudicar o ambiente.
Convido o autor a vir aqui no interior de São Paulo se banhar nas águas limpas do Rio Tietê e comer peixe frito proveniente do mesmo rio. Sim o Rio Tietê, revive no mar de lavouras e plantações do interior, após ser destruído pelo modelo de vida moderno das grandes cidades. O mesmo acontece em diversas outras cidades com os ribeirões e pequenos rios. Não é o agricultor que está destruindo o ambiente!
Quanta coisa escrita por gente que nao entende do assunto… é uma pena. tente produzir sem o uso do agrotoxico… a populaçao morrera de fome…
Um besteirol inacreditavel,
Exemplo: o consumo de agrotoxico em kg/ano não quer dizer nada. O que conta é o consumo em kg/hectare e ai paises como Japão, França, Holanda, EUA, Alemanha tem um consumo muito maior.
É obvio que um país maior vai ter um consumo maior do que um país pequeno. O brasil é um dos paises mais eficientes no uso de agrotoxicos
os registros liberados recentemente ou são de produtos mais modernos e eficiente que tem uma cdose menor aplicada no campo, ou são produtos que aumentam a concorrencia, portanto contribuiem para reduzir o preço dos alimentos
A maioria do besteirol e as ONG’s são financiadas por uma organização americana chamada FARMS HERE FORESTS THERE Entenderam?
de onde voce tirou isso ?
vc eh formado na area ? kkkkk
nao sabe nada do que fala
Perfeito, Unguer.
E o Mar como Fim!
Vc é um tipico “urbanoide” . Sua linha de argumentacao é tipica de urbanoide.
muito bom o seu blog amigo , boas dicas tmj
Valeuu continua compartilhando
AFIRMAÇÃO INFUNDADA!!!
“Nos Estados Unidos, além das limitações de uso, está proibida a pulverização aérea.”
Essa afirmação não é verdade!!! Os EUA possuem a maior frota de aviações agrícolas do MUNDO e além disso não possuem tanta legislação e fiscalização quanto o Brasil!! Eles possuem praticamente o dobro de aeronaves agrícolas! A aviação Agrícola possui regulamentação específica – IN 02 do Ministério da Agricultura, RBAC da ANAC do IBAMA, CREA, órgãos estaduais de meio ambiente além dos municipais! E de diversos outros órgãos! No último relatório apresentado pela ANVISA nenhum dos alimentos que apresentaram um número maior de presença de agroquímico é pulverizado pelo avião! Esse pré conceito infundados tem que acabar!
Aviação Agrícola, única regulamentada e fiscalizada utiliza menos água e produto químico que qualquer outro tipo de aplicação, ainda é por lei obrigada a ter um agrônomo coordenador da operação, um técnico com curso especifico para alimentar a aeronave e um piloto com curso específico de agrícola. As empresas possuem pátio de descontaminação para lavagem da aeronave, quebarando o principio ativo em um tanque específico legislado pelo MAPA. Todos os voos estão em um relatório que são enviados para os órgãos de fiscalização.
Essas ideologias que estragam o país! Sem pesquisa científica e base teórica.
Gomes, quanto aos USA o que foi proibido é a pulverização de glifosado, permitido no Brasil. No entanto a Comunidade Européia baniu qualquer tipo de pulverização desde 2009.
Que bom que vocês ARRUMARAM O ERRO NO TEXTO João, pois não é proibido a pulverização aérea nos Estados Unidos, como estava anteriormente.
Vamos lá, continuando as correções.
