Você come camarão? Melhor se informar sobre o que está em jogo
Os problemas ambientais afetam toda a sociedade. Nem sempre as pessoas sabem o que está em jogo ao consumir. Com 8 bilhões de habitantes, usamos mais recursos do que a biosfera consegue repor. Por isso, é fundamental saber a origem dos alimentos que compramos e o destino das embalagens. Cada compra pode agravar a crise ambiental. As dúvidas são muitas. Hoje, o Mar Sem Fim levanta mais uma: você come camarão e sabe de onde ele vem?

Camarão em fazendas alcançou mais de 1,6 milhão de toneladas em 2003
Com as criações, a produção global de camarão em fazendas superou 1,6 milhão de toneladas em 2003, movimentando quase 9 bilhões de dólares. A Ásia responde por cerca de 75% desse total, com destaque para China e Tailândia. Os outros 25% vêm, principalmente, da América Latina, onde Brasil, Equador e México lideram a produção. A Tailândia é a maior exportadora mundial. No Sudeste Asiático — e em muitas outras regiões —, os criadores derrubaram mangues para abrir espaço aos lagos de cultivo.
Traduzindo releases oficiais…
A maioria dos estudos sobre a carcinicultura na web é patrocinada pela indústria do camarão. Vale para o mercado mundial, dominado pelas fazendas do Sudeste Asiático, e para as fazendas do Nordeste brasileiro, sob o guarda-chuva da ABCC — Associação Brasileira de Criadores de Camarão.
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Ilhabela em último lugar no ranking de turismo 2025Garopaba destrói vegetação de restinga na cara duraCores do Lagamar, um espectro de esperançaTodas disputam um mercado bilionário. Mas esses estudos não mencionam, por motivos óbvios, que as fazendas foram instaladas em áreas de mangue por estarem próximas do mar, o que barateia o bombeamento da água.
Assim, a carcinicultura destruiu grande parte dos manguezais do planeta, berçários naturais essenciais para a vida marinha. A maioria deles fica no Sudeste Asiático. A reação internacional foi imediata, e a comunidade mundial decidiu investigar de perto.
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A poluição química gerada pela criação
A poluição química é apenas um dos problemas das fazendas de camarão. Como disse o pesquisador, Enric Sala: “Nas lagoas (do sudeste asiático), colocam os filhotes de camarões e, para evitar que as larvas de mosquito os comam, jogam uma camada de diesel para que os mosquitos não botem ovos na água. Depois jogam pesticidas para que não cresçam algas.”
“Quando os camarões estão grandes, esvaziam a lagoa e os camarões ficam impregnados de toda essa sujeira. Em alguns casos, acrescenta-se corantes para terem um tom mais laranja. E depois de cinco anos, as lagoas ficam tão salobras que os produtores vão cortar mangues em outro lugar.”
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O mesmo ocorre nos mangues do Rio Grande do Norte, maior produtor do Brasil, e em todos os outros estados do Nordeste. Na despesca, devolvem a água dos tanques à gamboa sem qualquer tratamento, o que provoca poluição.

No Brasil, usam o metabissulfito de sódio para garantir a cor “laranja” do camarão. O produto atua como conservante, antioxidante e inibidor de microrganismos. Sua ingestão pode causar reações alérgicas, problemas de pele, irritação gástrica e rinite severa em pessoas sensíveis.

Duas das maiores causas de perda de biodiversidade no mundo
Segundo a comunidade acadêmica, o maior fator de perda de biodiversidade é o desaparecimento de habitats. O segundo é a introdução de espécies exóticas. A carcinicultura provoca os dois.
No Brasil, com o tempo, o Penaeus vannamei acabou se impondo sobre os camarões nativos — menos mal. Mas, pela destruição dos mangues, a prática enfrenta resistência em estados não entreguistas, como a Paraíba. Na época de nossa visita, a secretária de Meio Ambiente do estado classificava a atividade como “uma das maiores ameaças ao litoral nordestino”, ao lado da especulação imobiliária.
Procedência do camarão de criação
No Brasil, escolheram o Penaeus vannamei (camarão-branco do Pacífico), apesar de todos os problemas conhecidos das espécies exóticas. Além disso, a carcinicultura provoca conflitos sociais. Ao instalar fazendas em áreas de manguezal, os produtores cercam uma área muito maior ao redor, impedindo que catadores tradicionais trabalhem no mangue.

