Florianópolis aturdida por Plano Diretor controverso
Nos últimos tempos publicamos diversas matérias sobre os Planos Diretores de municípios do litoral. Abordamos a discussão em Ubatuba, São Sebastião, Caraguatatuba, e Ilha Comprida, no Estado de São Paulo. De maneira idêntica, demos cobertura ao pleitos da população de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, em especial ao grupo Cuidadores do Ervino, a praia mais visada no PD do município que, apesar de ser quase deserta, previa prédios de até 18 andares! Em comum, na tramitação de todos eles, a falta de discussão com a sociedade. Este é um ‘vício’ da maioria dos prefeitos de municípios costeiros. Agora, o mesmo processo se repete em Florianópolis. A vasta maioria da população sequer sabe o que acontece. A pequena parcela que acompanha, está totalmente aturdida.
Afinal, o que é um Plano Diretor?
A Constituição de 1988 criou a figura do Estatuto da Cidade considerado o principal marco legal para o desenvolvimento das cidades. Trata-se da ferramenta central para o seu desenvolvimento. Pela lei, ele é considerado “o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.”
Por sua importância em determinar o futuro de seus cidadãos, deve ser amplamente discutido com a sociedade e sua realização é obrigatória para municípios com mais de 20 mil habitantes. O professor Paulo Vilaça, da USP, assim o definiu:
“Um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social, econômica, política e administrativa da cidade, do município e de sua região, apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infraestrutura e de elementos fundamentais da estrutura urbana, para a cidade e para o município, propostas estas definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovadas por lei municipal.”
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Assim, grupos de cidadãos mais antenados pediram uma liminar concedida em 23 de abril para suspender a tramitação do projeto. Contudo, ela foi derrubada e o PD aprovado na Câmara de Vereadores em 24 de abril, por 19 votos contra apenas 4.
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Problemas comuns em municípios costeiros
Apesar de cada cidade ter as suas especificidades, algumas são comuns. Entre elas, é unânime a falta de planejamento e o respectivo crescimento desordenado. Por causa disso, a falta de infraestrutura como saneamento básico, é outra certeza.
Os municípios costeiros têm mais similaridades: todos sofrem com a natural erosão, reforçada pela ocupação desordenada e a especulação com seu modelo equivocado de casas pé na areia. Com o aquecimento do planeta, e o aumento de força a intensidade dos eventos extremos, o problema da erosão tornou-se um flagelo em toda a costa brasileira. Não há Estado que não sofra com ela.
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Entretanto, a omissão do poder público prossegue. Por não dar projeção ao problema, a maioria da população desconhece seus efeitos deletérios e não participa das discussões. Mas são eles que pagam a conta.
Não é preciso lembrar a catástrofe no litoral norte paulista neste carnaval, com 65 mortes e milhões em prejuízos aos cofres públicos, ou as mais de 300 mortes e milhares de desabrigados em Petrópolis, em 2022. Em ambos os casos, os mortos e desabrigados fazem parte da camada mais baixa do estrato social. A maioria nem sabe o que é um Plano Diretor. Os alcaides do litoral se fiam nesta ignorância ‘orgânica’.
As tragédias de Teresópolis e litoral norte de São Paulo poderiam ser evitadas, afinal, a vasta maioria das mortes e desabrigados aconteceu em áreas de risco que não deveriam ser ocupadas.
O pior é que os prefeitos sabem. Mas não agem. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, atualmente ‘3,9 milhões de pessoas vivem em 13.297 áreas de risco. Dessas, quatro mil são classificadas como de “risco muito alto”, de deslizamentos e inundações, por exemplo. Já o número de áreas classificadas como de “risco alto” é de 9.291’.
Além disso, e por motivos diversos, diz o SGB, ‘Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo’. O mesmo Serviço Geológico do Brasil disponibiliza mapas de risco online para a prevenção de desastres onde Florianópolis está contemplada. Mesmo assim, todos os anos convivemos com desastres.
