Você come camarão? Então é pra você…

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Você come camarão? Melhor se informar sobre o que está em jogo

Os problemas ambientais afetam toda a sociedade. Nem sempre as pessoas sabem o que está em jogo ao consumir. Com 8 bilhões de habitantes, usamos mais recursos do que a biosfera consegue repor. Por isso, é fundamental saber a origem dos alimentos que compramos e o destino das embalagens. Cada compra pode agravar a crise ambiental. As dúvidas são muitas. Hoje, o Mar Sem Fim levanta mais uma: você come camarão e sabe de onde ele vem?

imagem de balde de camarões para ilustrar post Você come camarão?
Você come camarão? Foto: theecologist.org.

Se você come camarão, saiba que as criações em cativeiro começaram nos anos 1970, no Sudeste Asiático. A pesca, sempre destrutiva, já não supria a demanda. A produção explodiu para atender aos mercados dos Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental, os maiores consumidores do mundo.

Camarão em fazendas alcançou mais de 1,6 milhão de toneladas em 2003

Com as criações, a produção global de camarão em fazendas superou 1,6 milhão de toneladas em 2003, movimentando quase 9 bilhões de dólares. A Ásia responde por cerca de 75% desse total, com destaque para China e Tailândia. Os outros 25% vêm, principalmente, da América Latina, onde Brasil, Equador e México lideram a produção. A Tailândia é a maior exportadora mundial. No Sudeste Asiático — e em muitas outras regiões —, os criadores derrubaram mangues para abrir espaço aos lagos de cultivo.

Traduzindo releases oficiais…

A maioria dos estudos sobre a carcinicultura na web é patrocinada pela indústria do camarão. Vale para o mercado mundial, dominado pelas fazendas do Sudeste Asiático, e para as fazendas do Nordeste brasileiro, sob o guarda-chuva da ABCC — Associação Brasileira de Criadores de Camarão.

Todas disputam um mercado bilionário. Mas esses estudos não mencionam, por motivos óbvios, que as fazendas foram instaladas em áreas de mangue por estarem próximas do mar, o que barateia o bombeamento da água.

Assim, a carcinicultura destruiu grande parte dos manguezais do planeta, berçários naturais essenciais para a vida marinha. A maioria deles fica no Sudeste Asiático. A reação internacional foi imediata, e a comunidade mundial decidiu investigar de perto.

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A poluição química gerada pela criação

A poluição química é apenas um dos problemas das fazendas de camarão. Como disse o  pesquisador, Enric Sala: “Nas lagoas (do sudeste asiático), colocam os filhotes de camarões e, para evitar que as larvas de mosquito os comam, jogam uma camada de diesel para que os mosquitos não botem ovos na água. Depois jogam pesticidas para que não cresçam algas.”

“Quando os camarões estão grandes, esvaziam a lagoa e os camarões ficam impregnados de toda essa sujeira. Em alguns casos, acrescenta-se corantes para terem um tom mais laranja. E depois de cinco anos, as lagoas ficam tão salobras que os produtores vão cortar mangues em outro lugar.”

No Nordeste do Brasil

O mesmo ocorre nos mangues do Rio Grande do Norte, maior produtor do Brasil, e em todos os outros estados do Nordeste. Na despesca, devolvem a água dos tanques à gamboa sem qualquer tratamento, o que provoca poluição.

imagem de tanque de carcinicultura no Ceará
Você come camarão. Cada tanque sendo preparado. Primeira medida: decepar mangue. Foto: Aracati, Ceará.

No Brasil, usam o metabissulfito de sódio para garantir a cor “laranja” do camarão. O produto atua como conservante, antioxidante e inibidor de microrganismos. Sua ingestão pode causar reações alérgicas, problemas de pele, irritação gástrica e rinite severa em pessoas sensíveis.

imagem de carcinicultura no Vale do rio Jaguaribe, município de Aracati, Ceará
Você come camarão. Vale do rio Jaguaribe, município de Aracati, Ceará, onde se vê tanques de criação, via-se pujante manguezal.