No documentário que produzi, extrativistas relatam ter sido ameaçados de morte pela fazenda do prefeito de Aracati, a Compescal. A empresa destruiu por completo o manguezal da foz do rio Jaguaribe, no litoral do Ceará.
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No documentário que produzi, há depoimento do extrativistas ameaçados de morte pela fazenda do prefeito de Aracati, a Compescal, que decepou totalmente o manguezal da foz do rio Jaguaribe no litoral do Ceará.
Também entrevistei um promotor público, em Natal, Rio Grande do Norte. Ele contou que “depois que começara um processo sobre estragos ambientais produzidos pela carcinicultura sofreu diversas ameaças de morte.”
Curiosidades da carcinicultura no Brasil
Quando vi os estragos, não acreditei. Aconteceu durante a primeira expedição pela costa brasileira, entre 2005 e 2007. Descobri algumas ‘curiosidades’ que ajudam a compreender a carcinicultura no Brasil.
À medida que descia a costa, do Amapá para o Sul, ouvia falar da novidade. Mas só encontrei uma fazenda no Piauí. Dali até o Sul da Bahia, o que mais se via nos estuários eram grandes áreas de mangue devastadas.
Pensei: como é possível ocupar os mangues? Eles são espaços públicos, berçários naturais, e não podem ser ocupados. Resolvi investigar. Dentro da grande reportagem sobre a costa brasileira, abri espaço para matérias menores sobre o tema. Comecei a estudar. Li, entrevistei professores das Universidades Federais do Nordeste — todos contrários —, além de secretários de Meio Ambiente, promotores públicos e outros. Também busquei reportagens na imprensa internacionale em ONGs, do Brasil e de fora.
Os políticos, sempre eles…
Durante a travessia do Nordeste, pesquisei quase todas as fazendas de camarão e visitei 90% delas. Entrevistei quem aceitou falar — foram poucos —, além de moradores do entorno, prefeitos e outras autoridades locais

Produzi um documentário. Descobri que 95% das fazendas pertenciam a políticos ou a pessoas ligadas a eles: prefeitos, vereadores, deputados, senadores e até um vice-presidente da República. Por envolver “gente graúda”, essas propriedades contavam com mais chances de receber vista grossa das autoridades ambientais, que deveriam proteger o mangue intacto.
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Algumas fazendas são do ‘pessoal do crime’
Na época da viagem, entre 2005 e 2007, se não estavam nas mãos de políticos ou de seus aliados, estavam nas de criminosos. Era o caso de uma das maiores da Bahia, a Lusomar. Vi e gravei os estragos que ela causou após a despesca, poluindo o que restava do manguezal ao devolver a água usada sem qualquer tratamento.

Era o caso de uma das maiores da Bahia, a Lusomar. Vi e gravei os estragos que ela causou após a despesca, poluindo o que restava do manguezal ao devolver a água usada sem qualquer tratamento.

Segui até a praia Costa Azul para conhecer sua unidade de criação de larvas. Mais uma vez fiquei impressionado com o tamanho do empreendimento. Constatei também que a Lusomar ignorou a faixa mínima de 300 metros, medida a partir da linha da preamar, para as primeiras construções em direção ao interior — exigência da Resolução 303 do Conama, que disciplina a ocupação das praias.

Como mostram as fotos, parte das obras civis avança claramente sobre a área protegida. Além disso, o local tem dunas e restingas, ambas consideradas APPs. A empresa ainda instalou um cano tosco para despejar seus rejeitos em plena zona de arrebentação.