A especulação imobiliária aos poucos desfigura Santa Catarina
Como em todos os Estados costeiros, a especulação imobiliária encontrou forte eco em Santa Catarina. Apesar de ter um dos mais belos litorais do País, muitas de suas praias foram desfiguradas pela especulação.
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Balneário Camboriú e agora, Balneário Perequê, são dois exemplos emblemáticos. Eles entraram para a história da especulação no Brasil. Mas não apenas. A mais que famosa Jurerê Internacional, em Florianópolis, é outro exemplo da capacidade destrutiva da especulação, aliada à omissão do poder público movido por propinas. Segundo consta, a empresa Habitasul pagava servidores públicos para que eles concedessem liberação de licenças ambientais para a construção de empreendimentos.
O mesmo rito maldito ocorre em Garopaba, Itajaí, Campeche, e assim por diante. A grande maioria, por falta de um Plano Diretor à altura. Agora, toda Florianópolis está ameaçada de sucumbir ao flagelo.
A tramitação do Plano Diretor de Florianópolis
A audiência pública de aprovação do PD foi a coroação de um processo farsesco. Os vereadores votaram sob protestos da população do lado de fora da Câmara, cercada com grades metálicas e segurança reforçada pela Guarda Municipal de Florianópolis!
Segundo o www.nsctotal.com.br, ‘Permitiram a entrada a 70 pessoas em um pequeno salão que dá vista ao Plenário. O grupo acompanhou a sessão com aplausos aos vereadores que se mostraram favoráveis à revisão do Plano Diretor.’
Ou seja, mais do mesmo. Normalmente, os prefeitos se aliam à indústria da construção civil, e/ou o turismo. Ambos costumam ser fortes financiadores de suas campanhas.
Depois da eleição, é preciso pagar a conta. Então, começam as revisões dos PDs que normalmente mudam as regras de ocupação e uso do solo para favorecerem não a qualidade de vida dos cidadãos, ou os menos favorecidos, mas invariavelmente, os dois setores da economia que os ajudaram a se elegerem.
Ocorre que desta vez Florianópolis se rebelou. Circula nas redes sociais um…
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‘Manifesto por um Plano Diretor Popular para a Florianópolis que Queremos’
O primeiro parágrafo do manifesto resume o que dissemos: ‘A luta da população de Florianópolis pela participação popular no planejamento e gestão da cidade antecede o atual processo de discussão do Plano Diretor. A história da lei atual já evidenciava o embate entre os interesses da população versus o interesse do capital imobiliário e sua influência na Prefeitura, Câmara de Vereadores, Instituições do Estado e imprensa hegemônica.’
Antes de mais nada, o segundo parágrafo confirma que o golpe começou faz tempo: ‘A aprovação da Lei Complementar 482, promulgada em janeiro de 2014, foi fruto de um golpe orquestrado pelo setor imobiliário da cidade em conluio com a maioria dos vereadores. No “apagar das luzes” de 2013, à revelia do Regimento Interno e em regime de rito sumário, a maioria dos vereadores aprovou 305 emendas das quase 700 que haviam sido apresentadas, impedindo qualquer discussão no plenário e contando com intensa repressão policial contra a população que se manifestava.’
‘O processo ilegal de sabotagem da participação popular empreendido pela gestão Gean Loureiro/Topázio Neto’
Este é outros dos tópicos do Manifesto. Ele aponta o ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil), que deixou o cargo para concorrer ao governo, e o então vice e atual prefeito, Topázio Neto (PSD), como articuladores da sabotagem da participação popular.
‘A gana para impor os interesses da especulação imobiliária acima dos anseios da população ganhou outra intensidade durante a gestão de Gean Loureiro, na qual a estratégia passou a ser de evidente negação e, posteriormente, neutralização do processo de participação popular por parte da Prefeitura, buscando impor um Plano Diretor à toque de caixa e sem discussão com a sociedade, em evidente desacordo com a lei federal do Estatuto da Cidade.’