Duas das maiores causas de perda de biodiversidade no mundo

Segundo a comunidade acadêmica, o maior fator de perda de biodiversidade é o desaparecimento de habitats. O segundo é a introdução de espécies exóticas. A carcinicultura provoca os dois.

No Brasil, com o tempo, o Penaeus vannamei acabou se impondo sobre os camarões nativos — menos mal. Mas, pela destruição dos mangues, a prática enfrenta resistência em estados não entreguistas, como a Paraíba. Na época de nossa visita, a secretária de Meio Ambiente do estado classificava a atividade como “uma das maiores ameaças ao litoral nordestino”, ao lado da especulação imobiliária.

Procedência do camarão de criação

No Brasil, escolheram o Penaeus vannamei (camarão-branco do Pacífico), apesar de todos os problemas conhecidos das espécies exóticas. Além disso, a carcinicultura provoca conflitos sociais. Ao instalar fazendas em áreas de manguezal, os produtores cercam uma área muito maior ao redor, impedindo que catadores tradicionais trabalhem no mangue.

imagem do vale do rio Jaguaribe
O mangue do vale do Jaguaribe foi extirpado para a criação de camarões.

No documentário que produzi, extrativistas relatam ter sido ameaçados de morte pela fazenda do prefeito de Aracati, a Compescal. A empresa destruiu por completo o manguezal da foz do rio Jaguaribe, no litoral do Ceará.

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No documentário que produzi, há depoimento do extrativistas ameaçados de morte pela fazenda do prefeito de Aracati, a Compescal, que decepou totalmente o manguezal da foz do rio Jaguaribe no litoral do Ceará.

Também entrevistei um promotor público, em Natal, Rio Grande do Norte. Ele contou que “depois que começara um processo sobre estragos ambientais produzidos pela carcinicultura sofreu diversas ameaças de morte.”

Curiosidades da carcinicultura no Brasil

Quando vi os estragos, não acreditei. Aconteceu durante a primeira expedição pela costa brasileira, entre 2005 e 2007. Descobri algumas ‘curiosidades’ que ajudam a compreender a carcinicultura no Brasil.

À medida que descia a costa, do Amapá para o Sul, ouvia falar da novidade. Mas só encontrei uma fazenda no Piauí. Dali até o Sul da Bahia, o que mais se via nos estuários eram grandes áreas de mangue devastadas.

Pensei: como é possível ocupar os mangues? Eles são espaços públicos, berçários naturais, e não podem ser ocupados. Resolvi investigar. Dentro da grande reportagem sobre a costa brasileira, abri espaço para matérias menores sobre o tema. Comecei a estudar. Li, entrevistei professores das Universidades Federais do Nordeste — todos contrários —, além de secretários de Meio Ambiente, promotores públicos e outros. Também busquei reportagens na imprensa internacionale em ONGs, do Brasil e de fora.

Os políticos, sempre eles…

Durante a travessia do Nordeste, pesquisei quase todas as fazendas de camarão e visitei  90% delas. Entrevistei quem aceitou falar — foram poucos —, além de moradores do entorno, prefeitos e outras autoridades locais

imagem da barra do rio Cunhaú, Rio Grande do Norte, detonada pela carcinicultura,
A barra do rio Cunhaú, Rio Grande do Norte, detonada pela carcinicultura, o mangue foi extirpado. Você come camarão?

Produzi um documentário. Descobri que 95% das fazendas pertenciam a políticos ou a pessoas ligadas a eles: prefeitos, vereadores, deputados, senadores e até um vice-presidente da República. Por envolver “gente graúda”, essas propriedades contavam com mais chances de receber vista grossa das autoridades ambientais, que deveriam proteger o mangue intacto.

