Missão ao planeta oceano, o mundo precisa acordar, dizem os cientistas
O Foresight Future of the Sea Report diz que em uma década a quantidade de plástico nos oceanos pode dobrar. Mas os problemas não se resumem a isso. Preocupam os cientistas a elevação do nível das águas, seu aquecimento, outros tipos de poluição e oportunidades econômicas desperdiçadas. Por isso eles defendem uma ‘Missão ao planeta oceano.’
O relatório missão ao planeta oceano: US$ 3 trilhões até 2030
Ele foi feito pelo consultor científico chefe do Reino Unido, Mark Walport, que aponta oportunidades na exploração da “economia do oceano”, mercado que deve dobrar de tamanho, para US$ 3 trilhões (R$ 9,9 trilhões), até 2030.
O relatório mostra a necessidade do mundo ter o mesmo ânimo que demonstrou na exploração de Marte ou da Lua, só que, neste caso, para explorar os oceanos. Com este relatório o governo do Reino Unido pretende ter uma ‘política única’ entre seus vários departamentos. Edward Hill, do Centro Oceanográfico do Reino Unido, declarou:
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Não é a primeira vez que cientistas rogam aos governos para investirem mais no conhecimento e exploração submarina. Os oceanos abrigam a última grande área selvagem da Terra. Há todo um vasto mundo a ser descoberto. E, quanto mais o fazemos, mais percebemos os imensos problemas gerados pelo ser humano.
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O plástico de novo
O relatório destaca que “a atual quantidade de plástico presente nos mares deve triplicar entre 2015 e 2025.” Já pensou?
Se a quantidade atual já é considerada crítica, imagine daqui a algum tempo. Mas o pior é que a reciclagem do plástico não avança. A indústria diz que não é com ela; os governos e suas políticas públicas pouco ajudam; e os cidadãos também pecam ao não cuidarem de sua parcela de lixo.
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Novas áreas a serem exploradas na Missão ao planeta oceano
Os autores do estudo exortam os governos a identificarem formas de proteger a biodiversidade dos mares, há muitas riquezas a serem exploradas, como reservas de metais e até mesmo uma possível cura para o câncer.
O futuro segundo o relatório Foresight Future of the Sea Report
Se a coisa estava feia, agora parece pior. O relatório prevê aumento de atividade industrial nos oceanos, fazendas eólicas, seguido por aquacultura e processamento de peixes. O relatório também projeta um crescimento da captura de peixes selvagens.
Sobre atividades industriais, pouco podemos fazer além de correr contra o tempo e criar mais áreas de proteção integral. Quanto às fazendas eólicas, parece que que este é um ponto indiscutível: é preciso que se faça a transição para energias renováveis.
A aquacultura ainda está longe de conseguir o sonho da sustentabilidade. Já a pesca, é pouca vergonha de muitos governos que sabem que a vida marinha está por ‘um fio’ mas pouco agem em razão do medo do desemprego.
Qual governante é corajoso o suficiente para tomar medidas contra a pesca industrial? Em poucas palavras, nenhum. Pergunte à maior referência sobre os mares no mundo: a cientista norte-americana Sylvia Earle. Ela pediu demissão da NOAA por que sugeriu ao governo dos USA mais rigidez quanto à pesca. Não foi atendida e pediu demissão.
Fontes: https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/541068/foresight-future-of-the-sea-project-FOI.pdf.