O engodo do ‘Floripa mais Empregos’
O documento mostra que em 2021 a prefeitura mandou à Câmara durante o recesso parlamentar um pacote onde estava incluso o ‘Floripa mais Empregos’. Porém, apesar do nome, o projeto visava modificar o Plano Diretor sem qualquer audiência, o que é ilegal. Votado em regime de urgência, ‘acabou derrotado em apertada votação’.
Gean Loureiro não se deu por vencido. Em dezembro de 2021, em plena pandemia, nova tentativa de burlar a legislação. Contudo, alertado, o MPSC obrigou a prefeitura a realizar 13 audiências ao longo do primeiro semestre de 2022.
Loureiro abandou a prefeitura em março de 2022, mas o novo prefeito, Topázio Neto (PSD) deu andamento à farsa. Neto desconsiderou as propostas de entidades de realizar oficinas comunitárias, distritais e temáticas, de modo a informar a população.
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De maneira idêntica, não ofereceu uma minuta de projeto embora fizesse transitar inúmeras propostas nos bastidores com a nítida intenção de confundir. De todo modo, as audiências foram realizadas. Ao final, segundo o manifesto, ‘a Prefeitura compilou um anteprojeto que ignorou totalmente as demandas apresentadas pela população, individual e coletivamente, fazendo do processo de participação um teatro premeditado de faz de conta.’
‘Anteprojeto substitutivo global’
Ante a ridícula farsa comandada por Gean Loureiro (União Brasil) e Topázio Neto (PSD) coube a sociedade cicil a organização de um anteprojeto substitutivo global. Segundo o Manifesto, ‘A proposta tem como eixos principais a participação da sociedade no planejamento e gestão da cidade, o desenvolvimento ecologicamente sustentável, o direito à cidade, e a ciência do colapso do equilíbrio ecológico planetário.’
A íntegra do anteprojeto pode ser conhecido aqui. E além disso, os proponentes disponibilizaram um abaixo-assinado contra a maracutaia atual. O Mar Sem Fim já assinou.
Por último, parabenizamos os cidadãos que se revoltaram contra a arbitrariedade. Vamos continuar a apoiar esta causa até que o Ministério Público ponha um fim definitivo ao descalabro.
O autor da matéria , no conteúdo exposto consegue transmitir a plena realidade da situação na Ilha de Santa Catarina , Florianópolis . Este plano diretor de 2023 se colocado em execução vai causar danos e verdadeiros ESTRAGOS na vida dos cidadãos pelo que ele , o plano diretor 2023 tem de carga pesada . Vai impactar e trazer prezuizos sociais , perda dos espaços públicos da natureza e de lazeres , perda da liberdade panorâmica das paisagens naturais , trará mais aglomeração , poluições sonoras e de blocos de concreto tornando o ambiente mais agressivo e assim transmitindo as pesssoas mais agressividade . Ou seja : o que resta de ainda agradável , o resta ainda das paisagens , o que resta ainda da cultura local não foi se quer considerado . É sim um plano diretor com a única preocupação de privatizar a vida dos cidadãos uma vez que beneficía somente o setor os empresários da construção civil e lógicamente os agrados e presentes para aqueles vereadores que votaram a favor . O jornalista João Lara Mesquita especializado em assuntos do meio ambiente principalmente de zons costeiras dos oceanos da destaque ao assunto de tal maneira que consegue emitir e despertar um ALERTA GERAL mencionando vícios de prefeitos , vereadores , certos empresários que alopradamente atropelam ferindo grave a vida a cultura a saúde pública na Ilha de Santa Catarina já bastante deteriorada. Se hoje em Florianópolis já é dificil da prefeitura dar conta do recolhimento de lixo e controle do descarte dos resíduos totais , se hoje a questão sanitária consegue poluir todos os rios , riachos , lagoas dentro da