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Algumas fazendas são do ‘pessoal do crime’

Na época da viagem, entre 2005 e 2007, se não estavam nas mãos de políticos ou de seus aliados, estavam nas de criminosos. Era o caso de uma das maiores da Bahia, a Lusomar. Vi e gravei os estragos que ela causou após a despesca, poluindo o que restava do manguezal ao devolver a água usada sem qualquer tratamento.

imagem de manguezal desmtada pela carcinicultura
Você come camarão? Foto tirada do site da Lusomar só para vc ver o tamanho da área desmatada.

Era o caso de uma das maiores da Bahia, a Lusomar. Vi e gravei os estragos que ela causou após a despesca, poluindo o que restava do manguezal ao devolver a água usada sem qualquer tratamento.

Imagem da fazenda de camarões da Lusomar, no litoral da bahia
Você come camarão? O tamanho da Lusomar

Segui até a praia Costa Azul para conhecer sua unidade de criação de larvas. Mais uma vez fiquei impressionado com o tamanho do empreendimento. Constatei também que a Lusomar ignorou a faixa mínima de 300 metros, medida a partir da linha da preamar, para as primeiras construções em direção ao interior — exigência da Resolução 303 do Conama, que disciplina a ocupação das praias.

imagem da estrutura de esgotos da fazenda Lusomar
Olha só o jeito que montaram a estrutura de esgotos! Você come camarão?

Como mostram as fotos, parte das obras civis avança claramente sobre a área protegida. Além disso, o local tem dunas e restingas, ambas consideradas APPs. A empresa ainda instalou um cano tosco para despejar seus rejeitos em plena zona de arrebentação.

imagem da estrutura de esgotos da fazenda Lusomar na altura da arrebentação
Você come camarão? Estrutura de esgotos da Lusomar na zona de arrebentação!

As fazendas dos amigos dos políticos

Quando as fazendas pertencem aos próprios políticos, tudo fica mais fácil para eles. Os “legisladores” desafiam o Ibama com total cara de pau e impedem qualquer fiscalização. Quando são de amigos dos políticos, a lógica é parecida com o caso da Lusomar, que investigamos. Encontramos a velha prática da barganha

imagem de poluição marinha por fazendas de camarão
Hora da dispensa da Lusomar, hora da poluição nos canais do mangue. Toda água do tanque é despejada a gamboa, de volta, sem tratamento nenhum.

Tudo indica que, na época, o governador da Bahia, Paulo Souto, financiou as obras com recursos públicos do FNE (Fundo Constitucional do Nordeste), um fundo federal. Em troca, a empresa teria contribuído para a campanha de um prefeito de sua corrente política em Jandaíra, onde fica a fazenda. O prefeito anterior era aliado de ACM, inimigo e rival político de Paulo Souto.

Lusomar elege Herbert Maia – PDT, com extensa ficha policial, prefeito de Jandaíra, BA

A Lusomar cumpriu sua parte no acordo político e elegeu Herbert Maia, do PDT, prefeito de Jandaíra. Ele tem dois CPFs e uma longa ficha criminal: cinco processos na Justiça de Alagoas, 41 no TJ de Sergipe e 11 no Tribunal de Contas da União.

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Herbert está envolvido em emissão de notas frias, roubo e desmanche de veículos, além de crimes de pistolagem. Em 1988, foi preso em Sergipe, acusado de liderar uma quadrilha que vendia notas fiscais frias para diversas prefeituras. Nossa apuração também aponta seu envolvimento em crimes de morte, incluindo o assassinato do promotor de Cedro de São João, Waldir de Freitas Dantas, em 19 de março de 1988.

Por fim, foi denunciado pelo comparsa Cristinaldo Santana, conhecido como “Veneno”, por receptação e desmanche de carros roubados. Todos esses casos vieram à tona após sua “vitória” nas eleições, com 1.797 votos contra 1.721 do segundo colocado.

