Proteger o alto-mar torna-se prioridade para 30 países
A One Ocean Summit ocorreu em Brest, na Bretanha, França, de 9 a 11 de fevereiro de 2022, com o objetivo de mobilizar a comunidade internacional para tomar ações tangíveis para preservar e apoiar um oceano saudável e sustentável. O primeiro grande evento de um “super ano” para o oceano, a Cúpula é uma oportunidade para iniciar o segundo ano da Década do Oceano com os primeiros grandes compromissos internacionais para proteger o oceano e reverter sua saúde em declínio. Proteger o alto-mar torna-se prioridade para 30 países.
One Ocean Summit
Cerca de trinta chefes de Estado e de governo de todo o mundo comprometeram-se em colocar a defesa e a proteção dos mares como uma prioridade na agenda europeia e internacional. O compromisso foi assumido na cidade de Brest, durante o último dia da cúpula “One Ocean”.
Segundo o site umsoplaneta.globo.com ‘Representantes de mais de 100 nações se comprometeram com medidas destinadas a preservação dos oceanos, durante a Cúpula One Ocean’.
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As negociações estão em curso sob a égide da ONU desde 2018, mas as conversações foram interrompidas por causa da pandemia. A quarta e teoricamente rodada final de negociações está agendada para março, em Nova Iorque.
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Segundo o jornal O Globo, ‘Os Estados Unidos anunciaram que apoiam o lançamento de negociações da ONU para um acordo internacional contra a poluição por plásticos. Assim, o país se unirá a mais uma dezena e ao conjunto da UE’.
‘No final de fevereiro, o tema será abordado durante a IV Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a fim de alcançar um acordo internacional contra a poluição causada pelas 8,3 bilhões de toneladas de plástico produzidas desde a década de 1950’.
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Oceanos esquecidos
De acordo com o jornal The Guardian, Olivier Poivre d’Arvor, embaixador da França para questões marinhas, observou que o oceano cobre mais de 70% da superfície da Terra, é um regulador climático vital, rico em recursos, fundamental para o comércio e um elo essencial entre as nações .
“Mas é rotineiramente deixado de lado nas principais cúpulas, e agora está sob séria ameaça de toda uma série de pressões diferentes. Portanto, esta iniciativa visa aumentar a ambição internacional e obter compromissos concretos e mensuráveis para ações tangíveis”, disse ele.
A França é a segunda maior potência marítima do mundo depois dos EUA, com zonas econômicas exclusivas totalizando mais de 11 milhões de quilômetros quadrados.
Mineração submarina
A exploração submarina em alto-mar é outro tópico controverso, com empresas de mineração, em particular, mostrando interesse em minerais raros, incluindo níquel e cobalto, sob partes do fundo do oceano.
Mas, apesar dos perigos da mineração submarina, a França se absteve de votar em uma convocação no congresso mundial de conservação da IUCN em setembro de 2021 para uma moratória na mineração em alto-mar; moratória que já teve apoio até mesmo de empresas interessadas nestes minerais como as montadoras BMW e Volvo, e ainda a Samsung, e o Google, portanto, devemos torcer para que prossiga a ‘proteção ao alto-mar’ que é constantemente saqueado, mas ainda com um pé atrás.
A França não tem se mostrado confiável nas questões ambientais. Usou, e continua usando, a perda florestal da Amazônia menos pelos prejuízos que provoca ao meio ambiente, mas para proteger o agronegócio francês como já foi dito inúmeras vezes.
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A ver como o país se comportará na vital questão da proteção do alto-mar.
Imagem de abertura: https://www.science.org.
Fontes: https://pt.euronews.com/2022/02/11/lideres-mundiais-empenhados-na-protecao-dos-oceanos; https://oglobo.globo.com/mundo/trinta-paises-concordam-em-melhorar-protecao-dos-oceanos-durante-cupula-na-franca-2-25390547; https://www.theguardian.com/environment/2022/feb/08/blue-diplomacy-france-summit-puts-worlds-spotlight-on-oceans; https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2022/02/12/mais-de-100-paises-firmam-compromisso-para-salvar-os-oceanos.ghtml.