* NÃO É PROIBIDA A APLICAÇÃO DE GLIFOSATO POR AVIÃO NOS ESTADOS UNIDOS!!! Pelo contrário! São os que mais aplicam de avião!! Desculpa, mas tem algo errado aí…
* NÃO É PROIBIDA A APLICAÇÃO AÉREA NA EUROPA!!! Existem indicações de aplicação nas bulas dos produtos se é aéreo ou terrestre. Como a Europa possue pequenas áreas é pouco utilizada. Há três anos atrás, a aplicação aérea foi usada no combate a mosquitos na ESPANHA, que estavam afugentando turistas. Isso resolveu um grande problema que eles tinham por lá. Segue link da matéria:
https://www.levante-emv.com/castello/2018/07/27/torreblanca-actua-larvas-mosquito-humedal/1749648.html
Infelizmente, esses erros, a falta de conhecimento, levam o setor a sofrer preconceitos, levam desemprego de jovens técnicos novos que saem das escolas, engenheiros agrônomos, que querem trabalhar na aviação agrícola, que inclusive combate incêndios florestais. Mesmo a atividade sendo única regulamentada e fiscalizada e que utiliza menos água e produto químico que qualquer outro tipo de aplicação, passa por estas questões. Não é nada pessoal João, aliás, o setor deveria informar melhor sobre a atividade, que está no Brasil a 70 anos. Mas acredito que a fase da desinformação passou e chegou a internet para ajudar.
Caso queira saber mais sobre o assunto, estou inteiramente a disposição para somar, não para conflito, que isso já temos demais no Brasil hehe, mas para trazer conhecimento. Algo que o setor deveria ter levado a muito tempo. Obrigado pela oportunidade de debater com você.
Gomes: fui pesquisar novamente, depois de sua mensagem. Acreditei no que disse o consagrado Jânio de Freitas, em matéria cujo link está em ‘fontes’. De fato, não encontrei restrição ao glifosato nos USA. Mas na Comunidade Europeia, sim. Veja os dados e respectivos links:
The following countries have issued outright bans on glyphosate, imposed restrictions or have issued statements of intention to ban or restrict glyphosate-based herbicides, including Roundup, over health concerns and the ongoing Roundup cancer litigation:
Lista dos países com restrições
Argentina: Over 30,000 health care professionals advocated for a glyphosate ban following the International Agency for Research on Cancer’s (IARC) report on glyphosate, which concluded the chemical is probably carcinogenic to humans. More than 400 towns and cities in Argentina have passed measures restricting glyphosate use.
Australia: Numerous municipalities and school districts throughout the country are currently testing alternative herbicides in an effort to curtail or eliminate glyphosate use. Many use steam technology for weed control on streets and in other public areas.
Belgium: Banned the individual use of glyphosate. In 2017, Belgium voted against relicensing glyphosate in the EU. The country was also one of six EU member states to sign a letter to the EU Commission calling for “an exit plan for glyphosate…” The city of Brussels banned the use of glyphosate within its territory as part of its “zero pesticides” policy.
Bermuda: Outlawed private and commercial sale of all glyphosate-based herbicides. In 2017, the government relaxed its ban on glyphosate, allowing the Department of Environment and Natural Resources to import restricted concentrations of glyphosate for managing roadside weed overgrowth.
Brazil: In August of 2018, a federal judge in Brasilia ruled that new products containing glyphosate could not be registered in the country. Existing regulations concerning glyphosate were also suspended, pending a reevaluation of toxicological data by Anvisa, the country’s health agency. In September of 2018, a Brazilian court overturned the federal judge’s ruling. September marks Brazil’s first month of soybean planting. The country is the largest exporter of soybeans in the world, and as such, has become heavily reliant on agrochemicals. Anvisa issued a statement following the court’s decision to overturn the ruling, saying it will take necessary legal and technical steps in response. Further, Brazil’s Solicitor General’s office has said it is preparing an appeal to the court decision with support from the Agriculture Ministry.
Canada: Eight out of the 10 provinces in Canada have some form of restriction on the use of non-essential cosmetic pesticides, including glyphosate. Vancouver has banned public and private use of glyphosate, aside from the treatment of invasive weeds.
Colombia: In 2015, Colombia outlawed the use of glyphosate to destroy illegal plantations of coca, the raw ingredient for cocaine, out of concern that glyphosate causes cancer. However, in January of 2017, the country reinstituted its controversial glyphosate fumigation program for coca. Unlike the previous program, which used aerial fumigation, the new program consists of manual spraying from the ground.
Czech Republic: Agriculture Minister Miroslav Toman said the country will limit glyphosate use starting in 2019. Specifically, the Czech Republic will ban glyphosate as a weedkiller and drying agent.