ilha , o mal cheiro proveniente das baias sul e norte e que na temporada de férias e de verão já revelam o descaso da necessidade da Ilha de Santa Catarina ter um plano diretor diferenciado e de mais respeito uma vez que não há mais possibilidade de expansão dentro da ilha . Onde existe área de expansão , no continente ou na ilha ? É um plano diretor com muitas falhas para Florianópolis e seus cidadãos . A pesca artesanal cuja atividade secular aqui na ilha e que traz o fruto do mar o pescado fresquinho e saudável vem a cada plano diretor sendo dizimada e agora com este plano diretor de 2023 a pesca artesanal chegará a sua extinsão , será o fim da atividade por causa do aumento da poluição e pior ainda a perda do espaços de diireito dos pescadores artesanais protegidos por lei, que deveriam estar protegidos por lei específica . A safadeza a falta de respeito dos que manipulam o plano diretor chega atal ponto que permite que os ranchos dos pescadores fixados a beira mar sejam trocados por trapiches e marinas para lanchas e jet ski . Resta agora a ultima tentativa de judicializar o plano diretor mostrando todas as inconsistências incoerências . Assim esta a Ilha de Santa Catarina , que vem a cerca de 50 anos sendo degrada , desta vez poderá ser o fim das condições de se ter qualidade de vida . A irresponsabilidae e a ganância vem sendo colocada guela abaixo. Com a palavra os vereadores que votaram a favor podem se manifestar aqui por favor.
Parabéns pela matéria! Realmente todo o processo de revisão do Plano Diretor de Florianópolis foi marcado pela falta de democracia. As audiências públicas, realizadas por determinação da Justiça, tiveram caráter meramente consultivo. E as ideias dos cidadãos não foram levadas em conta pelo Poder Executivo. Os técnicos de carreira da prefeitura também são contrários ao novo plano. Não se sabe quem realizou os “estudos” que embasam as novas propostas, na verdade absolutamente insuficientes. É triste demais, somos mais um caso de cidade à venda para o poder econômico. Só que em uma Ilha (paradisíaca!), o que torna tudo muito mais grave.
PD de Florianópolis só é para construção civil
Praia do Matadeiro tem que ser tombada por estar no meio de reservas patrimônio da humanidade simples assim.
Tratasse como crime
Ambiental
Jurídico
Social
Ambiental porque degrada polue e contaminação das aguas potáveis e das praias
O desmate da mata atlântica e restingas
Juridicamente porque foi atropelo vereadores com vamos saber que interesse votaram escondidos
Sem projetos sem ouvir científicos e técnicos
Social porque não tive participação das comunidades moradores antigos e população em geral
Como Floripa, Ubatuba SP , também afundando na corrupção e destruição da natureza ! Mar Sem Fim , seja nossa VOZ !
Parabéns Joao….por sua coragem e sua integridade….falar a verdade, realmente é muito raro ,nesse momento em que todos estão corrompidos….
Excelente matéria …..muito bem escrita..
Excelente e esclarecedora matéria. Nossa Cidade está sendo destruída
Matéria, verdadeira e necessária, obg.
FLORIPA PEDE SOCORRO!
A cidade está sofrendo verdadeiros ataques do prefeito Topázio Netto e de uma maioria assustadora de vereadores que atuam como fiéis defensores do setor imobiliário e do turismo gourmet.
Além de saneamento básico, ruas, praias e rios limpos, saúde, educação, cultura e segurança para todos, a população tbem deseja informações claras e participação em debates e oficinas para que as suas demandas parem de ser ignoradas.
É fundamental a participação da população qdo se discute o presente
e o futuro da cidade.
Meus parabéns, e meu agradecimento a João Lara Mesquita pela matéria maravilhosa, verdadeira e necessária.
FLORIANÓPOLIS PEDE SOCORRO!
