Nova espécie de baleia descoberta no Golfo do México
O final de 2021 foi um ano especial para os biólogos marinhos. Uma nova espécie de baleia foi descoberta no golfo do México. Isto é algo extremamente raro. Contudo, não houve muito tempo para a comemoração. Logo em seguida, os especialistas fizeram nova descoberta: a espécie já está ameaçada de extinção. Este fato, a descoberta de nova espécie, seguida pela constatação de que ela está ameaçada, não é fato novo. É apenas mais uma consequência de um planeta com oito bilhões de terráqueos.
![Baleia de Rice, a nava espécie de baleia.](https://marsemfim.com.br/wp-content/uploads/2022/12/baleia-de-Rice-a-nava-especie-de-baleia.jpg)
A nova espécie, Baleia de Rice
Segundo a cbs.news, ‘As baleias em questão já foram consideradas baleias de Bryde, que também são encontradas no Golfo. Mas depois de uma cuidadosa pesquisa, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica determinou que elas são baleias de Rice, também conhecidas como baleias do Golfo do México. São as únicas baleias conhecidas por habitar as águas do Golfo.’
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‘As enormes criaturas podem crescer até 41 pés – mais do que um ônibus escolar de tamanho normal – e estão frequentemente localizadas no nordeste do Golfo do México, entre a Louisiana e a Flórida.’
‘De acordo com alerta dos cientistas restam menos de 100 indivíduos, com estimativas mais recentes mostrando apenas 51. A descoberta levou um grupo de 100 cientistas – incluindo professores universitários internacionais, membros de organizações ambientais e ex-funcionários da NOAA – a enviar um carta ao governo Biden pedindo ação imediata.’
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Baleia de Rice e a Vaquita
Agora, a baleia de Rice disputa com a Vaquita qual o mamífero marinho mais ameaçado da Terra. Este cetáceo, também conhecido como boto do pacífico, ou Panda do Mar, em razão de manchas negras nos olhos, é endêmico do extremo norte do Golfo da Califórnia, ou Mar de Cortez. Em 2017 havia 30 indivíduos; em 2016, 60. E o número caiu mais ainda.
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A última contagem do Comitê Internacional para a Recuperação da Vaquita (CIRVA), mencionava apenas 12 indivíduos em 2018. Esta guerra parece estar perdida. Mas, o que mais incomoda é o motivo da possível extinção: a pesca ilegal, e o tráfico de animais silvestres.’
Petróleo no Golfo do México
Segundo a cbs.news, “O desenvolvimento contínuo de petróleo e gás no Golfo representa uma clara ameaça existencial à sobrevivência e recuperação da baleia”, disseram os cientistas. “A Avaliação de Danos aos Recursos Naturais do governo no derramamento de óleo Deepwater Horizon estima que quase 20% das baleias do Golfo do México foram mortas, com animais adicionais sofrendo falhas reprodutivas e doenças”.’
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Detalhes da descoberta
Quem conta é o site da NOAA, a agência do governo norte-americano que cuida de tudo em relação ao mar.
‘O processo de descrever formalmente uma nova espécie requer pesquisa, tempo, colaborações e revisões de vários pares científicos. Por exemplo, vários funcionários da NOAA e cientistas colaboradores trabalharam ao longo dos anos para coletar observações de campo e amostras de biópsia para análises genéticas.’
‘Essas contribuições, juntamente com as revisões e observações, forneceram as peças necessárias para desvendar um complexo quebra-cabeça de espécies. Uma vez que um cientista é capaz de coletar evidências suficientes para descrever uma nova espécie, essa recebe um nome latino e um “nome comum”. O nome latino para a baleia de Rice é Balaenoptera ricei.’
E explica: ‘A diferença morfológica mais perceptível na nova espécie em comparação com seus parentes mais próximos é encontrada no crânio do animal.’
‘Para os cientistas da NOAA, essa descoberta é empolgante e permitirá que eles entendam e protejam melhor essa rara baleia de barbatana.
O animal pode pesar até 30 toneladas e medir até 42 metros, segundo a NOAA.
Não se sabe muito sobre sua expectativa de vida, mas espécies próximas atingem a maturidade sexual aos 9 anos de idade e podem viver cerca de 60 anos. Segundo a NOAA, ‘as maiores ameaças à espécie incluem colisões com embarcações, poluição ao sonora, exploração, desenvolvimento e produção de energia, derramamentos de óleo e, finalmente, emaranhamento em equipamentos de pesca e detritos oceânicos.’