Salmão, criado em cativeiro “seria alimentado com aditivos sintéticos derivados de petróleo”
Salmão, cuidado com o que você come: a cada dia que passa aumentam as bocas a serem alimentadas. A população mundial não para de crescer. Em 2015 éramos 7,3 bilhões de pessoas. Em 2050 estaremos próximos dos 10 bilhões. Apesar de diminuir nos países ricos, a população cresce nos mais pobres. Matéria do G1 indica que a menor taxa de natalidade está em Portugal e na Coreia do Sul (1,2 filho por mulher), a mais alta no Níger (7,6 crianças).
Problemas do aumento da população mundial, 60% dela concentrada em regiões costeiras
As cidades crescem em cima de ecossistemas marinhos. Sempre é bom lembrar que 90% da cadeia de vida marinha começa no litoral onde ficam seus múltiplos e variados ecossistemas.
Ao maltratarmos esta parte do planeta contribuímos para a diminuição da vida marinha. Sem falar no lixo que aumenta na mesma proporção do crescimento da população.
Lixo produzido no mundo
Em 2013 a revista The Economist publicou um gráfico com a produção mundial de lixo. São cerca de 1,3 bilhão de toneladas por ano, ou 1,2 kg por habitante.
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Onde vai parar grande parte do lixo produzido?
Nos oceanos, não há dúvida. E o que isso tem a ver com o salmão? Simples, a cada dia que passa a vida marinha sofre mais pressão. Mais espécies são extintas, ou entram nas listas das ameaçadas de extinção.
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Este é o caso talvez do maior VIP dos mares, o delicioso, caro, e lindo salmão.
Salmão, cuidado com o que você come: equação dramática explica o que aconteceu
Somando estes fatores, armamos uma equação perigosa: quanto + pessoas no mundo + lixo é produzido – ecossistemas marinhos + poluição nos oceanos.
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Criação de salmão em cativeiro
A solução foi a criação em cativeiro. Na Noruega, maior produtor mundial, hoje há fazendas consideradas corretas. Entre os problemas contornados estão a poluição gerada pela criação intensiva, o uso de substâncias químicas nocivas ao consumo humano, e o desperdício já que a ração que alimenta os salmões é composta por óleo e farinha de peixe.
Para cada quilo de farinha é preciso entre três e quatro quilos de peixes. Ou seja, é insustentável.
Chile, o segundo maior criador de salmão
Apesar de conseguir a façanha de ser o segundo maior produtor as fazendas chilenas são severamente criticadas pelo uso excessivo de antibióticos para evitar a mortandade de peixes que ocorre com frequência e que, depois, são jogados no mar.
Produtos químicos também são usados para garantir a cor laranja escura do peixe. Este excesso de nutrientes vai para o fundo do mar e produz a maré vermelha, crônica nos Canais da Patagônia.
O mercado de salmão do Chile: segundo maior fornecedor com receitas de US$ 4 bi por ano
O site World Atlas traz a resposta:
O Chile tem uma indústria florescente de peixes e frutos do mar. Os dados mais recentes estimando o valor das exportações chilenas de peixe e produtos do mar indicam US $ 4,0 bilhões anualmente. Truta, salmão e mexilhões são as principais espécies. O país é o segundo maior fornecedor de salmão do Atlântico. Os maiores mercados são o Japão, Estados Unidos e Brasil.
Recomendação da FAO para os consumidores de salmões de cativeiro
O site da FAO alerta para alguns problemas:
Os principais problemas de doenças que afetam o salmão do Atlântico variam com a localização geográfica. Em alguns casos, os antibióticos e outros produtos farmacêuticos têm sido utilizados no tratamento, mas a sua inclusão neste quadro não implica uma recomendação da FAO.
Mar Sem Fim explica o porquê desta matéria
Recentemente um site nacional publicou uma denúncia que, se verdadeira, deveria ser de conhecimento dos brasileiros consumidores de salmão já que os que aqui são vendidos vêm do Chile.
Por isso o título deste post está no condicional e entre aspas: “seria alimentado com aditivos sintéticos derivados de petróleo”. O site que fez a denúncia é o Dicas.club. E foi taxativo:
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A esmagadora maioria do peixe encontrado nos mercados de todo o mundo é criado em aquacultura, e tem uma cor que vai do cinza ao bege-claro, passando no máximo por um rosa-pálido. Para ficar com o mesmo tom do salmão selvagem ele recebe uma ração com aditivos sintéticos derivados de petróleo. Além disso, estudos apontam que consumir uma média mensal de 200 gramas deste pescado apresenta riscos cancerígenos inaceitáveis.
