Costa brasileira, os dez maiores absurdos
Costa brasileira, os dez maiores absurdos:
Pense num absurdo bem grande, na Bahia já teve precedente
Esta frase, que imortalizou Otávio Mangabeira, governador da Bahia entre 1947 e 1951, pode ser usada em relação ao Brasil e sua relação edipiana, hedonista, e esclerosada, com o mar, e tudo que diz respeito a ele.
O site Mar Sem Fim não se conforma com as bobagens que vê na costa brasileira. Esta matéria dá apenas uma breve passada sobre algumas delas.
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Tiros de canhão em Alcatrazes
1- Apesar da Ilha de Alcatrazes ser um dos maiores ninhais de aves marinhas da costa brasileira, ter uma esplêndida vida marinha, frequentada por tartarugas, baleias, e um sem-número de outras espécies, inclusive algumas endêmicas (da flora), a Marinha do Brasil a escolheu como alvo para tiros de canhão.
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A atividade já rendeu um incêndio que quase acaba com a sua vegetação. Foram mais de 20 anos de tiro ao alvo até que ambientalistas conseguiram que a MB escolhesse outro alvo. No momento seguinte, Temer transformou o arquipélago em unidade de conservação federal, encerrando a polêmica.
Mau gosto nas construções do litoral
2- Por sua extrema beleza, a vocação da costa brasileira, com seus mais de oito mil quilômetros, é o turismo. Ninguém discute. Mas, apesar disso, empreendimentos nascidos da especulação imobiliária continuam a estraçalhar sua beleza quase diariamente, sem que ninguém proteste.
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O Brasil, a pesca, e mais uma mentira petista: o Ministério da Pesca!
3- O Brasil é fraco na pesca porque 70% de suas águas territoriais estão em regiões tropicais, de águas quentes, pobres em nutrientes, portanto, pobre em biomassa pesqueira.
Mesmo assim, sempre teve estatísticas anuais da quantidade pescada. Bastou o megalômano Lula da Silva criar o Ministério da Pesca para nunca mais termos estatísticas do que é pescado anualmente de nosso mar territorial. Pra que serviu este esdrúxulo ministério se não para a corrupção?
Especulação imobiliária destrói a beleza cênica
4- A especulação imobiliária, quase sempre atrelada a grandes grupos empresariais, e a muitos prefeitos dos municípios costeiros, costuma ‘fechar praias’ que são uso de bem comum, portanto, proibidas de serem privatizadas.
Mas agora, mesmo estando dentro de uma Unidade de Conservação, a APA de Cairuçu, donos de mansões estão privatizando a lâmina d’água, sem que qualquer medida seja tomada pelos órgãos públicos. Veja o exemplo abaixo.
Unidades de Conservação federais marinhas: engodo total!
5- Por falar em Unidade de Conservação, e na APA de Cairuçu, vale lembrar o absurdo sem precedentes de que esta UC tem 63 ilhas em sua jurisdição. Mesmo assim, a equipe da APA não conta sequer com um único barco. Ponto para o inoperante governo federal.
Explorando petróleo entre corais!!
6- O banco de corais de Abrolhos é a única formação de corais do Atlântico Sul, ou seja, da costa brasileira. E os corais são habitat de um, em cada quatro tipos de peixes. Mesmo assim a ANP, Agência Nacional de Petróleo, liberou a área para ser explorada para extração de petróleo.
Hotéis destroem beleza do litoral
7- Os hotéis são atraídos para o litoral pela grande beleza natural. Mas a primeira coisa que fazem, ao se instalarem, é destruir a beleza cênica com monstruosas construções que nada têm a ver com nossa paisagem tropical. Os exemplos pipocam por toda a costa brasileira. Este, abaixo, é apenas um, entre dezenas.
Torres eólicas e estupidez humana
8- Ninguém tem dúvida da importância da energia eólica mas, as torres para captar vento com suas imensas pás são erguidas nos lugares mais bonitos da costa brasileira, destruindo mais uma vez a bela paisagem. Veja este exemplo de Mundaú, no Ceará, que era assim:
Depois da instalação das torres, Mundaú ficou assim (bastava empurrar as torres 100 metros para o interior e pronto! Elas gerariam a mesma energia e não destruiriam uma paisagem secular lindíssima, que as futuras gerações teriam o direito de desfrutar).
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Morticínio de tubarões em Fernando de Noronha, área “protegida”!?
9- Apesar do estúpido morticínio de tubarões mundo afora (anualmente cem milhões são mortos para terem suas barbatanas arrancadas e servidas como sopa em países asiáticos), um restaurante de Fernando de Noronha, que é um Parque Nacional Marinho, portanto “protegido”, apresenta em seu cardápio ‘hambúrguer’ de tubarão, sem que nossas ótóridades tomem qualquer providência.
Baía de Guanabara, nosso maior cartão postal, recebe um bilhão de litros de chorume por ano!!
10- Apesar do Rio de Janeiro ser nosso principal cartão postal, a baía de Guanabara está semi-morta, fétida, apodrecendo.
Todos os dias, 15 mil litros de esgotos não tratados são despejados em suas águas. E o povo do Rio de Janeiro não protesta, ou protesta pouco o suficiente para o poder público continuar com sua eterna omissão.