Denmark: The Danish Working Environment Authority declared glyphosate to be carcinogenic and has recommended a change to less toxic chemicals. Aalborg, one of the largest cities in Denmark, issued private-use glyphosate ban in September of 2017. In July of 2018, the Danish government implemented new rules banning the use of glyphosate on all post-emergent crops to avoid residues on foods.
El Salvador: Banned glyphosate over links to deadly kidney disease.
England: Following the landmark $289 million Monsanto Roundup verdict on Aug. 10, 2018, Homebase, one of England’s largest DIY retailers, announced that it would review the sale of Roundup and Ranger Pro. A number of townships, including Brighton, Frensham, Hammersmith & Fulham, Bristol, Glastonbury, Frome, Erewash, North Somerset, Lewes and Wadebridge have also voted to institute restrictions on pesticides and herbicides, including glyphosate. The London Borough of Croydon announced at the end of 2018 that it will stop using glyphosate for ground maintenance.
France: In November of 2017, President Emmanuel Macron announced that France would issue an outright ban on glyphosate within the next three years. Macron later backtracked, saying a blanket ban within the time frame would not be possible. Instead, France is committed to banning glyphosate for 85% of use. French authorities banned the sale, distribution and use of Roundup 360 in early 2019.
Germany: According to Environment Minister Svenja Schulze, Germany plans to update its conditions for pesticide approval and will seek an end date for glyphosate use. Certain retail stores in Germany have also pulled glyphosate-based herbicides like Roundup from shelves.
Greece: Greece was one of nine EU countries to vote against relicensing glyphosate in November of 2017. The country was also one of six EU member states to sign a 2018 letter to the European Commission calling for “an exit plan for glyphosate…” According to Greek Minister of Agricultural Development Evangelos Apostolou, “[i]t is our duty to push in the direction of risk management, in the interests of consumers, producers and the environment.” In March of 2018, the Greek government approved a five-year license for Monsanto’s Roundup against the wishes of Greek environmentalists.
India: In October of 2018, the government of Punjab banned the sale of glyphosate in the state. “All pesticide manufacturers, marketers and dealers in the State shall not sell glyphosate formulations-concentrations with immediate effect. The licensing authorities have been asked to take necessary steps for removal of entries for glyphosate from the licenses issued by them,” said State Agriculture Secretary K.S. Pannu. In February of 2019, the Indian state of Kerala issued a ban on the sale, distribution and use of glyphosate.
Italy: Italy’s Ministry of Health placed a number of restrictions on glyphosate use. Italian legislators have also raised concerns about glyphosate safety, and have come out against relicensing the herbic ide in the European Union. In 2016, the Italian government banned the use of glyphosate as a pre-harvest treatment and placed restrictions on glyphosate use in areas frequented by the public. In November of 2017, Italy was one of seven EU nations to vote against relicensing glyphosate.
Luxembourg: One of Luxembourg’s largest supermarket chains removed glyphosate from its shelves following the release of the IARC glyphosate report. Luxembourg was one of nine EU countries to vote against relicensing glyphosate in November of 2017, and in early 2018, the country signed a letter to the EU Commission calling for “an exit plan for glyphosate…“
Malta: Malta began the process of instituting countrywide ban of glyphosate. However, Environment Minister José Herrera backtracked in January of 2017, saying the country would continue to oppose glyphosate in discussions but would fall in line with the European Union and wait for further studies. In November of 2017, Malta was one of nine EU countries to vote against relicensing glyphosate. The country also signed a letter to the EU Commission in 2018 calling for “an exit plan for glyphosate…“
Netherlands: Banned all non-commercial use of glyphosate.
New Zealand: The cities of Auckland and Christchurch passed resolutions to reduce the usage of chemicals for weed and pest control in public places. The Physicians and Scientists for Global Responsibility, a New Zealand charitable trust, called for a glyphosate ban in 2015.
Portugal: Prohibits the use of glyphosate in all public spaces. President of the Portuguese Medical Association has also called for a worldwide ban of glyphosate.
