Praia e baía dos Castelhanos, Ilhabela, corre perigo; solução pode ser Resex
A Ilhabela no litoral Norte paulista é uma das belezas da costa Sudeste. Um arquipélago às margens de um canal com cerca de 25 km de comprimento, por apenas entre 2 e 7 km de largura que o separa do continente. Distante apenas 213 km da maior cidade do Brasil, São Paulo, a região vive o fenômeno da especulação imobiliária. E este é um problema de difícil solução. A especulação é dos maiores inimigos da costa brasileira. E ela quase sempre está presente justamente nas porções mais ricas do ponto de vista da biodiversidade, e da beleza natural. Praia e baía dos Castelhanos, Ilhabela, corre perigo, solução pode ser a criação de uma reserva extrativista, ou Resex.
Resex, um dos 12 tipos de unidades de conservação previstos na legislação ambiental
Este site não é fã deste tipo de unidade de conservação. Já escrevemos inúmeras vezes a respeito das Resex, uma das 12 categorias de unidades de conservação previstas na Lei do SNUC. Doze é demais.
Este é mais um equívoco da legislação ambiental que também já apontamos. Não cremos que existam tantas categorias em outras legislações mundo afora. Doze tipos de UCs, ao nosso ver, só trazem mais dificuldades e ainda mais burocracia.
Mas apesar disso, é a nossa realidade. Hoje vamos comentar a possiblidade de criação de uma Resex na Baía dos Castelhanos, Ilhabela, cuja consulta pública está aberta.
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No post Unidades de Conservação brasileiras: alguns problemas comentamos sobre questões da legislação ambiental em vigor. E deixamos claro os motivos pelos quais não acreditamos nas Resex, enquanto conservação, explicando o porquê baseado nas observações in loco que fizemos em todas as Resex federais do bioma marinho. Mas, no mesmo post, fizemos a ressalva abaixo:
Estas unidades podem ser úteis para garantir que os nativos possam nelas permanecer. As terras são áreas públicas, onde famílias vivem há gerações. Sem título de posse, e sem recursos, estão sujeitas às intempéries como a especulação imobiliária, tão ativa no litoral. Neste sentido elas podem funcionar, mas não podem ser consideradas áreas de conservação.
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E este é o caso da praia e baía dos Castelhanos, em Ilhabela: a especulação imobiliária e a necessidade urgente de garantir a posse da terra por quem lá está há gerações, preservando assim o local do concreto armado que arrebenta a paisagem litorânea brasileira.
Inimigos de Ilhabela
Seu maior inimigo é a curta distância de São Paulo. Isso tornou o arquipélago um dos pontos preferidos de veranistas não só do Estado, como de outros, encantados pela beleza natural, as praias, a mata atlântica e suas cachoeiras, e a fauna. Com a vinda deles, os preços de terrenos subiram. Na cola vieram os especuladores. Só que em Ilhabela vivem caiçaras que chegaram há gerações. E, nos últimos 20 anos talvez até mais, o processo de especulação explodiu.
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O que fizeram alguns prefeitos especuladores? Modificaram o zoneamento de certas praias, entre elas as do Bonete, Castelhanos e Jabaquara, para transformá-las em zonas urbanas o que permitiria a construção de casas, hotéis, condomínios e resorts.
Ilha das Cabras
Mas nem sempre o processo é comandado de dentro das prefeituras. Assim foi com o caso do ex-senador Gilberto Miranda, acusado de apropriação indébita da Ilha das Cabras que integra o Parque Estadual de Ilhabela.
Miranda detonou a Ilha das Cabras. Parte da mata nativa foi pro lixo para que ele construísse seu heliponto. Não satisfeito, concretou a costeira. Ali ele mantinha uma mansão. Segundo a Procuradoria da República, Miranda queria transformar a ilha em um “condomínio de luxo”.
A praia e a comunidade do Bonete
Em 2018 os problemas na comunidade do Bonete, em Ilhabela, vieram mais uma vez à tona. Na época o então prefeito, Márcio Tenório, tentou mudar o zoneamento da região do Bonete escorado pelo discurso fajuto de ‘trazer melhorias’ aos moradores, leia-se caiçaras e suas lindas canoas típicas. Foi outro quiprocó que colocou de um lado a comunidade e ambientalistas, do outro o prefeito e suas escusas intenções.
