Moluscos marinhos inspiram material que muda de cor de acordo com o ambiente
Moluscos marinhos: engenheiros americanos construíram um material flexível que muda de cor de acordo com o ambiente. Foi inspirado nas habilidades de camuflagem de polvos e sépias – moluscos marinhos semelhantes às lulas.
Pesquisadores testaram o material com as iniciais da Universidade de Illinois
Material tem uma rede de células de 1mm
O material tem uma rede de células de 1 mm. Elas contêm uma tinta sensível à temperatura que muda de cor quando acionada. O protótipo só funciona em branco e preto. Mas a equipe de engenheiros espera usar os mesmos princípios do produto para aplicações militares e comerciais. O trabalho foi divulgado na publicação científica PNAS.
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Animais – especialmente os cefalópodes: polvos, lulas e sépias – têm uma capacidade espetacular de mudar de cor
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Camadas de potencial
A equipe de Rogers buscava saber o que seria possível aprender com os exemplos da natureza. E construir o novo material com base nesse conhecimento.
Eles copiaram o modelo de três camadas encontradas na pele destes animais. A camada superior contém as cores, a do meio aciona as mudanças de cor, e a camada inferior percebe os padrões de cor do ambiente que serão emulados.
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Mesmo assim, John Rogers diz que sua equipe está orgulhosa do resultado.
É o primeiro sistema completo e operacional deste tipo – parece uma folha fina de papel. Mas ainda não está nem perto de estar pronto para ser implementado em um ambiente militar ou em qualquer outro. É um ponto de partida, para focar na engenharia necessária para criar sistemas que tenham esta função.
Modelo sépia
As aplicações para o produto vão além da associação com a camuflagem. O professor Rogers diz haver um “potencial óbvio” – e isso fez com que o trabalho fosse financiado pela Marinha americana.
O que me intriga é a quantidade de pessoas que nos abordou falando sobre tipos completamente diferentes de aplicações, que inicialmente não teria pensado.
Uma dessas pessoas foi um professor de arte em Chicago. Interessado em tecidos que mudem de cor para a alta costura, capazes de responder a mudanças na iluminação do ambiente. Rogers explica .
Neste caso você não necessariamente quer camuflagem. Talvez você queira sua roupa feita para que você se diferencie da multidão
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Esta “anticamuflagem” seria mais inspirada em criaturas do fundo do mar que usam sua pele para atrair, e não para evitar, atenção – como sépias que hipnotizam suas presas com listras que ondulam.
Rogers também conversou com a escola de arquitetura de sua própria universidade sobre a possibilidade de muros e espaços interiores dinâmicos, que mudem de cor. Estes grandes projetos ainda estão distantes, no entanto, e o professor afirma que eles não são prioridade.
Fonte: BBC