Canal de São Sebastião : vazamento de óleo contamina 150 toneladas de mexilhão

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Canal de São Sebastião : vazamento de óleo contamina 150 toneladas de mexilhão

Canal de São Sebastião : fazendas de mexilhão foram retiradas do mar após determinação judicial. Acidente ambiental aconteceu em abril deste ano no Tebar.

Canal de São Sebastião , imagem de vazamento de óleo no mar
Funcionários da Petrobras trabalham na remoção de vazamento em São Sebastião. (Foto: Jorge Mesquita/Estadão Conteúdo)

Canal de São Sebastião: vazamento de petróleo

A Transpetro, subsidiária da Petrobras, terminou  as ações de retirada das fazendas de mexilhão que foram atingidas após um vazamento de óleo ocorrido em abril deste ano no canal de São Sebastião. O trabalho foi determinado pela Justiça, após uma ação civil pública movida pela Prefeitura deCaraguatatuba contra a empresa.

Cultivo de mexilhão instaladas na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba

As estruturas de cultivo de mexilhão instaladas na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, foram retiradas do mar. 150 toneladas de mexilhão foram perdidas. Ao todo, 18 produtores de marisco do município, além de uma equipe de apoio, foram contratados pela Transpetro para fazer o trabalho. A produção de novos mexilhões só deve começar em abril do ano que vem.

Ação civil pública movida pela Prefeitura de Caraguatatuba

A ação civil pública foi movida pela Prefeitura de Caraguatatuba porque desde o acidente ambiental, os produtores não podem trabalhar. Segundo o secretário de meio ambiente, Auracy Mansano, os produtores estão recebendo dois salários mínimos por mês da prefeitura.

“Não conseguiram trabalhar até a data de hoje. Não trabalharam porque somente na semana passada, no dia 12 de novembro, começaram a tirar a estrutura onde o óleo passou por cima, inclusive nas bóias”, explicou o secretário.

Transpetro: produção não está contaminada

O gerente de projetos sociais da Transpetro, Cláudio Francisco Negrão, alega que a produção não está contaminada, mas mesmo assim a empresa não vai recorrer da decisão.

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“Os laudos da Fundespa atestam que não houve contaminação do produto. O produto não foi retirado na época em que deveria ter sido. Então, agora acredito que ele esteja impróprio para o consumo, mas por conta disso”, afirmou.

“É difícil convencer alguém a consumir esse marisco. Eu não comeria, nem minha família. E os maricultores foram muitos responsáveis, assim como a prefeitura também, de não dispor esse marisco para venda”, disse Mansano.

Vazamento  do Terminal Aquaviário Almirante Barroso

O vazamento de óleo em uma das redes do píer do Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, atingiu o litoral norte de São Paulo no início do mês de abril. O incidente ambiental atingiu ao menos 11 praias em São Sebastião e Caraguatatuba. Todo trabalho de contenção e limpeza durou quatro dias.

Ignorado um procedimento padrão de segurança

Segundo a empresa, o vazamento do combustível marítimo no píer aconteceu porque foi ignorado um procedimento padrão de segurança do sistema. O erro foi durante a fase pré-operacional de uma tubulação que se encontrava em manutenção desde março.

Na época do incidente, a empresa informou que vazaram 3.500 litros de combustível marítimo –a Prefeitura de São Sebastião contestou a informação e disse que a quantidade é muito superior podendo chegar a até 12 mil litros.

Do G1 Vale do Paraíba e região.

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