Scotland: Aberdeen cut back its use of herbicides and Edinburgh’s City Council voted to phase out glyphosate. In November of 2017, five of Scotland’s six EU parliamentarians voted in favor of a motion that would phase out glyphosate by 2022.
Slovenia: Slovenia was one of six EU member states to sign a 2018 letter to the European Commission citing “concerns” about the risks associated with glyphosate. The letter called upon the Commission to introduce “an exit plan for glyphosate…”
Spain: According to Kistiñe Garcia of the Spanish NGO, Ecologistas en Acción, Barcelona, Madrid, Zaragoza and the region of Extremuda have decided to ban glyphosate. The regions of La Rioja (major Spanish wine region) and Aragon have also approved motions against endocrine disrupting chemicals, which includes glyphosate.
Sri Lanka: Sri Lanka was the first country to issue a nationwide ban on glyphosate. However, in 2018, the government decided to lift the ban due to crop losses and overgrowing weeds.
Sweden: Raised concerns about glyphosate safety and has pushed against relicensing the herbicide in the EU. In 2017, the Swedish Chemicals Agency (SCA) announced it was planning to tighten rules on private use of plant protection products. Under the plan, private users would only be allowed to use products containing “low-risk substances.” According to the SCA, glyphosate is an example of an active substance not expected to be included among low-risk substances, meaning in due time, private consumers may not be permitted to use herbicides containing glyphosate.
Switzerland: Concerned about public wellbeing, the Swiss supermarket chains Migros and Coop removed glyphosate-based products from their shelves due to health risks. In 2017, the Green party put forth a plan to ban glyphosate in Switzerland. The proposed plan was rejected by the Federal Council, Switzerland’s executive. Fonte desta informação: https://www.baumhedlundlaw.com/toxic-tort-law/monsanto-roundup-lawsuit/where-is-glyphosate-banned/
Europa:
Aerial application, or what was formerly referred to as crop dusting, involves spraying crops with crop protection products from an agricultural aircraft. Planting certain types of seed are also included in aerial application. The specific spreading of fertilizer is also known as aerial topdressing in some countries. Many countries have severely limited aerial application of pesticides and other products because of environmental and public health hazards like spray drift; most notably, the European Union banned it outright with a few highly restricted exceptions in 2009,[1] effectively ending the practice in all member states.
https://en.wikipedia.org/wiki/Aerial_application
Então, primeiro, altera no texto que o Glifosato é proibido pulverizar nos EUA, por favor. Vamos ajustando uma coisa por vez. Estamos na segunda correção.
Gomes– É proibido pulverizar agrotóxicos em plantações na Europa. Se os espanhois usaram para matar mosquito, isso é outra história. Para agricultura, não é permitido.
Esses europeus mantém sua agricultura a base de subsídios enormes, assim é fácil. Nós pagamos para o agricultor europeu ficar quietinho no seu lugar. A aplicação área de glifosato, na sua maioria, no Brasil, são feitas na cultura de cana como maturado em doses menores que a usada como herbicida. A cana de açúcar é suscetível ao glifosato. Repito, é muito bonito falar desses europeus, mas não é no Brasil que é proibido socorrer náufragos. Temos que pensar em agricultura tropical conservadora ambiental e nas condições práticas brasileiras. Ou será que as nossas prisões são iguais às suecas? Ou será que o saneamento básico no Brasil é 100%?
Os europeus têm duas safras de grãos anuais sem irrigação? Sabe que a produção de milho no Brasil, após a liberação dos transgênicos, mais que dobrou? Cadê o Sr. Bové, destruidor de pesquisas e um dos responsáveis pelo atraso da entrada dos transgênicos no Brasil? Já calculou quantos milhões de dólares, com essas ideias europeias, nós perdemos?
1) O Brasil é o oitavo em consumo de agrotoxicos por area plantada e não o primeiro como diz a reportagem
2) A agricultura brasileira é uma das mais eficientes do planeta
3) Fiocruz como fonte é altamente suspeita. Só tem comunista.
4) Agricultura organica de soja, cana, milho, grãos em geral, não existe.