É quase sempre assim que agem, e não só em Ilhabela mas em todo o litoral. Pra quem seriam as melhorias, nem sempre se sabe; se para o bolso dos gestores, ou se de fato para os moradores descendentes de famílias que ocuparam as áreas séculos atrás.
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Na época o Ministério Público Federal (MPF) do litoral norte instaurou um inquérito civil público, enquanto a parcela da sociedade que se preocupa com a questão ambiental entrou em campo. Depois de muita polêmica, as tais ‘melhorias’ foram deixadas de lado. Mas a ameaça persistiu, agora a vítima é a…
Praia e baía dos Castelhanos
Anos atrás, quando ainda frequentava Ilhabela fiquei sabendo que a mulher de um dos que já ocuparam a prefeitura (e está prestes a ocupá-la de novo) Antonio Colucci, se dizia ‘dona’ de vários terrenos na baía de Castelhanos, onde pretendia erguer um resort.
Na época não acreditei, como assim, proprietária de área ocupada há gerações por caiçaras?
Histórico de ocupação
Ao longo do tempo, as regiões de São Sebastião e Ilhabela tiveram alguns ciclos econômicos. O primeiro deles, a partir do século 17, foi o da cana-de-açúcar.
Ao final deste, começou novo ciclo, que envolveu também Ilhabela, o do café. O declínio do café, ao final do século 19, abriu espaço para um segundo ciclo de cana-de-açúcar, agora para a produção de cachaça.
Os engenhos para a produção de aguardente proliferaram por todo o litoral Norte, chegando ao número de 36 em Ilhabela no final da segunda década do século 20.
A praia e baía dos Castelhanos tinha dois destes engenhos. Um deles, o Engenho Velho, desapareceu junto com as lindas canoas de voga que escoavam a produção para Santos, de onde traziam gêneros de que não dispunha a incipiente vila de Ilhabela.
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Outro engenho de Castelhanos, de propriedade de Leonardo Reale, prosseguiu em funcionamento até 1960. Até este tempo, a população vivia da produção agrícola de subsistência, a pesca, e a caça, ou seja, o típico estilo de vida de caiçaras. Foi ainda nesta década que começaram a chegar os primeiros veranistas.
Aos poucos despontou a nova vocação de Ilhabela, o turismo de segunda residência. Só que o crescimento do turismo foi de tal forma que subiram os preços dos terrenos, atraindo especuladores. Começou a bagunça, e o processo de expulsão dos nativos que há gerações ocupavam aquelas terras e ou praias.
Dos anos 70 em diante
O turismo cresceu em Ilhabela. Dos anos 80 em diante, foi um crescimento exponencial. A prefeitura passou a ser mais valorizada. E assim vários nomes ligados à especulação, e ou irregularidades, também a ocuparam.
Alguns dos mais notórios foram Manuel Marcos (PTB); Antonio Colucci (PP) entre 2009 e 2016; seguido por Márcio Tenório (PMDB) de 2017 a 2019 quando seu mandato foi abreviado. Tenório foi cassado.
O prefeito Manoel Marcos, sócio de imobiliária em 2001
O prefeito Manoel Marcos, por exemplo, ficou famoso em 2005 quando mandou comprar todos os exemplares do jornal O Estado de S. Paulo que trazia reportagem com o título “Prefeito avança na mata”, sobre irregularidades cometidas na venda de terrenos loteados em áreas de reserva ambiental.
A mesma negociata foi denunciada pelo jornalista Fernando de Santis morador do litoral Norte na época. De Santis foi demitido de dois jornais da região, o Imprensa Livre e o Correio do Litoral.
‘Ilhabela tem uma máfia de registro de terra’
E sofreu ameaças de morte por telefone, por três vezes. Mas ele denunciou ao Portal da Imprensa a falcatrua: “Ilhabela tem uma máfia de registro de terra, uma máfia ligada a acertos fundiários. E essa máfia tem um braço dentro da prefeitura. O prefeito Manoel Marcos Ferreira (PTB), que foi reeleito, tem uma imobiliária que foi aberta 43 dias depois da posse dele em 2001…”
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Em 2005 a Justiça Eleitoral tornou o prefeito Manoel Marcos inelegível por três anos a partir das eleições de 2004 em razão de irregularidades nos Loteamentos Siriúba 1 e 2, alguns comercializados pela Imobiliária Ilhabela Imóveis, da qual o prefeito era sócio.
