Peixe-leão no litoral do Rio de Janeiro

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Peixe-leão no litoral do Rio, mais uma vez ele foi encontrado. Já é considerado praga em águas brasileiras

Há cerca de um ano, mergulhadores capturaram um exemplar da espécie em Arraial do Cabo com a autorização do ICMBio. Nos anos 80, no Sul dos Estados Unidos, o peixe-leão também apareceu assim, sozinho. E depois multiplicou-se e fez um estrago por todo o mar do Caribe. Agora eles foi encontrado aqui: Peixe-leão no litoral do Rio.

peixe-leão no litoral do Rio, imagem de peixe- leão

O peixe-leão chegou primeiro nas águas da península de Yucatan, no México,  e rapidamente os pescadores da ilha de Cozumel perceberam a queda na produção de peixes como garoupas e pargos, espécies muito importantes comercialmente para eles.

O peixe-leão come qualquer coisa que passe pela garganta dele. Vindo dos oceanos Índico e Pacífico, não tem predador natural no Oceano Atlântico. Uma só fêmea pode botar dois milhões de ovos por ano – é um invasor implacável.

Vendidos nos Estados Unidos para enfeitar aquários, os peixes-leão teriam sido jogados no mar por quem desistia de mantê-los em casa. Outra hipótese é a de que o furacão Andrew, que passou pela Flórida em 1992, tenha destruído lojas de animais e levado os peixes para o oceano.

Se espalhando no Golfo do México

O fato é que o peixe-leão se espalhou e tomou conta do Golfo do México e do Caribe, desequilibrou o ambiente marinho e ameaçou a sobrevivência dos pescadores mexicanos.

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Depois de provocar danos imensos às águas do Caribe, em 2021 foram encontrado 11 indivíduos nas águas de Fernando de Noronha.

Estratégia nacional: comer o peixe-leão

Mas a resposta deles também foi rápida. E essa contraofensiva serviu de base para a criação da primeira estratégia nacional em todo o mundo de combate a essa espécie invasora indesejada e perigosa. Em poucas palavras, a estratégia foi: comer o peixe.

Em Cancun e Cozumel, cada pescador chega a pescar 25 quilos de peixe-leão por dia. Depois, é preciso um pouco de cuidado na hora de manusear a criatura. Espetar o dedo nas espinhas externas dói. Dói muito. E inflama.

Mas é só nelas que está o perigo. Não há toxina, não há veneno, não há peçonha dentro da carne do peixe-leão. E o governo fez campanha na televisão para explicar isso.

Hoje, a espécie é considerada uma das maiores ameaças deste século à vida nos recifes do Oceano Atlântico. Agora temos o Peixe-leão no litoral do Rio e, de lá, para os mares brasileiros.

Portanto, você mergulhador que avistar um peixe-leão, já sabe o que fazer. Capture-o e coma-o. A carne é deliciosa, macia e se parece com a de uma lagosta!

Veja abaixo um vídeo de como cozinhar e preparar o peixe-leão!

How to Prepare Lionfish for Cooking

Fonte: Globo, Estadão.

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