FNE – Fundo Constitucional do Nordeste

O papel do Fundo era financiar as fazendas. Impressionado com tanta “bondade”, fui pesquisar. Descobri que suas diretrizes sugerem “preferência aos mini e pequenos empreendedores” e projetos que “protejam o meio ambiente”.

imagem de placa do fundo do nordeste que apoia a carcinicultura
Você come camarão? Fazer com o dinheiro dos outros é fácil…

Curiosamente, a turma da carcinicultura não se enquadra em nenhum dos dois tópicos…

Problema ainda não resolvido: a ração, ou farinha de peixe

Além dos graves problemas já apontados, um dos piores está na alimentação usada nas fazendas: a farinha de peixe. Ela é feita com espécies que antes não eram pescadas, mas têm papel importante na cadeia alimentar dos oceanos.

O paradoxo é evidente: a aquicultura surgiu para reduzir a sobrepesca. Mas, à medida que cresce no mundo, captura cada vez mais peixes antes descartados por terem pouco valor comercial, apenas para alimentar as criações. A conta não fecha. As fazendas de camarão não são sustentáveis.

Devastação e poluição provocam boicote internacional

A soma desses problemas chamou a atenção internacional. O resultado foi duro: as exportações brasileiras de camarão despencaram de 42,5 mil toneladas (65,4% da produção) em 2005 para apenas 5.728 toneladas (8,81%) em 2009, segundo a ABCC. O Brasil, que já esteve entre os líderes nas exportações para a Europa, caiu para a 28ª posição em 2009. A produção só se manteve porque os produtores aumentaram as vendas no mercado interno.

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Boicote de compradores internacionais

Essa queda nas exportações teve dois motivos. O primeiro foi o boicote dos compradores diante das condições de “terra arrasada” e da poluição associada. O segundo foram as pragas recorrentes que dizimam criações intensivas.

O mundo tomou conhecimento dos problemas ambientais da carcinicultura e reagiu, exigindo melhorias para voltar a comprar. É essa mesma reação que esperamos de você, leitor, caso consuma camarão.

A pesca do camarão

Existem várias modalidades, das de menor impacto às mais destrutivas. Infelizmente, 90% do camarão pescado vem da pior delas: a pesca de arrasto.. No Brasil não é diferente. O arrasto devasta o fundo do mar, destrói ecossistemas e tudo que encontra pelo caminho.

Essa técnica também provoca captura incidental, matando toneladas de espécies não visadas. Especialistas afirmam que, para cada quilo de camarão capturado, mais de 80% do que vem nas redes é fauna acompanhante. Tudo é devolvido ao mar, já morto. Por isso, o arrasto é combatido no mundo todo.

Então, você come camarão?

Acreditamos que, se cada um tiver consciência de seus atos — mesmo os mais comuns, como comer —, já haverá um grande benefício. Afinal, nada é corriqueiro quando se trata de 8 bilhões de pessoas.

Felizmente, mesmo em tempos difíceis, há provas de que muitos cidadãos seguem atentos. A reação positiva à campanha pelo fim dos canudos plásticos mostra que o caminho é conversar diretamente com você, cidadão.

Pense sobre a sua parte e tome posição. Como se diz lá fora: “pense globalmente, aja localmente”. Se for comprar camarão, verifique a procedência. Se vier do Nordeste, desconfie. Prefira os do Sudeste, onde quase não há carcinicultura e a pesca é feita, em geral, por pescadores artesanais.

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Para saber mais sobre o tema, ouça o podcast gravado em 2020 com Jeovah Meireles, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e dos Programas de Pós-Graduação em Geografia e em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Doutor em Geografia pela Universidade de Barcelona (2001).

Foto de abertura: www.frozenshrimpsuppliers.com.