Nada de novo no front…Um cassado, outro declarado inelegível; é o que muitas vezes acontece nos balneários mais visados pela especulação litoral afora.
O prefeito Toninho Colucci entre 2009 e 2016
Sua primeira gestão à frente da prefeitura não deixou saudades ao menos para este site. Toninho tentou mudar o zoneamento de praias distantes onde vivem comunidades caiçaras, desapropriou áreas enormes que até hoje não têm sua função pública definida. Conhecido pela sua truculência, ameaçou, e esbravejou contra quem criticou suas ações que, ao nosso ver, contribuíam para interesses menores de especuladores, entre outros.
Em 2013 uma proposta da Prefeitura de Ilhabela para alterar o plano de gerenciamento costeiro trouxe tensão à cidade, disse a Folha de S. Paulo. Pelo projeto, as comunidades de Bonete e Castelhanos, instaladas em praias isoladas, seriam classificadas como Z4, o que as enquadraria como áreas urbanas.
Mas não foi tudo. Enquanto prefeito, doou um milhão para escola de samba quando acidade não tinha sequer saneamento. Ou ameaçou a beleza natural com obras faraônicas e de mau gosto como um mirante em um dos lugares mais bonitos da cidade, que foi barrado na justiça.
Toninho responde a dezenas de procedimentos por improbidade, e já deixou claro que não é a favor da RESEX. Em 2020, de acordo com o G1,”Toninho Colucci e a esposa Lúcia Colucci foram sentenciados a cumprir penas em regime semiaberto, a perda de cargos públicos e ressarcimento de R$ 156 mil aos cofres públicos’.
E a monstruosidade que queria construir como mirante foi suspensa pela Justiça.
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Ilhabela e royalties do pré-sal
E note que foi neste mesmo período, de 2009 até 2016, que o orçamento de Ilhabela cresceu seis vezes. A cidade era a terceira a receber mais royalties no Brasil, pela exploração de gás e do petróleo do pré-sal dos campos de Mexilhão e Sapinhoá na Bacia de Santos.
Então nada melhorou com o valor gerado pelos royalties? Sim, houve alguma melhora, mas tímida. Os oito anos de fartura renderam 13 escolas, 4 prontos-socorros, e ampliação, tímida, da rede de esgotos.
Por outro lado, no mesmo período Ilhabela, ao contrário das outras cidades da região, não conseguiu acompanhar a curva ascendente da meta do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Em 2013 o índice do município foi de 5,3, abaixo da projeção de 6,0.
Não basta apenas construir escolas. É preciso investir no aprimoramento do corpo docente, entre muitas outras questões.
Toninho Colucci não valoriza as tradições de Ilhabela, muito menos a praia e baía dos Castelhanos
Antonio Colucci parece se envergonhar das tradições de Ilhabela. Por exemplo, muitos anos atrás visitei com um amigo nascido na ilha, Zé Nogueira, uma salga abandonada na praia da Armação.
Para nossa surpresa lá estava enterrada na areia uma imensa canoa de voga, símbolo de Ilhabela, do avô do dono da salga. Imediatamente conversamos com o caiçara de origem japonesa, Renato Kengo Imakawa. E o convencemos a doar a ‘Vencedora’.
Assim foi feito. A canoa foi reformada e colocada na praça principal, orgulhando os caiçaras nativos e chamando a atenção de turistas. Até que Toninho Colucci retirou-a da praça, escondeu-a num depósito da prefeitura e ergueu um tedioso chafariz em seu lugar. Na época publicamos o post Prefeito de Ilhabela quer torná-la Ilhafeia.
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Outra joia de Ilhabela do passado é a Casa da Princesa, construída em 1870 e considerada uma relíquia do patrimônio histórico e cultural de Ilhabela. Pois o incansável Colucci a quis transfigurar na Câmara Municipal, descaracterizando o patrimônio com reforma e ampliação.
