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Ondas: saiba o que a ciência acha delas

Ondas não servem apenas ao surfe: saiba o que a ciência acha delas

Atraindo desde atletas altamente qualificados, a praticantes de fim de semana, o surfe é um esporte amado ao redor do planeta. Tudo o que você precisa é mar, ondas, e entusiasmo. Mas, se manobras radicais encantam observadores, pouca atenção se presta à ciência que torna isso  possível. Aqui é que entra o Mar Sem fim.

imagem de onda monstruosa
Imagem, youtube.

A partir de matéria original da BBC.

Uma onda poderia carregar a bateria de 30 milhões de smartphones

Quem já viu ondas batendo na areia percebeu a enorme energia que têm. E essa energia parece ser uma das mais promissoras fontes renováveis do futuro, potencialmente suprindo 10% da demanda global.

No Brasil há experiências sendo feitas.

Entenda como se forma as ondas

Ondas se formam de várias maneiras, sendo a mais comum pelo vento soprando na superfície do oceano. Enquanto a onda se move mais devagar que o vento, ela recebe energia do vento.

Equações podem determinar de forma precisa a quantidade de energia de cada onda

Há complexas equações para determinar de forma precisa a quantidade de energia das ondas. Em termos simples:  quanto maior a onda, maior a energia.

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E existem poucos lugares do mundo com ondas tão grandes como Nazaré, Portugal. Por falar em Nazaré, e ondas gigantes, vamos lembrar que a maior onda registrada no hemisfério Sul tinha inacreditáveis 23,8 metros. Enquanto isso, a maior do Brasil é a ‘Avalanche’, com cinco a seis metros, na costa do Espírito Santo.

Ondas monstruosas

As ondas monstruosas  podem chegar a 30,5 m de altura, graças à combinação entre a posição geográfica e o relevo submarino. Geradas por tempestades no Atlântico Norte, em profundidades de até 4.900 m, as ondas são amplificadas ao se aproximarem da costa.

E crescem  enormemente. Mas, além de Nazaré, em Portugal, a costa dos Estados Unidos, no Oregon, tem ondas chamadas de aberrantes, de tão perigosas.

Imagine a energia contida em uma onda tão grande quanto um prédio de oito andares. Cientistas estimaram que algumas das ondas de Nazaré poderiam carregar, só uma delas, a bateria de 30 milhões de smartphones.

Segredos das ondas

Teahupo’o, no Taiti, é outro local adorado por surfistas, além de Nazaré. Suas ondas são conhecidas por serem íngremes e grandes. Apesar do risco de se cortar nos corais, os surfistas continuam atraídos pelas ondas de Teahupo’o. Essas ondas, chamadas de “surto” pelos cientistas, não são as maiores do mundo, mas são extremamente volumosas, atingindo até 9,1 metros. Elas se formam pelo encontro de águas profundas com uma costa rasa.

Imagem, https://www.surfertoday.com/.

O Taiti é uma ilha vulcânica e seus recifes de coral criam um obstáculo bem íngreme para frear as ondas, fazendo com que a parte superior ultrapasse a anterior (da onda). Isso deveria resultar em ondas grandes e assimétricas, mas a geologia de Teahupo’o dá origem a um efeito único: a água doce descendo das montanhas vizinhas cria canais no fundo do oceano que previnem a formação de corais. Esses canais criam ondas “limpas” e rápidas ao canalizar a água da beira para o fundo.

A jato sobre a prancha

No mar, porém, a história é outra. Durante uma etapa do Circuito Mundial de 2011, o surfista australiano Mick Fanning atingiu velocidade de quase 40km/h sobre sua prancha, o que ajudou a justificar seu apelido de Relâmpago Branco.

Inspiração da natureza

Quilhas, localizadas na parte inferior de uma prancha, são cruciais para dar estabilidade e controle. Tradicionalmente, eram feitas de madeira, hoje os avanços tecnológicos deram espaço para plástico e materiais compostos, que melhoraram o controle em manobras radicais.

E, aí, vai encarar? Imagem, https://angelnumber.org/.

Patrulha ecológica sobre pranchas

Cientistas sabem que nossos oceanos estão mudando: estão ficando mais quentes e mais ácidos. Seus níveis também estão subindo e isso está levando a alterações climáticas (como mais tempestades), além de alterações em ecossistemas e comportamentos animais.

Para medir essas mudanças, cientistas usam barcos, sondas e até satélites para coletar  dados em mar aberto. Isso é mais difícil perto da costa, onde as águas são mais agitadas.

Quilhas de surfe com sensores: novidade que está chegando

Uma nova tecnologia pode ajudar a vencer este desafio: a smartfin é uma quilha que contém sensores capazes de medir uma série de fatores na água, como temperatura, salinidade e oxigênio, por exemplo. As quilhas seriam instaladas em pranchas de surfistas voluntários.

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O acadêmico Andrew Stern, fundador do projeto Smartfin e neurologista da Universidade de Rochester, nos EUA, explica que a tecnologia pode ajudar a monitorar cenários como a degradação de corais e populações de crustáceo, que sofrem com o aumento da acidez dos oceanos. Stern explicou:

Essa tecnologia tem como fatores únicos o fato de ser pequena e de baixo custo em comparação com os sensores existentes

Sendo assim, oferecemos uma nova geração de sensores que podem ser posicionados em enormes números e em locações previamente inacessíveis.

Assista ao vídeo e se encante com a onda

 Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/vert-earth-41908741.

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