São fortes os ataques que a cidade e sua população vêm sofrendo por consequência da ganância de agentes públicos como Gean Loureiro, Topázio Netto e uma maioria assombrosa de vereadores inescrupulosos, que atuam como fiéis defensores do setor imobiliário, e do turismo gourmet.
Todos que aqui vivem precisam que seus representantes garantam saneamento básico, praias, ruas e rios limpos, biodiversidade protegida, saúde, educação de qualidade, segurança, acesso à cultura e participação em debates sobre o futuro da cidade.
Que representantes do povo são esses que só aceitam audiências públicas por imposição jurídica e depois ignoram quase a totalidade da demanda da população?
Excelente e esclarecedora matéria. Que cidade, que mundo iremos deixar aos nossos filhos se não cuidamos já? A explosão e explotação imobiliária enche os bolsos de alguns que não se preocupam com o amanhã que cada dia é se preocupar com o hoje.
Ótima matéria, parabéns João Lara Mesquita!
Florianópolis precisa de saneamento, da manutenção da beleza natural, de atividades musicais, artísticas, culturais e esportivas e não de mais construções, prédios e carros.
Obrigada pela reportagem detalhada sobre o drama que vivemos , a destruição de nossa cidade.
Matéria muito importante!!
Florianópolis precisa crescer com muito planejamento urbano, primeiro é preciso trabalhar na infraestrutura necessária: saneamento, água potável, energias limpas, transporte eficiente e estradas de qualidade. Sem isso o crescimento só trará prejuízos para a cidade e afastará o turismo e os investidores.
Importantíssima matéria!! Aos Nossos servidores da Casa do Povo, deixem de lenga-lenga e façam o processo dignamente correto para o Plano Diretor: preparem capaciten chamem de verdade o povo – que eh pra quem vocês devem trabalhar e devido a eles e para os quais existe a cidadedeve ser planejada-, é façam estudoS decentes. Canalhice ingenuidade? o que acontece com os vereadores? Sem um processo decente e apropriado, que vai do apoio da ciência até à decisão democrática, a ilha vai ser destruída em sua essência. Tão apostando no que se vê de B. Camborii: flashes pra mídia social pra vender bem e cheiro de merda pra quem pisar na água.
Obrigada por veicularem o verdadeiro absurdo que tem acontecido.
Em São João do Rio Vermelho, água de macrodrenagem sem filtragem – muito menos tratamento – tem sido jogada no Rio Vermelho em si. O rio se encontra em área de preservação permanente, havendo flagrante desrespeito da PMF a Lei Federal.
Apesar de movimentação social, nenhum órgão do judiciário até agora interrompeu tal ação criminosa.
Parabéns pela matéria!! Hoje a cidade despeja 14 vezes mais efluentes que os rios da ilha naturalmente ofertavam e muito mais que estes sistemas costeiros conseguem.suportar. consequência são eventos de mortalidade de peixes, epidemia de diarréia, com prejuízos incalculáveis para o meio ambiente, para a sociedade e para a economia. O eventual crescimento da cidade ignorando a capacidade suporte de seu território alimentará o ecocídio genocida em curso. Em 2015 140 mil pessoas estavam ameaçadas por desastres relacionados a chuvas intensas e elevação do nível do mar. Quantas milhares de vidas a mais já são ameaçadas hoje e quantas serão no futuro? Não temos o direito de ameaçar a qualidade de vida da presente e futuras gerações.
Cada vez mais Florianópolis caminha em direção a se tornar uma cidade caótica e inabitável. Infelizmente a ganância e o dinheiro colocaram um preço nas belezas naturais da cidade. A cidade está à venda.
Parabéns pela esclarecedora matéria. A Ilha da Magia tá afundando!
Esse PD de Florianópolis só existe para ajudar o setor imobiliário e a indústria da construção civil. Um verdadeiro absurdo.
Boa e corajosa matéria, parabéns!