Na primeira tentativa, os vereadores de Ilhabela manifestaram-se contrários e a casa foi poupada. Ainda assim, fui informado que em 2015 a Casa da Princesa tornou-se a Câmara Municipal…
O prefeito Márcio Tenório, cassado em 2019
E os royalties do petróleo continuavam a jorrar. Em 24 de setembro de 2017, o jornal o Estado de S. Paulo destacou que…”a cidade recebe um terço dos recursos do petróleo de São Paulo; prefeitura ganhou sede nova, mas moradores reclamam de falta de infraestrutura.”
Em março de 2016, por orientação do prefeito, a Câmara Municipal aprovou reajuste de 38,2% no salário do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais, que entrou em vigor em 2017.
Com isso, dizia o site NCA na época, ‘o próximo prefeito ganhará R$ 24 mil -valor maior que o salário atual do governador Geraldo Alckmin (PSDB), de R$ 21 mil. Segundo o Executivo, o cálculo considera reajustes pendentes desde 2012, além de 8% referente à projeção da correção de 2016’.
Márcio Tenório (PMDB), foi eleito em 2016 mas cassado em 2019 por, segundo a Polícia Federal, ‘fraude à licitação, superfaturamento de preços, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e associação criminosa’.
Assumiu sua vice, Gracinha, (PSD), que já declarou apoio à criação da Resex em Castelhanos e que entrega o cargo ao final deste ano. Para quem?
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De novo Toninho Colucci na prefeitura a partir de janeiro de 2021
Atualmente o ponto mais crítico de Ilhabela é a Baía de Castelhanos onde vive uma comunidade de pescadores artesanais. A baía fica do lado de fora da ilha principal, o lado mais ‘selvagem’ por isso até hoje foi poupado pela especulação.
Remanescente de Floresta de Restinga na praia e baía dos Castelhanos
Castelhanos abriga um grande remanescente de Floresta de Restinga, Vegetação de Praias, Floresta Baixa e Floresta Alta de Restinga, e vegetação de Transição Restinga Encosta, de acordo com a Resolução Conama nº07/96; é a formação florestal mais ameaçada dentre as demais formações do bioma Mata Atlântica.
Ilhabela propõe a criação de uma Resex
É isto que está em jogo. Como resposta, a atual gestão propõe a criação de uma Resex municipal. A unidade de conservação, que já criticamos do ponto de vista da conservação pura, é bem-vinda para assegurar ao menos a posse dos caiçaras, preservando sua cultura e a flora e fauna.
Os turistas que frequentam o ‘lado de dentro’, isto é, o lado que dá face ao canal e ao município de São Sebastião, têm acesso à baía através de uma pequena estrada de terra que corta Ilhabela por dentro da exuberante mata atlântica até atingir Castelhanos, é estreita, sinuosa e perigosa. A estrada de terra não suportaria uma carga mais alta.
A ‘dona’ da praia e baía dos Castelhanos
Toninho Colucci é casado com Lúcia Reale Colucci, de família tradicional da ilha. Ela se diz dona de áreas em Castelhanos. E desde 2017 ameaça o que sobra da mata atlântica para ali erguer um resort. Segundo fontes bem informadas, o que eles fizeram foi entrar com ações de usucapião à revelia dos caiçaras que lá moram, e que sequer ficaram sabendo do procedimento.
Por estes motivos, o Mar Sem Fim aplaude a iniciativa da atual prefeita, Gracinha (PSD), e de ONGs que lutam pela preservação do Litoral Norte paulista, como o Instituto de Conservação Costeira, que participam ativamente desta luta tendo enviado ofício neste sentido à prefeitura de Ilhabela.
Criem já a Resex!
Imagem de abertura: https://www.feriasbrasil.com.br/
Fontes: https://abraji.org.br/noticias/imobiliarias-de-ilhabela-recolhem-jornal-com-materia-polemica; https://portalimprensa.com.br/noticias/ultimas_noticias/4036/ameaca+de+morte+pesa+sobre+jornalista+em+ilhabela; https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/cassado-prefeito-de-ilhabela/; https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/307707/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y; https://nca-assessoria.com.br/apesar-da-crise-municipio-de-ilhabela-vive-boom-com-royalties-do-petroleo/; https://www.costanorte.com.br/geral/mpf-investiga-especula%C3%A7%C3%A3o-imobili%C3%A1ria-em-projeto-de-ordenamento-territorial-em-ilhabela-1.60330.