A produção de salmão do Atlântico tem sido controversa e seus efeitos sobre o meio ambiente e sobre a pesca selvagem é questionada por muitos indivíduos e organizações. As principais áreas de preocupação são a poluição de nutrientes locais em sistemas de água, por alimentação de resíduos / fezes. Poluição química local, através da utilização de tratamentos químicos. Efeito sobre os peixes selvagens, por fugitivos, através da propagação da doença. Impacto ambiental global e questões de sustentabilidade, uma vez que a produção de salmão depende do fornecimento de farinha de peixe e óleo de peixe para a produção de ração.
WWF e a criação de salmões
A WWF. org talvez seja a ONG mais crítica em relação a criação de salmões. Respeitada, ela foi citada no relatório da FAO publicado acima. Pesquisamos neste site sobre a ração com derivados de petróleo e não encontramos qualquer menção. A WWF diz que
O salmão é uma mercadoria prioritária para o WWF porque tem um potencial significativo de impacto negativo nos locais e espécies que procuramos proteger. Estamos liderando o caminho para garantir que os principais impactos ambientais associados à criação de salmão sejam significativamente e mensuravelmente reduzidos.
Para completar, assista este premiado documentário de Anahí Sucarrat e Manuel Gonzales Llanos sobre a criação de salmões no Chile.E lembre-se: Salmão, cuidado com o que você come.
Assista a este vídeo no YouTube
( Foto de abertura: ecomaternidade.com.br)
A melhor sugestão é que os consumidores procurem saber a fonte dos alimentos que compram. E bom apetite!
Acredito que pudesse ter esperado um pouco mais para publicar a matéria e se certificar das fontes de um site com pouco embasamento, ou que não cita suas fontes.
Publicada dessa forma, transforma um jornal pago, em que acreditamos que haja algum tipo de curadoria das informações, num replicador de potenciais inverdades, somente pela ânsia de publicar.
Merece uma continuidade da matéria e melhor apuração, em respeito ao leitor pagante e consumidor de informação apurada. Caso contrário, se for para deixar no ar e publicar qq factoide que encontre, posso consumir um canal aberto e gratuito.
Obrigado!
Thiago Nappoli: antes de criticar, leia de novo e preste atenção el algumas das fontes entre elas, a FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, The Economist, World Atlas e, sim, uma fonte pouco conhecida, o Dicas.club (que, no entanto a pontou a sua fonte: a FAO. Para além disso, há no post o filme que vc não viu, Ovas de oro. Por fim, o tema é recorrente neste site. Só sobre a criação de salmão temos Argentina proíbe criação de salmão na Terra do Fogo (https://marsemfim.com.br/argentina-proibe-criacao-de-salmao-na-terra-do-fogo/); Indústria de salmão do Chile, perigosa e insustentável (https://marsemfim.com.br/industria-de-salmao-do-chile-perigosa-e-insustentavel/); Fazendas de Salmão no Canadá são contestadas (https://marsemfim.com.br/fazendas-de-salmao-no-canada/); https://marsemfim.com.br/fazendas-de-salmao-no-canada/ (https://marsemfim.com.br/salmao-de-cativeiro-pragas-e-problemas/); Salmão selvagem: próximo da extinção (https://marsemfim.com.br/salmao-selvagem-proximo-da-extincao/). Informe-se.
Obrigado pelas informações, visitei fazendas de produção de salmão do Chile em 2004 e já eram insustentáveis por vários motivos. A Noruega conseguiu produzir salmão em cativeiro de forma mais sustentável mas os custos são mais elevados, atende ao mercado europeu e parte do asiático.
Eduardo, ovos, vegetais e raízes são boas opções à proteína animal.
Vou comer o que???
Carne vermelha: câncer.
Frango: vírus chinês….
Prixe: mercúrio e toda a porcaria apontada acima
Vegetais: agrotóxicos
Álcool: câncer
Refrigerante: câncer e diabetes
Suco: diabetes
Já estou morto e não me avisaram!
Isto é com vc, Eduardo. Nossa parte é prestar o máximo de informações possíveis sobre as questões dos mares.