Petroleiro russo: bloqueado na Holanda por ativistas do Greenpeace
ONG tentou impedir a atracação do petroleiro russo com óleo retirado do Ártico. Trinta ativistas , incluindo o capitão da embarcação “Rainbow Warrior”, foram detidos nesta quinta-feira (1º) no porto holandês de Roterdã. Eles tentavam impedir um navio-tanque russo de entregar petróleo extraído no Ártico
Imagem disponibilizada pela ONG Greenpeace mostra ambientalista em parapente com faixa escrita “Não ao óleo ártico”. Abaixo, é possível ver o cerco de embarcações da ONG ao navio russo com carga de petróleo extraída da região polar (Foto: Ruben Neugebauer, Greenpeace/AP)
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O capitão foi o único a bordo do “Rainbow Warrior” a ser detido.O petroleiro russo que transporta a primeira carga de petróleo extraída em alto mar do Ártico, conseguiu ancorar sem problemas.
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O ativista Willem Wiskerke tuitou a partir do “Rainbow Warrior” que a polícia havia detido brevemente a tripulação no refeitório do barco.
O “Mikhail Ulianov” transportava uma carga procedente da plataforma ártica Prirazlomnaya, contra a qual estava dirigida a ação do Greenpeace.
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Esta carga foi comprada pelo grupo francês Total, acusado pelo Greenpeace de hipocrisia já que seu presidente, Christophe de Margerie, afirmou em 2012 que não exploraria a região devido a sua fragilidade.
Contra a exploração no Ártico
Exploração de hidrocarbonetos no Ártico
O Greenpeace protesta contra a exploração de hidrocarbonetos no Ártico, zona de ecossistemas frágeis. Seus ativistas abriram uma bandeira com a inscrição “Não ao petróleo do Ártico” no casco do petroleiro. No total, cerca de 80 pessoas participaram da ação.
Prisão de ativistas em 2013
O “Rainbow Warrior” saiu na segunda-feira para enfrentar o navio-tanque, mas o petroleiro russo desativou seu sistema de localização por satélite.
Após as ações do ano passado no Ártico, nas quais os ativistas tentaram subir na plataforma em duas ocasiões, as autoridades russas tomaram o barco “Arctic Sunrise” com bandeira holandesa do Greenpeace e detiveram 30 ativistas e jornalistas a bordo. Entre eles a brasileira Ana Paula Maciel.
Plataforma da Gazprom gera risco de catástrofe ambiental
O Greenpeace afirma que a plataforma da Gazprom gera risco de catástrofe ambiental. E pode ocorrer a qualquer momento arruinando o ecossistema do mar de Barents onde a jazida se localiza.
A tripulação permaneceu várias semanas detida em prisões locais, antes de ser levada a São Petersburgo e libertada sob fiança. Os militantes, inicialmente acusados de pirataria, finalmente foram acusados de crimes menos graves de vandalismo. O Tribunal Internacional do Direito do Mar ordenou à Rússia em novembro a libertação dos ativistas e do barco, em resposta a uma demanda formal apresentada pela Holanda.
Rússia ignora sentença
A Rússia boicotou as audiências do tribunal, com sede em Hamburgo (Alemanha), e ignorou sua sentença. Embora os ativistas tenham sido libertados, a Rússia mantém o ‘Arctic Sunrise’ sob seu poder. O Greenpeace processou a Rússia perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos por detenção ilegal de seus ativistas, ao considerar uma violação do direito à liberdade de expressão.
Fonte: France Presse