João, ao dizer que a implantação do esgoto foi tímida você foi bonzinho com o Colucci que perpetrou na Ilha uma das maiores barbaridades ambientais do país ao criar a rede sem a estação de tratamento. Uma boa parte do lado continental da Ilha foi obrigado a desativar as fossas e ligar seu esgoto na rede municipal que, na falta de tratamento, despeja tudo in natura… no meio do canal! Tiro no pé, um município que vive basicamente do turismo tem hoje suas principais praias com bandeira vermelha durante toda a temporada. O certo teria sido aguardar a estação de tratamento para só então desligar as fossas mas a politicagem deixou isso de lado e para piorar esse péssimo prefeito acaba de reassumir o cargo, pobre Ilhabela.
Você disse: “Hoje vamos comentar a possibilidade de criação de uma Resex na Baía dos Castelhanos, Ilhabela, cuja consulta pública está aberta” . Quem pode participar da consulta pública? presencial ou online? neste último caso, qual o endereço?
Rosana: É só entrar em contato com a prefeitura de Ilhabela. Ela tem página no Face Book, https://www.facebook.com/PrefeituraIlhabela/, e site nas redes sociais, https://www.nossorumo.org.br/View/Concurso/?id=333#home. Tanto uma como outra têm espaço para ‘comentários’, e ou dúvidas.Segue o telefone: +55 12 3896.9200.
Sabedores da criação do futuro PARQUE ESTADUAL, NOS ANOS 70, criaram até LOTEAMENTO E EU FUI COMPRADOR de área de quinhentos e poucos m2, devidamente registrada no RI local Depois veio a criação do PARQUE ESTADUAL e cai no golpe CARLOS ALBERTO TOLESANO
Colega, faço de suas palavras as minhas. Foi criado até um grupo propondo a indenizacao, mas que não deu em nada. Abc
Mar sem fim, ia bem até o último parágrafo. Sem tirar o peso de tudo o que foi dito, não da MESMO para aliviar para a atual prefeitura. Tão transloucada e corrupta quanto as anteriores ou mais. No último ano a polícias federal só faltou se mudar permanentemente para a prefeitura de Ilhabela de tanta batida que deu lá. Uma vergonha.
João, ao ver (e ler) a sua indignação sobre o estado de coisas na Ilhabela, percebo que a “especulação imobiliária” aparece seguidas vezes .De fato, se observarmos o que as administrações municipais fizeram com o Guarujá, com a permissão para construir em praticamente qualquer costão etc, dá vontade de chorar. Ao mesmo tempo, acompanhei nos últimos 50 anos a degradação da Represa de Guarapiranga onde “bem intencionados” decidiram coibir a tal “especulação imobiliária” com um zoneamento tão restritivo que aqueles teriam interesse em morar lá e poderiam cuidar da represa- uma área de esporte e lazer gigante, disponível para todos os paulistanos- foram desencorajados. Com o zoneamento em vigor, as margens da represa e áreas próximas deixaram de ter valor comercial e aí políticos bem conhecidos, além de organizações criminosas, incentivaram as invasões e ocupações que transformaram a represa num grande depósito de esgoto. A Ilhabela é maravilhosa e merece toda a atenção, mas, acredite, a idéia de resolver tudo a partir de uma lei, sem levar em conta as oportunidades econômicas, não vai garantir áreas para os caiçaras que lá vivem há muito. Pelo contrário, vai acabar dando o mesmo o resultado observado na Guarapiranga.