As fazendas dos amigos dos políticos
Quando as fazendas pertencem aos próprios políticos, tudo fica mais fácil para eles. Os “legisladores” desafiam o Ibama com total cara de pau e impedem qualquer fiscalização. Quando são de amigos dos políticos, a lógica é parecida com o caso da Lusomar, que investigamos. Encontramos a velha prática da barganha

Tudo indica que, na época, o governador da Bahia, Paulo Souto, financiou as obras com recursos públicos do FNE (Fundo Constitucional do Nordeste), um fundo federal. Em troca, a empresa teria contribuído para a campanha de um prefeito de sua corrente política em Jandaíra, onde fica a fazenda. O prefeito anterior era aliado de ACM, inimigo e rival político de Paulo Souto.
Lusomar elege Herbert Maia – PDT, com extensa ficha policial, prefeito de Jandaíra, BA
A Lusomar cumpriu sua parte no acordo político e elegeu Herbert Maia, do PDT, prefeito de Jandaíra. Ele tem dois CPFs e uma longa ficha criminal: cinco processos na Justiça de Alagoas, 41 no TJ de Sergipe e 11 no Tribunal de Contas da União.
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Herbert está envolvido em emissão de notas frias, roubo e desmanche de veículos, além de crimes de pistolagem. Em 1988, foi preso em Sergipe, acusado de liderar uma quadrilha que vendia notas fiscais frias para diversas prefeituras. Nossa apuração também aponta seu envolvimento em crimes de morte, incluindo o assassinato do promotor de Cedro de São João, Waldir de Freitas Dantas, em 19 de março de 1988.
Por fim, foi denunciado pelo comparsa Cristinaldo Santana, conhecido como “Veneno”, por receptação e desmanche de carros roubados. Todos esses casos vieram à tona após sua “vitória” nas eleições, com 1.797 votos contra 1.721 do segundo colocado.
O FNE – Fundo Constitucional do Nordeste
O papel do Fundo era financiar as fazendas. Impressionado com tanta “bondade”, fui pesquisar. Descobri que suas diretrizes sugerem “preferência aos mini e pequenos empreendedores” e projetos que “protejam o meio ambiente”.

