Populações de atum, cavala e bonito estão desaparecendo

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Três espécies extremamente comerciais estão ameaçadas. As populações de atum, cavala e bonito estão desaparecendo

Peixes extremamente comerciais, as populações de atum, cavala e bonito estão desaparecendo, de acordo com o relatório do WWF ‘Living Blue Planet “.

O documento mostra que as espécies “chaves” para a alimentação humana estão em um declínio. É “preocupante” em nível mundial, com algumas delas em risco de colapso total.

Populações de atum, cavala e bonito estão desaparecendo, imagem de atum no mercado de tokio

Aves e mamíferos marinhos também estão ameaçados

O relatório também afirma que mamíferos marinhos, aves, répteis e populações de peixes foram reduzidas. Em média elas perderam suas populações pela metade em todo o mundo nas últimas quatro décadas. O estudo destaca a “crise mais grave” nas unidades populacionais de peixes comerciais.

O CEO da WWF International, Marco Lambertini afirmou.

Estamos pescando de tal maneira desenfreada que poderemos ficar sem acesso a uma fonte de vida essencial para o homem, além de ser um motor para a economia de muitos países. A sobrepesca, a destruição de habitats marinhos e as alterações climáticas tem consequências desastrosas para toda a população humana. E sem esquecer que as comunidades mais pobres, que dependem do mar, seriam afetadas de forma mais rápida e mais severamente. O colapso dos ecossistemas dos oceanos poderia desencadear uma recessão econômica grave.

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Populações de atum, cavala e bonito estão desaparecendo, ecossistemas ameaçados

O relatório mostra uma redução de 49% das unidades populacionais de peixes, entre 1970 e 2012. Isso depois de analisar 5.829 populações de 1.234 espécies. O mesmo relatório mostra declínios nos recifes de corais, mangues e leitos de algas marinhas. E afirma que esse declínio pode levar ao desaparecimento dessas espécies em todo o mundo até 2050. Mas, entre as espécies da família de peixes Scombridae, o mais ameaçado é o preferido para se fazer suschi, o atum azul.

Mediterrâneo: situação crítica

De acordo com o diretor da WWF Mediterrâneo Programa Marino, Giuseppe Di Carlo, o Mediterrâneo é a região mais super explorada do mundo. A cada ano cerca de 1,5 milhões de toneladas de peixe são capturados. O Brasil também pesca o atum, em menor escala devido a falta de uma frota pesqueira especializada. Mas a atividade no País também é controversa.

Aquecimento global e acidificação dos oceanos

O estudo também sublinha que as alterações climáticas estão causando mudanças no oceano mais rápidas do que a qualquer momento em milhões de anos. De acordo com o WWF, as temperaturas em elevação e acidificação causada pelo dióxido de carbono (Saiba mais sobre acidificação dos oceanos) agravam os impactos negativos do excesso de pesca e outras ameaças, como a degradação do habitat e a poluição.

“Nós publicamos este relatório urgente para fornecer a imagem mais atual do estado do oceano”, diz Lambertini. “São necessárias mudanças profundas para garantir uma vida marinha abundante para as gerações futuras”, acrescentou.

Tubarões valem mais vivos que mortos.

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