Ronaldo, não conheço a legislação sobre ocupação da represa. Mas conheço Ilhabela desde 1967. Se vc pudesse imaginar a beleza que vi, destruída pouco a pouco com a complacência dos mais ricos que são os que têm o dinheiro para se dar ao luxo de terem uma segunda residência na ilha, vc certamente estaria de estômago virado como estou. Não havia necessidade de arrebentar a paisagem como fizemos em Guarujá, e repicar o modelo em Ilhabela. As pessoas com grana precisam se tocar. É possível construir casas adaptadas sem arrebentar a paisagem que é um bem de todos, chamada pelo grande mestre Aziz Ab’Saber como ‘paisagens de exceção’. E elas o são. Até que cara-pálida vai pra lá e faz as casas que as fotos mostram no lugar em que estão. Repito: sou favorável à ocupação, e defendo que o turismo é vocação de todo o litoral brasileiro. Nem por isso deve-se aceitar as barbaridades que as fotos mostram. Ilhabela corre o risco de se transfigurar não só em Guarujá, como no balneário de Camboriú, ou Jurerê Internacional (note a estupidez e a vergonha das origens como a de Toninho Colucci: Jurerê, na língua dos primeiros habitantes carijós, significa ‘boca de água pequena’. Pra quê inventar o ‘Internacional’. É muito imbecil, agride) no Sul; Arraial do Cabo, no Sudeste; a praia de Pipa, no Nordeste; ou Salinópolis, na região Norte. A paisagem do litoral é arrasada quase sem protestos. Em nome de quê? abraços
João Lara Mesquita, (patrão), obrigado pelo jabá sobre Ilha Bela, muito bem feito.
No mais…Todos nós corremos riscos.
Viver é correr riscos. Mas riscos podem ser minimizados quando dividimos informações.
Quanta mentiras meu Deus!
A área da família Reale no Castelhanos é matriculada, tem registro co Cartório de Registro de Imóveis. Não existe usucapião. Trata Se de herança centenária. O autor do texto está muito mal informado, claramente manipulafo.
Luis Henrique, Luis Henrique…não estou mal informado como provam as dezenas de links mostrando as barbaridades cometidas pelos três citados prefeitos. Um foi cassado, outro foi proibido de concorrer a cargos públicos, e o terceiro queria desfigurar a ilha como mostra a medonha ilustração do mirante. Este mesmo que nega as raízes de Ilhabela como provei com a história da Vencedora. Todos os três estimularam a especulação como provei mostrando os casos mais escabrosos, e as fotos que não mentem mas registram até mesmo um costão à venda. E doou, com ‘dinheiros públicos’, um milhão para escola de samba quanto a cidade não tinha sequer saneamento! Todos que frequentam Ilhabela sabem disso. E sua fama de truculência é pública e notória.Finalmente, está no mesmo texto que você leu mas procurou confundir, “Ex-prefeito de Ilhabela e esposa são condenados por nepotismo”
Toninho Colucci e a esposa Lúcia Colucci foram sentenciados a cumprir penas em regime semiaberto, a perda de cargos públicos e ressarcimento de R$ 156 mil aos cofres públicos. Eles vão recorrer em liberdade.
Por G1 Vale do Paraíba e Região
18/02/2020 18h19 Atualizado há 9 meses
Quando å Castelhanos, que ele quer destruir construindo um resort, o que você diz não corresponde a verdade.Eles entraram com ações de usucapião à revelia dos caiçaras que lá moram, e que sequer ficaram sabendo do procedimento. Eu conheço quem tem as provas judiciais.
É inacreditável que com todas as fotos, links, casos registrados na grande imprensa você ainda tem a capacidade de tentar confundir dizendo que sou mal informado? Fracamente…
Neste ritmo vamos ter de tirar o bela do nome da ilha daqui a não muitos anos… superpopulação chega com esgoto sem tratamento, asfalto e telhados ao invés de paisagens e assim por diante.
Diversos locais turísticos não são mais como antes e perderam toda a beleza que tinham a 10 / 20 anos atrás e infelizmente onde apenas o lucro manda acaba sendo o destino de todos os pontos turísticos que se tornam populares.
Estão acabando os lugares do Brasil para aproveitar a natureza em sua essência e ter contato com novas culturas e costumes infelizmente.
Força aos que lutam por Ilhabela.
Obrigado, Luiz, mas se você de fato quer lutar, compartilhe o post. Faça com que outros parem para pensar em nossas ações. Não tem outro jeito. abs
Pelo que entendi, os “Colucci” seriam a versão caiçara do coronelismo,mal arraigado nas raízes de nossas mazelas político-sociais. O Brasil não é para amadores.
Você tem razão. Não é, nunca foi, e jamais será. Uma pena.