Curiosamente, a turma da carcinicultura não se enquadra em nenhum dos dois tópicos…
Problema ainda não resolvido: a ração, ou farinha de peixe
Além dos graves problemas já apontados, um dos piores está na alimentação usada nas fazendas: a farinha de peixe. Ela é feita com espécies que antes não eram pescadas, mas têm papel importante na cadeia alimentar dos oceanos.
O paradoxo é evidente: a aquicultura surgiu para reduzir a sobrepesca. Mas, à medida que cresce no mundo, captura cada vez mais peixes antes descartados por terem pouco valor comercial, apenas para alimentar as criações. A conta não fecha. As fazendas de camarão não são sustentáveis.
Devastação e poluição provocam boicote internacional
A soma desses problemas chamou a atenção internacional. O resultado foi duro: as exportações brasileiras de camarão despencaram de 42,5 mil toneladas (65,4% da produção) em 2005 para apenas 5.728 toneladas (8,81%) em 2009, segundo a ABCC. O Brasil, que já esteve entre os líderes nas exportações para a Europa, caiu para a 28ª posição em 2009. A produção só se manteve porque os produtores aumentaram as vendas no mercado interno.
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Boicote de compradores internacionais
Essa queda nas exportações teve dois motivos. O primeiro foi o boicote dos compradores diante das condições de “terra arrasada” e da poluição associada. O segundo foram as pragas recorrentes que dizimam criações intensivas.
O mundo tomou conhecimento dos problemas ambientais da carcinicultura e reagiu, exigindo melhorias para voltar a comprar. É essa mesma reação que esperamos de você, leitor, caso consuma camarão.
A pesca do camarão
Existem várias modalidades, das de menor impacto às mais destrutivas. Infelizmente, 90% do camarão pescado vem da pior delas: a pesca de arrasto.. No Brasil não é diferente. O arrasto devasta o fundo do mar, destrói ecossistemas e tudo que encontra pelo caminho.
Essa técnica também provoca captura incidental, matando toneladas de espécies não visadas. Especialistas afirmam que, para cada quilo de camarão capturado, mais de 80% do que vem nas redes é fauna acompanhante. Tudo é devolvido ao mar, já morto. Por isso, o arrasto é combatido no mundo todo.
Então, você come camarão?
Acreditamos que, se cada um tiver consciência de seus atos — mesmo os mais comuns, como comer —, já haverá um grande benefício. Afinal, nada é corriqueiro quando se trata de 8 bilhões de pessoas.
Felizmente, mesmo em tempos difíceis, há provas de que muitos cidadãos seguem atentos. A reação positiva à campanha pelo fim dos canudos plásticos mostra que o caminho é conversar diretamente com você, cidadão.
Pense sobre a sua parte e tome posição. Como se diz lá fora: “pense globalmente, aja localmente”. Se for comprar camarão, verifique a procedência. Se vier do Nordeste, desconfie. Prefira os do Sudeste, onde quase não há carcinicultura e a pesca é feita, em geral, por pescadores artesanais.
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Para saber mais sobre o tema, ouça o podcast gravado em 2020 com Jeovah Meireles, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e dos Programas de Pós-Graduação em Geografia e em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Doutor em Geografia pela Universidade de Barcelona (2001).
Foto de abertura: www.frozenshrimpsuppliers.com.
Fontes: https://en.wikipedia.org/wiki/Marine_shrimp_farming; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0964569111000901?via%3Dihub;https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/5-ingredientes-indesejaveis-das-comidas-industrializadas/; http://www.jandaira.ba.gov.br/;











