Caça à baleia, o Japão, confusões, e a Antártica

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Caça à baleia, o Japão, que nunca parou de caçá-las, e a boa nova para a Antártica

Os derradeiros momentos de 2018 assistiram uma grande confusão da mídia tupiniquim. Basta ver algumas manchetes para perceber. Por motivos óbvios, não daremos a fonte destas manchetes. Quem quiser, que pesquise na net. Nossa intenção não é apontar erros, ou ridicularizar quem quer que seja. Nossa intenção é explicar ao público o que de fato aconteceu com relação ao ‘país do sol nascente’, e a caça à baleia.

imagem de navio japonês na caça à baleia
O Japão jamais ‘parou’ de caçar baleias.

As manchetes erradas, sobre o Japão e a caça à baleia, na mídia

Por que o Japão decidiu voltar a caçar baleias apesar de proibição internacional, era uma delas. Por que Japão quer voltar a caçar baleias apesar de proibição, outra. Foram dezenas, entre outras, Japão retoma caça comercial de baleias; Por que Japão quer voltar a caçar baleias apesar da proibição internacional; Japão anuncia retomada da caça comercial de baleias, e variações. Todos os veículos, jornais, sites, revistas, portais, embarcaram na mesma confusão.

Colocando os pingos nos ‘IS’: o Japão jamais parou de caçar baleias

Em 1986 os países membros da Comissão Internacional da Baleia, IWC, (International Whale Commission), decidiram por uma moratória da caça para que os estoques se recuperassem. O Japão, também membro do grupo, teve que aceitar o voto da maioria mas, desde então, passou a lutar pelo fim dela, e a volta à caça com cotas para cada país. Enquanto debatia, o Japão passou a caçar os cetáceos “para objetivos científicos.”  O país apenas trocou o nome da atividade, mas continuou a matar baleias em todos os oceanos do planeta. Não só o Japão, mas Noruega, Islândia, e Dinamarca também.

ilustração de caça a baleia e comissão baleeira internacional
Ilustração: korea times

O que aconteceu agora?

Como já dissemos, uma confusão. Acontece que o Japão cansou de esperar uma mudança por parte da IWC. Faz anos que o país ameaça sair do grupo mas, na hora H, recua. Agora os nipônicos resolveram chutar o pau da barraca. Anunciaram a decisão de deixar o órgão. Yoshihide Suga, secretário geral do Governo do Japão, afirmou que o país procura meios de promover a caça de baleias de maneira sustentável por mais de 30 anos, mas sem sucesso nas negociações com os países contrários à medida. De acordo com ele, o Japão caçará baleias apenas em suas águas territoriais e zonas econômicas exclusivas, sem avanços para o Oceano Antártico no Hemisfério Sul.

Hemisfério Sul, finalmente livre da caça!

Aí está, grifada, a boa nova: a partir de agora o Japão caçará baleias apenas em suas águas territoriais, e ZEEs, sem avanços para o Oceano Antártico. Isso quer dizer que a grande notícia – o Continente Branco, reservado à ciência e à pesquisa, finalmente poupado deste absurdo – não foi dada corretamente pela mídia tradicional. Temos que comemorar, como disse o ambientalista José Truda Palazzo Jr., “a saída deles da IWC com o abandono da caça no Hemisfério Sul significa que as nossas baleias, e todas as espécies e populações ao sul do Equador, que são utilizadas unicamente de maneira não-letal para o turismo de observação e pesquisa científica, estarão efetivamente protegidas. Bora abrir mais champanhe!”

Ilustração de abertura: korea times.

Conheça o legado ambiental do Governo Temer

Comentários

4 COMENTÁRIOS

  1. Existe na TV por assinatura um programa extremamente bom e útil para a maioria dos brasileiros intitulado o Brasil Politicamente Incorreto onde se desmistificam as histórias das carochinhas como o herói Zumbi, escravo foragido mas que montou seu patrimônio sobre exploração de escravos.
    O primeiro parágrafo é apenas o prólogo para mostrar que se elegem certos temas sob auspícios de quem sabe lá, mas estão cheios de interesses políticos e econômicos, mas nenhum compromisso com verdades. No mar sem fim não existem apenas baleias, mas parece que é “bonito a autores” denunciarem as carnificinas dos japoneses e sequer tocam no tema sobre o bacalhau, sardinhas e até tubarões tão apreciados pelos brasileiros que os chamam de cação. Ou seja ser brasileiro é principalmente ser Maria Vai Com as Outras como está mostrando o nosso presidente eleito que provavelmente deve ser um preposto do gringo Donald Trump. Falando em bacalhau acompanhem com as proximidades da semana santa sobre o deficit de pescados no Brasil e sequer temos japoneses caçando no nosso litoral.

  2. Quanta insanidade (para dizer o mínimo) desses japoneses, presos à tradições que não mais se sustentam. Fico imaginando se todos os outros países, simplesmente, utilizassem o mesmo argumento e, igualmente, passassem a matar as baleias em suas águas territoriais e ZEEs, que destino teriam esses animais? E, se por extensão, esse mesmo raciocínio fosse aplicado em outras situações envolvendo a fauna e flora global.

    • Alexandre taxar hábitos alimentares de insanidade é algo discutível senão vejamos: comer carnes de quadrupedes promovem as concentrações de gases metano e contribuem para o aquecimento global. Que tal banirmos estas monstruosidades e passarmos a ser exclusivamente veganos??? Não seria insanidade promovermos estragos no nosso habitat???? Ou você é daqueles que pensam como nossos juízes????

  3. E as baleias sabem evitar as ZEEs marítimas do Japão? Que argumento absurdo!

    Se o Japão quer ser um membro da comunidade internacional de países civilizados tem que parar totalmente com esta caça às baleias, que são patrimonio da toda a humanidade. Se eles se acham no direito de destruir o nosso patrimonio também podemos boicotear seus productos e seus eventos.

    Vamos começar com um boicote mundial aos Jogos Olímpicos de 2020 em Toquio.

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