Tecnologia ajuda oceanos de novo, saiba como

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Tecnologia ajuda oceanos de novo, agora os privilegiados são peixes e criaturas marinhas da ‘zona do crepúsculo’

“Peixes estranhos e bonitos dos recifes da ‘zona do crepúsculo’, a parte mais profunda e menos conhecida do oceano, estão pegando carona até a superfície graças às recém-inventadas SubCAS (ou Submersible Chamber for Ascending Specimens). Esta câmara pressurizada, projetada pelos cientistas da Academia de Ciências da Califórnia e do Monterey Bay Aquarium, se estende por 60 centímetros e é usada por mergulhadores  para coletar e proteger com segurança moradores de recifes carismáticos para estudo e exposição.” A tecnologia ajuda oceanos de novo, matéria do site phys.org.

imagem de Tecnologia ajuda oceanos com o Submersible Chamber for Ascending Specimens
O Submersible Chamber for Ascending Specimens. Tecnologia ajuda oceanos de novo. (foto: phys.org)

Submersible Chamber for Ascending Specimens, entenda:

O dispositivo foi descrito em Frontiers in Marine Science. “A capacidade de mergulhar fisicamente nas profundidades da zona crepuscular usando rebreathers de circuito fechado significa que podemos explorar ambientes sem depender de submarinos ou veículos operados remotamente. “Precisamos de maneira ágil para coletar peixes importantes e trazê-los de volta vivos”. diz o autor Bart Shepherd, diretor do Steinhart Aquarium da Academia e co-líder da Hope for Reefs.”

Tecnologia ajuda oceanos: SubCAS, como funciona

“O SubCAS consiste em um frasco coletor interno projetado sob medida para se encaixar perfeitamente dentro de um alojamento de câmara maior. O frasco de coleta tem uma porta com dobradiças. Ele é perfurado por toda parte para permitir que a água flua quando em ascensão. O plástico transparente permite que mergulhadores monitorem peixes em busca de sinais de estresse. E mantenham um olho no medidor  de profundidade e no termômetro da câmara.”

Como era feito antes?

“Antes do SubCAS, a coleta de peixes envolvia o processo invasivo. Fazia-se um buraco nas bexigas natatórias (dos peixes) cheias de gás para evitar expansão excessiva. A câmara nos permite eliminar essa etapa. E expor espécies preciosas  para o cuidado monitorado de perto, pesquisa e exibição pública “.

Perigo na subida

“Uma subida rápida pode romper a bexiga natatória de um peixe”, diz o co-autor Dr. Luiz Rocha, curador de peixes e co-líder da Hope for Reefs. “Usando uma válvula de controle de pressão ajustável, garantimos que a pressão dentro da câmara é semelhante à profundidade onde os peixes foram coletados. Ao longo de dois a três dias, nós os trazemos para a pressão da superfície de maneira altamente controlada.”

Tecnologia, será ela a salvação?

Não é a primeira vez que a tecnologia ajuda a monitorar os oceanos. Se ainda não perdemos a guerra pela destruição do que resta do meio ambiente, a tecnologia terá papel fundamental para mantê-lo de pé. Ela é nosso consolo sobre a herança que legaremos às futuras gerações. Sem ela, a guerra parece definitivamente perdida. É bom lembrar que, apesar do apelo que as florestas despertam, ao contrário dos oceanos, ainda esta semana a Folha de S. Paulo publicou matéria sobre o Fórum da Floresta Tropical, em Oslo. O resultado não poderia ser mais desanimador. Diz o jornal: “O encontro foi marcado pelo lançamento de relatório sombrio, o Observatório Global da Floresta (GFW, na sigla em inglês), segundo o qual 2017 foi o segundo pior ano em perda da cobertura vegetal.”

Fonte: https://phys.org/news/2018-06-safely-unknown-deep-dwelling-fishes-ocean.html.

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