Eu serei xingado, odiado e chamado disto e daquilo, mas com todos os percalços que o nosso querido Brasil nos propicia já cheguei aos meus 70 anos e cá entre nós, as expectativas vão pegando as forças gravitacionais e na curva da vida eu passo a ganhar velocidades descendentes. Não sou e nunca pretendi ser modelo para ninguém mas apenas vivi dentro das regras que a cada dia os governantes nos impõem e até alguns anos atrás eu ainda combatia através de canais disponíveis na internet sobre ações de candidatos que vendem ilusões e fantasticamente ainda existem compradores aos milhões como vimos na última eleição, mas hoje com toda sinceridade digo que devido aquele ditado de Rui Barbosa que acaba dizendo que a gente sente vergonha de ser honesto quero que isto aqui se exploda e que faltem alimentos e o pouco que existir estejam tão contaminados que nem bichos os comem.
Também sou desiludido com o nosso Brasil, mas acho uma grande pena o senhor pensar dessa maneira, espero que não tenha filhos, tão pouco netos ou bisnetos… Porque são eles que vão usufruir desse imenso ódio que o senhor guarda no seu coração.. Fique na paz !
Pessoal, leiam sobre a produção de camarão em sistema Bioflocos… um modelo mais sustentável de produção.
João, moro em SC, e aqui o camarão que comemos é quase todo originário de Laguna. Você tem informações sobre os métodos usados nas culturas de lá?
Convido a todos a visitar uma fazenda de camarão para ver se esses relatos tendenciosos são verdadeiros.
Já vi a falta de credibilidade na matéria quando disse: “…fazendas fossem criadas em áreas de mangue, mais fácil de derrubar.”
A área de mangue é PÉSSIMA para a criação de camarão, pois o solo do mangue é muito ruim para os parâmetros que o camarão precisa.
Só vemos aqui mais uma matéria tendenciosa, que é o que mais acontece no nosso país, regada de mentiras. Vamos todos procurar sempre nos informar, visite uma fazenda próxima e tire suas próprias conclusões.
O que há de tão mentiroso na matéria? Que não foi imparcial tudo bem, mas mentirosa?
Se as áreas de manguezal são péssimas para a criação de camarão, por que então foram nessas áreas que as indústrias de produção se instalaram? Basta analisar as imagens aéreas passadas e como essas áreas estão no momento. A instalação ocorre em regiões de manguezal para a captação primária de água. Se atualmente a ocupação de APPs segue rigoroso controle ambiental (ainda que interesses políticos passem por cima de qualquer legislação ambiental), isso não significa que essas áreas não foram ocupadas.
Falar que aquicultura vai acabar com a fome? Talvez no sudeste asiático, em que você tem a maior densidade demográfica…agora no Brasil? Pobre tá comendo camarão, beijupirá?
De onde veio a informação que colocam oleo diesel e pesticidas na água? Numa criação de camarão minimamente organizada as larvas são criadas em tanques controlados até atingirem a fase de pós larvas com 1 cm de comprimento quando são colocados nos tanques de criação,bem maiores que uma larva de mosquito. O predador dos camarões nesta fase são as larvas de libélula. Quanto a controle de algas com pesticidas existem formas simples para eliminar algas e qual criador colocaria pesticidas na água e ver toda sua produção inviabilizada se boa parte é exportada para os Estados Unidos e Europa.
Sugestão: Essas matérias do Mar Sem Fim poderiam ser menores, resumidas, como são as matérias de um jornal, certamente mais pessoas as leriam.
Ficar explicando detalhadamente é só para alguns especializados, e requer tempo.
Grato.
Informar-se exige algum esforço. As matérias são ótimas. Permitem que o leitor se aprofunde no assunto a partir de outras citações.
Prezado João,
Parabéns pela excelente matéria com fontes científicas e de propriedade. Reitero a pergunta da Heloísa, qual, se é que há, camarao seria pescado de forma sustentável? Obrigado desde já
João Lara Mesquita você bem poderia mudar a chamada de “Você come camarão? Então é pra você…” para apenas “Você come???? Então é para você….” porque no passado o Brasil caçava e distribuía carne de baleias e se cessou, foi porque a abundância dos bovinos, suínos, galináceos hormonizados tomou o lugar; quando você come é cação e quando nos comem é tubarão e sem culpas nos cartórios se consomem filhotes de tubarões que são o topo da cadeia alimentar, portanto infectados com mercúrios e outros metais pesados e com frequência enorme se vem nos supermercados e peixarias filhotes de atuns com menos de 50 centímetros, as sardinhas que eram super baratas hoje estão se transformando em pescados gourmet e algo que ouvi falar: nas épocas de desovas das tainhas os barrigas verdes catarinenses capturam os peixes apenas para removerem as ovas e jogarem fora os peixes e as ovas teriam destinos certos para a Itália e o Japão.