De acordo com denúncia do Movimento Baía Viva, “um bilhão de litros de chorume são despejados na Baía de Guanabara todo ano.”
Esta matéria precisa ser refeita. Há bem mais que dez absurdos na costa brasileira. Em breve ampliaremos.
Gigante dos mares pode ter sido descoberto nas profundezas do oceano
O nobre autor da matéria acima deve viver de luz e vento pois, apesar de concordar com vários dos 10 absurdos que ele pontuou (posse de lâminas d’agua, lançamento de chorume na Baia de guanabara, etc); ficar reclamando do fato de que turbinas eólicas terem sido instaladas em uma região só porque elas mudam a paisagem é o fim da picada. Então, se as energias hidrelétrica; termoelétrica, nuclear, entre outras são nocivas e a eólica “faz mal” para a paisagem, o que o nobre autor sugere que façamos para suprir as necessidades de energia?
Quem sabe se voltarmos à época das trevas, seja o suficiente pra ele.
ECOCHATO!
Parece que o autor quer um litoral com extensão de 8.500 só para contemplação, esse pensamento não condiz com o mundo real…
Oi Joao! Amei ler o seu texto, nao faltou tabefe (merecido) para ninguem. Moro num lugar maravilhoso proximo do rio Tiete e tem um pequeno corrego de aguas “limpas” em frente de casa. Ja’ vi pica-pau e um monte de outras aves. os moradores isam o corrego para jogar rejeitos (de comida a sofas, de guarda-roupas a quadros de motos). Sempre que posso eu enfio a mao na “merd@” e procuro limpar… Qquando eu morrer e virar comida de minhoca (meu retorno ‘a Nnatureza), espero encontrar Deus e lhe direi alguns desaforos, tipo: rapa’, vc faz essa maravilha e a abandona? P.S. continue a luta ai’ que eu continuo aqui. :-D
Achei o texto bom, mas injusto quando fala do Ministério da Pesca. Moro proximo ao maior terminal de pesca artesanal do país, no litoral sul do Espírito Santo e a 2 quilometros da maior empresa exportadora de pescados frescos do Brasil. Aqui, todos compreendemos a relevância econômica da pesca e a necessidade de um órgão federal de regulação e apoio técnico.
Sugiro serem mais equilibrados em suas análises, a construcao de um mundo melhor passa por menos fervor político e mais equilíbrio e sensatez.
Abraço
João Carmo
Editor do jornal Litoral Sul Capixaba
Outros absurdos da Costa que o Mar Sem Fim não vê:
1) Proibição sistemática de Ambientalistas Xiitas de se construírem Marinas (A Croácia construiu 58 em 20 anos) e tem mais turistas que o nosso imenso país sonâmbulo inteiro.
2) A Marinha exige que nossos navegadores visitantes estrangeiros se apresentem para formalidades em cada Porto da Costa acabando com o sossego dos comandantes que tem de deixar seus barcos e familias fundeados a mercê dos ladrões enquanto buscam desesperados um burocrata que somente fala mal um português para obter um carimbo inutil em um papel que ao final vai para o lixo.
3) Com a proibição de Marinas tudo fica tão natural que os Ambientalistas até hoje podem se divertir e apreciar pessoas desempregadas morrendo de fome, famílias desestabilizadas com seus filhos sem estudo e sem emprego por toda costa Brasileira, milhares e milhares de ladrões que matam e assaltam os navegadores de passagem. No mundo civilizado hotéis, restaurantes, resorts, empresas e profissionais de manutenção de barcos honestamente se sustentam ao mesmo tempo que com suas presenças fiscalizam a natureza com imenso carinho.
Enfim meus amigos Vão velejar as costas do Mediterrâneo (Sul da Europa, Adriatico, Mar Egeu, Atlântico Norte, Caribe) e entendam com raríssimas exceções o que o turismo náutico cria de qualidade de vida pelo mundo enquanto no Brasil os Ambientalistas atrasados, e o pessoal do Mar Sem Fim, criam reservas sem terem nem barcos para fiscalizar. O melhor fiscal, que tem barco próprio e não consome um centavo da arrecadação dos absurdos impostos brasileiros, é o navegador cruzeirista.
Outro ponto importante é que nas Marinas maravilhosas do mundo civilizado a Marinha mantém barcos de patrulha e salvamento com manutenções a custo zero, barcos menores e ágeis com tripulações satisfeitas. Com os 2 bilhões de dólares que serão gastos nas fragatas novas da Marinha, daria para construir em nossa costa as 58 marinas da Croácia, 58 barcos de patrulha de 20 metros, gerando qualidade de vida em abundância.
Os piores cegos são aqueles que não querem ver.
Saiam para navegar no primeiro mundo e VEJAM…
“Mais pão e menos canhão”: esse mote esquerdista é jurássico! Quem iria patrulhar as águas oceânicas da Amazônia Azul com cerca de 4,5 milhões de km2, o que equivale a, aproximadamente, metade da nossa massa continental? Os “barcos patrulha de 20 metros”, os veleiros das 58 marinas? No mar estão as reservas do pré-sal e dele retiramos cerca de 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no País. Por nossas rotas marítimas, escoamos mais de 95% do comércio exterior brasileiro.