5) Algum dos babacas já se perguntou qual é o fertilizante mais utilizado na agricultura organica? Por isso a agricultura organica que representa cerca de 3% do total no primeiro mundo já matou mais gente do que a agricultura que utiliza agrotoxicos.
6) A maioria dos remedios na farmacia tomados em dose elevada matam. Que tal chamar os remedios de homotoxicos? Agrotoxico é remedio: mata plantas daninhas, insetos, fungos.
7) Se os agrotoxicos fossem abolidos a produção agricola mundial cairia em cerca de 35% a 40% provocando uma fome monumental.
“Agricultura mais competente do mundo”, cara pálida ???? Faz me rir: AHAHAHA.
Agronegócio mais competente do mundo será aquele que dispensa agrotóxico, que não envenena, nem maltrata os animais, que não desmata, que não precisa fazer lobby no congresso, que prioriza qualidade ao mercado interno, que não cria latifúndio, que não expulsa pessoas de suas terras à bala, que não faz caminhoneiro de escravo, que não contamina rios e lençóis freáticos com glifosato, que não extermina abelhas com pesticida, que obedece a lei, que não faz contrabando de agrotóxico proibido, que investe pesado em pesquisa em universidades brasileiras (ao invés de remeter a bufunfa para bancos estrangeiros), que não precisa gastar milhões em propaganda na TV (repetindo 1000 vezes aquela bobagem ‘Agro e Tech, Agro é Pop’) e que não chama agrotóxico de ‘agente fitossanitário’ ou de ‘agroquímico’ com o objetivo único de enganar os outros.
Essa sim será a agricultura mais competente do mundo.
O resto é conversa mole pra burro dormir.
plante sua comida
compre alguns hectares e plante sua comida
Boa tarde. Quando vejo está notícia do 70% de alimentos contaminados, eu fico a espera da próxima, que mostra os alimentos líderes em contaminação, pimentão sempre entre os primeiros; daí vou a feira e pago bem menos do que antes destas notícias. Todo ano é igual.
O que falta para que uma boa parte dos produtores rurais passem a usar menos veneno é informação. Hoje o que chega ao produtor, na forma de assistência rural, seja por meio grande maioria dos órgão públicos da área ou das grandes empresas do setor, é informação sobre como usar veneno e ponto. O Roundup é um símbolo. Agora que a internet está entrando mais forte no campo, a tendência é que eles tenham acesso a outras técnicas, que permitam a redução do uso de veneno. Pois, se depender do sistema que temos aí, não muda nada.
COMO VCS ACHAM QUE 7 BILHÕES DE PESSOAS VÃO SE ALIMENTAR, COM PRODUTOS ORGÂNICOS DE BAIXA PRODUTIVIDADE, OU COM AGROECOLOGIA. OS POBRES PRECISAM DE PRODUTOS BONS, BARATOS E PRODUZIDOS PELA AGRONOMIA MAIS COMPETENTE DO MUNDO, A NOSSA.
SÃO MAIS DE 8.000 PRAGAS E DOENÇAS QUE ATACAM AS PLANTAS CULTIVADAS.
USAMOS POR ÁREA PLANTADA 20% DO AGROQUÍMICO QUE O JAPÃO UTILIZA.
SÓ QUE A NOSSA ÁREA PLANTADA É DEZENAS DE VEZES MAIOR QUE A ÁREA PLANTADA DOS OUTROS PAÍSES.
VCS PRECISAM CONSIDERAR USO DE AGROQUÍMICO/ÁREA CULTIVADA, ASSIM FICA MAIS HONESTO.
PS LAVAR AS PLANTAS COM HIPOCLORITO DE SÓDIO RESOLVE A MAIOR PARTE DE AGROQUÍMICO RESIDUAL EM PLANTAS COMESTÍV
Ninguém falou em produtos orgânicos. O que eu disse, é que todos vcs passam batido pelos alertas do Dr. Paulo Saldiva; ninguém comentou o fato de que ‘A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos’; ninguém comentou o que disse a “Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”;por fim, ninguém comentou o fato de que os agrotóxicos usados aqui foram banidos dos USA e da Comunidade Européia. Bem que eu cantei a bola.
