Atlântico Sul; expedição da USP a bordo do Alpha Crucis vai estudar impactos do clima e poluição
Ah, como é bom ter uma USP por perto, com um departamento de Oceanografia e navios de pesquisa. E a USP tem navios desde 1967. Se conseguimos um espaço na Antártica, isso se deve, em parte, à USP com seus pesquisadores, e o poder da melhor Universidade do País. Merece menção especial, seu primeiro diretor, o russo-francês Wladimir Bernard, o pai da oceanografia no Brasil. Se as viagens de ‘antão’ aconteciam no icônico navio Prof. W. Besnard, agora as expedições ficam a cargo do Alpha Crucis. Atlântico Sul; USP vai estudar impactos do clima e poluição.
Expedição ao Atlântico Sul
Ao todo são 19 cientistas a bordo, entre brasileiros do IO- USP (Instituto Oceanográfico, da Universidade de São Paulo), e estrangeiros convidados. A viagem começou no dia 17 de junho. Objetivo: estudar os impactos da poluição global e das mudanças climáticas no Oceano Atlântico Sul. Esta será a segunda viagem do Projeto Samoc (South Atlantic Meridional Overturning Circulation). De acordo com o site do IO- USP, ” o SAMOC é uma iniciativa internacional cujo objetivo é entender e observar trocas inter-oceânicas e /o transporte meridional de massa e calor através de uma seção transversal ao longo da latitude 34.5S, no Atlântico Sul. O programa geral do SAMOC requer a observação das Correntes de Contorno, próximas ao talude continental da América do Sul e da África”.
Analisar a circulação profunda
Segundo Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva, atual diretora do IO- USP, a equipe “vai para alto-mar (num trecho do oceano entre Brasil, Argentina e Uruguai) para medir correntes marítimas e temperaturas. Usamos telemetria e imagens de satélite. Equipamentos de fundeio são lançados no mar e recuperados no ano seguinte. Analisamos dados a mais de 4 mil metros de profundidade para avaliar a circulação profunda”. Para ela, “entender os danos do efeito estufa no mar ajuda a antecipar soluções a essa questão. As análises também servem para compreender as mudanças climáticas que atingem, principalmente, as populações que vivem em áreas costeiras, onde está grande parte do território da Baixada Santista.”
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Elisabete: “A queima indiscriminada de combustíveis gera o gás carbônico e o efeito estufa retém o calor do sol. Esses gases envelopam a Terra e fazem troca com a água. O mar absorve o CO2 tentando aliviar a atmosfera. Mas as águas superficiais se aquecem e as correntes mudam seu percurso. isso provoca reflexos como aumento de ressacas, erosão, aumento do nível do mar”.
Conheça o Alpha Crucis
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O nome homenageia a estrela mais brilhante do Cruzeiro do Sul. A mesma estrela ainda representa o estado de São Paulo na bandeira do Brasil. “Com autonomia para viagens transoceânicas de até 70 dias. De concepção moderna e equipamentos de última geração, o navio é dotado de dois motores. E tem um sistema de estabilização, que permite mantê-lo parado em alto-mar, propiciando estudos mais acurados sobre o ambiente marinho.”
Comprimento: 64 metros.
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Deslocamento: 972 toneladas.
Tripulação fixa: 19 pessoas.
Pesquisadores: 21 pesquisadores.
O Alpha Crucis foi adquirido através do Programa de Equipamentos Multiusuários (EMU), uma das modalidades do Programa de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa no Estado de São Paulo, mantido pela FAPESP desde 1995, ao custo de US$ 11 milhões. O Alpha Crucis já soma 39 anos em operação. Antes de chegar ao Brasil, ele pertenceu à Noaa (agência nacional de oceanos dos EUA) e à Universidade do Havaí.
Imagem de abertura – Helvio Romero, AE.
Fontes – http://www.io.usp.br/index.php/embarcacoes/n-oc-alpha-crucis/apresentacao; http://www.io.usp.br/index.php/noticias/9-editoria-io/156-veja-algumas-atividades-realizadas-no-samoc; https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/expedicao-vai-estudar-o-oceano-atlantico-sul; https://www.tamoiosnews.com.br/geral/instituto-oceanografico-vai-estudar-os-impactos-da-poluicao-global-e-das-mudancas-climaticas-no-oceano-atlantico/.
A tecnologia, que advém de pesquisas, é o motor do mundo desenvolvido. Sem ela estaremos destinados, inexoravelmente, à dependência de tecnologia importada e seremos escravos de quem as detém, desenvolve e aperfeiçoa. Investir em pesquisa e tecnologia é o segredo de nossa sobrevivência num mundo cada vez mais competitivo. Veja o exemplo de Israel.
Gastam fortunas e jogam milhões de FAPESP e outra instituições nos lixos que irão parar no mar. O que o paulista ganha com isto????
Os paulistas ganham as melhores universidades do Brasil.