Fontes: https://en.wikipedia.org/wiki/Marine_shrimp_farming; https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0964569111000901?via%3Dihub;https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/5-ingredientes-indesejaveis-das-comidas-industrializadas/; http://www.jandaira.ba.gov.br/;

Bitucas de cigarro, praga assola litorais do planeta

Comentários

71 COMENTÁRIOS

  1. O artigo diz para não comer camarão de cativeiro da forma como ele é produzido. Sobre a fonte das informações é simples de encontrar outras reportagens mundo afora que corroboram as informações, basta ver o boicote que o camarão aqui produzido está sofrendo, e isto é fato. A destruição do manguezal impedindo acesso à área, a eliminação de dejetos sem tratamento diretamente no mar, são ilegais. Isto não é esquerdismo, isto é o que a lei diz. Mas com sempre, defender leis, defender o meio ambiente, para os patéticos, é coisa de esquerda e acham que este argumento invalida a reportagem.

  2. Existem Enzimas (em vez de produtos poluentes e maléficos á saúde) para purificação das águas de criação em cativeiro de Camarão, Tilápia ou outros, o que permite mais qualidade em cativeiro do que nos mares de hoje onde também engolem plasticos e contém quantidades de mercúrio (ex:atum). Eu sou criadora de Tilapia em cativeiro, trabalho com enzimas e o meu peixe , diz quem compra, é muito saboroso porque é criado numa agua com bastante oxigénio dissolvido . Os enzimas formam colónias que devoram toda a podridão e purificam a agua e nos mares isto já não é possível.
    Puxando a brasa à minha Tilápia não é nada mau comer de viveiro desde que se seja consciente, porque não fica mais caro uma vez que há maior percentagem de sobrevivência e são peixes felizes não têm que fugir de carnívoros que os querem engolir…………. Assim nós pudessemos ser criados como eles sem termos de fugir de alguns carnívoros!……………………..

  3. Eu não entendo nada de criação de camarão, mas aprecio muito um prato cheio deles, contudo não como nada de cativeiro porque não sei o que dão para esses bichos comerem, e se há algum anabolizante que os faça crescerem rapidamente.
    Prefiro ir até os pequenos pescadores de Peruíbe e comprar diretamente deles.
    Também não como peixes de cativeiro.
    Quanto ao fato de muitos políticos estarem metidos em negócios escusos, não me admira, afinal estamos no Brasil, e acho que deve ter fundamento o que o João Lara Mesquita escreveu, pois são denúncias graves e ele deve estar bem fundamentado.
    E também tem muitos empresários picaretas no meio dos sérios, o que é normal em todas as atividades humanas, mas como eu não sei quem é joio e quem é trigo, fico sem comprar o que produzem.
    Espero que as denúncias tenham uma investigação séria, e que os culpados, se por ventura houver, sejam punidos por quaisquer ações contra o meio ambiente, pescadores extrativistas e trabalhadores do setor.

  4. Queridos contraditores da reportagem acima.
    Em vez de questionarem o excelente trabalho do repórter e abusarem de suas ideologias políticas, procurem mais informações sobre o assunto.
    Terão uma surpresa desagradável. Existem inúmeras reportagens em diversas línguas pelo mundo afora, mas no Brasil… essa é uma das raríssimas denúncias sobre a criação de camarões.
    O poder político brasileiro, seja legislativo, judiciário ou executivo, tem força suficiente para esconder a verdade, e como só acreditamos naquilo que acreditamos cegamente, preferimos virar o rosto para um assunto desagradável do que enfrentá-lo. Mas isso daria muito trabalho, não é mesmo?
    Deixa do jeito que está. Se eu não tiver filhos, ótimo. Se eu tiver, eles que se f…
    Que tal saírem da sua zona de conforto e procurar informações de verdade e não aquelas que te enfiam pela goela abaixo?
    Nenhuma mudança acontece sem esforço.

  5. Verdade tudo isso, mas há pequenas fazendas orgânicas, o crescimento do camarão é alguns meses mais demorado, porém a saúde do consumidor e a natureza não são prejudicadas. Não seria este o caminho?

