Usina solar flutuante já funciona no Japão

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Reservatórios são usados para instalação de usina solar flutuante

Usina solar flutuante: as usinas de energia solar não produzem fumaça, mas ocupam espaço em terra. Em um país como o Japão, espaço vale dinheiro, muito dinheiro. Pensando nisso, uma empresa na província de Hyogo decidiu aproveitar  um reservatório de água para instalar uma usina solar flutuante.

Usina solar flutuante, imagem de Usina solar flutuante

Depois do desastre na usina atômica de Fukushima…

Depois do desastre na usina atômica de Fukushima, em 2011, o Japão estabeleceu um plano ousado para obter 24% de toda sua capacidade elétrica a partir de fontes renováveis até 2030.

A usina solar flutuante funciona sobre um reservatório de água na província de Hyogo. A instalação tem 333 por 77 metros. E vai gerar uma média de 2680 megawatts-hora anuais. O suficiente para alimentar 820 residências.

A água resfria o sistema e ajuda a gerar energia de forma mais eficiente do que se fosse no chão.

A usina opera com cerca de 9100 painéis solares flutuantes. São à prova d’água, construídos com um polímero de alta densidade. Além de representar um avanço na captação da energia do sol, permitindo o aproveitamento de áreas maiores. A tecnologia também diminui o efeito de evaporação e o surgimento de algas nos reservatórios sobre os quais os painéis são instalados.

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Enquanto isso no Brasil

Usina solar flutuante, imagem de Usina solar flutuante
Usina solar flutuante

No Brasil projeto-piloto

Recentemente, no Brasil, o primeiro projeto-piloto de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas, com uso de flutuadores, foi lançado na Hidrelétrica de Balbina, município de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

A engenharia será utilizada nos lagos das hidrelétricas, permitindo aproveitar as sub-estações e as linhas de transmissão das usinas, além da lâmina d’água dos reservatórios, evitando desapropriação de terras.

Placas fotovoltaicas flutuantes

As placas fotovoltaicas flutuantes no reservatório da usina amazonense vão gerar, inicialmente, um megawatt (MW) de energia. A previsão é que em outubro de 2017 a potência seja ampliada para cinco MW. Isso é suficiente para abastecer, por exemplo, 9 mil casas.

Pesquisas vão analisar o grau de eficiência

Pesquisas vão analisar o grau de eficiência da interação de uma usina solar, em conjunto com a operação de usinas hidrelétricas. E a influência no ecossistema dos reservatórios.

Após os estudos,  a expectativa é que a geração de energia solar seja de 300 MW, podendo abastecer 540 mil residências. “É preciso fazer vários estudos, e nós esperamos, terminados esses estudos, poder começar os leilões de energia, de reservas com flutuadores dentro dos nossos reservatórios, e aí teremos capacidade muito grande no Brasil, porque o país possui inúmeras hidrelétricas com espaço para coletar energia solar nos seus reservatórios”, explicou o ministro.

 Tendência é que o país amplie a geração de energia solar

De acordo com o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, a tendência é que o país amplie a geração de energia solar, o que pode refletir futuramente na redução da conta de luz. Mas ressaltou que não dá para avaliar a queda percentual, pois ainda não se sabe quanto será o custo da energia solar. Mas adiantou que será uma “redução substancial”.

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