No mínimo vergonhoso o que estão fazendo e o que provavelmente vão fazer em relação ao avanço desenfreado dos agrotóxicos no Brasil. Daqui a pouco vão pedir licenciamento automático para estes produtos….
Gosto de suas colunas mas vejo que nesse caso os dados são manipulados para mostrar uma realidade diferente. Vejamos o quadro Top Pesticids em que o Brasil é o quinto colocado, estamos muito abaixo de países que produzem igual ou menos q nós e pouco acima de países europeus que não produzem 20% do que produzimos. Acho que enquanto ficarem atacando o Agro sem dados verdadeiros e ficarem tentando criminalizar o agronegócio como se ele fosse um mal para o mundo não vamos resolver esse problema. Fica aqui alguns questionamentos.
1- Como produzir alimentos para tanta gente e a preços acessíveis (lembrando que uma grande parte da população mundial passa fome e se queremos alimentar eles temos q produzir mais alimentos).
2- Qual a solução para os agrotóxicos? O que usar no lugar delés? Sementes transgênicas que poderiam aumentar a produtividade com menos agrotóxicos são altamente combatidas pela mídia e ongs que nem sabem nada do assunto.
Acho que todos querem comer sem agrotóxico e comida saudável mas infelizmente não é possível produzir “orgânicos ” para todos. Acredito q com esse tipo de atitude de confronto e criminalização do agro não se vai chegar a lugar nenhum.
P.S. não sou produtor e não trabalho com agrotóxicos.
Samuel, manipulado, Samuel? Por que vc não comentou os alertas de Paulo Saldiva? Por acaso é manipulação colocar o que disse a Fundação Oswaldo Cruz??? E o que dizer dos agrotóxicos aprovados aqui que foram banidos dos USA e Comunidade Européia??? Manipulada é a sua resposta que finge não ver estes dados que insisto em repetir:A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) afirma que 70% dos alimentos in natura consumidos no País estão “contaminados” por agrotóxicos.”
Ola. Estou reposta do meu pedido pois talvez nao o tenha percebido devido ao fato que alguns comentarios aparecem com data de 2018. Aqui vai:
“Desculpe, talvez por estar cansado do trabalho, mas nao tive sucesso identificando as referencias que disse haver ao longo do texto sobre a pesquisa da ABRASCO. Poderia referenciar o trabalho cientifico (publicacao cientica e nao artigo de jornal ou revista) onde eu possa ler sobre o trabalho desenvolvido pela ABRASCO? Obrigado.
Ps.: me parece tambem que o Brasil, segundo os dados que voce apresentou, e a apesar de ser uma das maiores potencias agricolas mundias, esta classificado abaixo de outros produtores menos significantes como Tailandia, e apenas um pouco acima (em relacao ao consumo absoluto de pesticida) de outros paises bem menos significativos agriculamente no cenarion mundial como Italia, e nao muito longe de outra potencia agricola, com regras rigidas sobre controle de pesticidas, como o Canada. E’ tambem relevante a sigificante diferenca entre os 3 paises no topo da lista em relacao aos outros paises em termos do consumo agricola. Essa afirmacao e’ baseada em uma analise “unbiased”, puramente baseada em fatos publicados por voce. De qualuer forma, uma analise mais solida seria aquela em que o consumo de pesticida por cada pais fosse normalizada pela producao total agricola (algum similar a um calculo que leva a renda per capita). Por exemplo, o Brazil produz muito mais que a Italia e tem um consumo de pesticida equiparado a este pais.
Caro Joao,
O que o Samuel esta argumentando e’ como produzir para 7 bilhoes sem os agrotoxicos e sem os transgenicos? Nao existem duvidas que, se pudessemos, eliminariamos os agrotoxicos que fazem la nao so aos homens, mas a natureza como um todo. Porem, qual e’ a alternativa? Por exemplo, qual a sua sugestao para um produtor manter a producao num patamar competitivo com o atual (que depende de pesticidas)? Como dira ao produtor que a sua opcao (casa tenha uma) nao afetara as suas condicoes financeiras?