  6. A carcinicultura cultiva o camarão que vive na água vc acha q com toda essa poluição e descaso com o meio ambiente algum animal iria sobreviver?!
    Precisamos da boa qualidade de água, do solo, temos um estudo feito trimestral que se chama PMA plano de monitoramento ambiental que monitora a qualidade da água do abastecimento e drenagem e sempre a água que devolvemos é de melhor qualidade da qual pegamos, pois no Brasil são pouquíssimas cidades que tem tratamento de efluentes e todo esgoto vai para os corpos de água que vão para o estuários.
    Quanto aos mangues tem um estudo que comprova que nas regiões de carcinicultura houve hum crescimento dos manguezais, feito pelo Labomar da Universidade Federal do Ceará.
    Quanto a mão de obra, a carcinicultura mantém o homem do campo no campo, com emprego formal e renda o ano todo livre de atividades sazonais como extrativismo no mangue caranguejo e outros, corte da cana de açúcar, derrubada da palha de carnaúba dentre outros…mais dignidade e formalidade para o Brasileiro.
    Deixo meu convite ao jornal para uma matéria completa aqui no Ceará com tudo pago ….. Pra vc entender a verdade…. Aceita ?!
    https://panoramadaaquicultura.com.br/apicuns-salgados-e-manguezais-e-a-ideologizacao-do-debate-sobre-a-carcinicultura-marinha-brasileira/

  7. Eu gostaria, como doutoranda em aquicultura, convidar todos a conhecer a sua páginas dos programas de graduação em aquicultura do Brasil. Entrem na página do PpgAqui da FURG , da UFSC e vejam como q equipe de trabalho e os alunos se dedicam para tornar a carcinicultura do país mais ambientalmente amigável, sustentável e luvrativa ao mesmo tempo! Em que era estamos vivendo? Realmente qual o interesse por trás desta reportagem?! Não sei, só sei que estão desinformados e mal intencionados! Tirem suas conclusões com informações que são verdadeiras e com bases científicas!

  8. Um comentário leigo, existe uma palavra para isso, Ganância…e também sempre terá um cultivo responsável , frente a uma produção responsável, tomando medidas responsáveis ,aonde o lucro e dividendos existe pela coerência, sempre responsável, afiançado pela responsabilidade entre qualquer cultivo e uma excelência administrativa para com o meio, usando, prerrogativas orçamentarias ao tratamento da agua, e despojo de qualquer cultivo. Sempre há solução, quando se é responsável e um peso do orçamento das despesas é tão assustador, quanto a ingerência irresponsável de correr em duas rodas sempre em velocidade, na média constante , sem ater , que há uma curva acentuada logo ali.

  9. Com toda essa podridão exposta, com a participação de Políticos (todos) , será que ninguém vai tomar UMA PROVIDÊNCIA..Pelo visto tem até agentes do crime organizados nesse meio..Vamos botar toda essa gente na cadeia…

  10. Reportagem mentirosa e insana! Quem realmente está com o interesse de difamar um setor produtivo desta forma? Deve ser os bandidos que querem a importação do camarão do Equador… Lamentável!

    • Perfeito, este autor nao quer que ninguém coma camarão, nem peixe, nem boi pois solta metano, nem vegetais/graos/legumes pois possuem pesticida e desmatamento e nem pedra pois fazem parte da natureza.

  11. “Então, você come camarão?” Sim e adoro. João Mesquita você acha que um krill pode mudar alguma coisa nos oceanos gelados??? Por que você não tocou na Marinha do Brasil, afinal de contas é função/dever constitucional dela administrar toda extensão do litoral e há pucos anos tivemos um tal de Luciano Huck que já pretenderam candidato a presidência do Brasil que teve a desfaçatez de cercar a praia onde possui sua casa de verão. A Marinha do Brasil também é responsável pelos rios e lagos e fale sinceramente: você vê algum trabalho dela????