Seja mais generalista e combata quem come, pois SEMPRE se produzirão danos, afinal de contas os “puns” dos gados aumentam o aquecimento global além do monumental volume de água que consomem, combata as políticas de exportações de soja que também envenenam as terras, consomem águas e produzem milhares de cancerosos/ano.
Gosto de algumas das suas matérias, mas use mais e melhor suas massa cinzenta para propor melhorias, controle de natalidades e outras medidas que efetivamente traduzam em realidades palpáveis; que tal pensar em como o Mar Sem Fim pode alimentar os famélicos na America Latina, na Africa e na Asia. Esta matéria de camarões é muito luxo para pobres!
Muito interessante essa materia, tambem nao sabia disso! Vou daqui pra frente diminuir o consumo e procurar comer camarão pescados no mar mesmo, na pesca tradicional. Obrigado por essa valiosa informaçao. Vou passar aos amigos!
A pesca tradicional de camarão é o arrastão, que pode ser comparada a derrubar a Mata Atlantica, separar só o palmito e jogar fora o resto.
Boa matéria mais uma vez. Valeu! Um comentário adicional: um dia acreditei que tinhamos esperança de recuperar os estragos que estamos fazendo e fui para o meio do mato estudar. Depois de 5 anos voltei sem esperanças pois compreendi que o problema na verdade é a super população. Não dá para alimentar quase 8 bilhões de pessoas de forma sustentável.
Gosto de comer camarão, mas depois dessa matéria fica difícil de continuar. Sera que tem alguma certificadora que garanta que a produção seja ambientalmente responsável?
Eu como camarão, e não é por causa de uma materiazinha tendenciosa q vou deixar de comer
Eu também
comida imunda
Há algum tipo de camarão que podemos comer? Em regiões praianas, com a pesca mais artesanal, tudo bem? Vou cortar o consumo, mas queria saber em que situação posso comer sem culpa.
Sim, Heloísa, fazendo assim você se iguala aos maiores defensores da vida marinha na academia: os cientistas Enric Sala, e Sylvia Earle. Parabéns pela disposição. Engaje outros se puder. abraços
pois é, achava eu que criar camarão em cativeiros não gerava tantos problemas ao meio ambiente!
E o nosso pais esta metido neste meio tambem. Já era de se esperar.
Não fazemos nada certo mesmo…
Adoro comer camarão, mas agora sabendo do descaso dos produtores em relação ao meio ambiente, com certeza redobrarei o cuidado na hora de comprar tal alimento! Senão achar uma empresa que siga praticas não abusivas de produção, certamente substituirei por outro produto!
Matéria absurda e enganosa!! Por motivos políticos, devemos parar de comer camarão e crustáceos em geral, salmão (nem pensar!) e outros peixes criados em fazendas marinhas, carne de vaca (a criação intensiva está acabando com o planeta), laticínios (“na idade adulta não se deve ingerir leite e derivados”), frango e ovos (cheios de hormônio), soja e derivados (devastação ambiental), frutas importadas (o combustível dos aviões que as trazem é poluente). Vamos alimentar 7 bilhões de seres humanos com cápsulas e comprimidos.
Na minha humilde opinião, estamos num caminho sem volta para um buraco negro. Todo tipo de alimento em massa gera alguma consequência, gosto de camarão, mas após ler essa matéria creio que vou dispensa-lo do meu cardápio… a humanidade cresce em valor exponencial, muitas bocas para alimentar, para isso ser feito de maneira sustentável é preciso a colaboração de todos, quando se cortam milhares de árvores para implantação de lavouras ou criação de gados, onde também existe uma questão anti-sustentavel. O problema se alastra, a educação nas escolas, faculdades e a própria evolução do ser humano não consegue acompanhar seu crescimento em massa junto a biodiversidade, é um problema sério e complexo! Espero que apreendemos cada vez mais e que possamos lidar com todos esses problemas no menor tempo possível. Vemos que países estrangeiros perceberam a problemática enquanto nossa população está de olhos vendados. O mundo está deixando de ser verde e tornando-se cinzento, sou engenheiro civil, amante da natureza, estou na luta. Construções, implantações, empresas e multinacionais SUSTENTÁVEIS já. Amém!
Algumas coisas não batem, como a história de uma camada de diesel sobre as lagoas, cara isso mataria tudo, inclusive os Camarões…mas o mais estranho é que o autor do texto usou o Wikipedia como fonte (nada confiável por ser editável por qualquer pessoa)…os números são bem antigos (2005,2007 e 2009).
Quem gosta de verdade dos animais não come nenhum, nem peixe, nem camarão, nem baleia, nem golfinho, nem caranguejo, nem boi, nem frango nem rã, nem porco!
O resto é blá blá blá, de pessoas que adoram se enganar.
Nem piranha…
Parabéns pela matéria João! E pensar que um kg dessa iguaria “fresco” em uma feira popular aqui em Brasília não sai por menos de R$ 80,00. Estamos juntos, sem dúvida nenhuma farei a minha parte, e já!!