  12. Matéria muito manipulada. Está induzindo o consumo de camarão pescado ao invés do produzido, totalmente contra mão do que se deve fazer. Essas técnicas de cultivo andam longe de ser utilizadas. Pesticida e gasolina na água? Acho muito contraditório um animal que a matéria afirma ser muito sensível conseguir sobreviver à utilização desses produtos. Um pouco mais de pesquisa vai mostrar a alta taxa de crescimento dos manguezais ao redor das fazendas de camarão. A água liberada pelas fazendas são muito mais limpas do que as captadas com rejeitos das cidades nos rios e manguezais. Não se pode deixar manipular por uma matéria como essas. Demonstra claro interesse em acabar com essa atividade que tanto emprega e gera impostos.

  13. Matéria tendenciosa, ofensiva e vaga. O Ceará conta com inúmeras criações responsáveis e sustentáveis, com apoio de universidades e centros tecnológicos, e dezenas sem proximidade com manguezais e sem uso de quaisquer produtos químicos. Uma pena ler esse tipo de reportagem que afeta milhares de trabalhadores da área. ABCC defende sim interesse da cadeia produtiva, que é basicamente composta de pequenos produtores.

    • Perfeito, este autor nao quer que ninguém coma camarão, nem peixe, nem boi pois solta metano, nem vegetais/graos/legumes pois possuem pesticida e desmatamento e nem pedra pois fazem parte da natureza./

  14. A questão da sobrevivência , aproveitamento dos resíduos : falta de soluções que geram riqueza e emprego” se aproveitarmos estes resido como adubos nos milhões de e quitares que temos solução essa para substituir as” tais ureias com eficiência”” adubo orgânico amônia e temos que criar a cultura da critica com solução do barato todo os criadores tem que pagar pesquisas para gerar isso a dissolvendo o custo de exportação e isso pode ser feito …

    • Não Darcy! A pesca predatória de camarão devasta o oceano! Te convido anconhecer a página do PPGAqui da furg e ver como trabalhamos para tornar a aquicultura mais sustentável! Abraço

  15. Será que essa produção respeita as leis da natureza, ou pouco se preocupam buscando lucro imediatista e indo para outro lugar quando não dá mais, deixando os problemas para os nativos da região? Respeitar a natureza é não romper o equilíbrio dos vários fatores que atuam conjuntamente para manter a hospitalidade do planeta,

  16. Eu adoro camarão….fico feliz que o camarão que consumo diariamente não é fruto de pesca com rede de arrasto e sim de criação responsável, criando empregos e movimentando a economia!!

  17. Conheci no sul da Bahia varias fazendas de camarão, e realmente algumas precisam melhorar seu processo produtivo, mas várias já atuam de forma responsável e sustentável. O que me chamou mais atenção, foi que as fazendas que produzem de forma mais sustentável, tem uma rentabilidade e produção bem maior que as fazendas com métodos tradicionais. Me parece que apenas uma pequena regulamentação na forma de produzir pode resolver esse problema e de quebra reduzir o valor do produto pelo aumento considerável da oferta.

  18. Fico com receio quando alguém escreve que vai reduzir o consumo de camarão por conta da matéria que leu…. Que gente manipulável!! Parabéns pelo objetivo alcançado com o texto. Ressalto que nessa guerra de interesses existem pessoas maiores, que o autor da matéria, defendendo interesses próprios. Ah, a aquicultura vai alimentar o mundo sim (conheça mais sobre o assunto) e frango não tem hormônio.

  19. Gostei da matéria…eu amo camarão, lagosta, peixe e frutos do mar em geral…eu não vou parar de comer camarão!!..rsrs….a perguta é: onde podemos comprar, consumir estas delicias de forma mais sutentável??…alguma dica?….vlw!…moro em sp e em geral compro no mercado municipal.

    • Tem sim ROdrigo! Tem muito estudo e esforções torno desse tema! No Brasil e no mundo! até convido a entrar no site da FURG e ver os trabalhos dos alunos e professores do PPGAqui!
      Abraço

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