Lagostas diferentes: surpresa total. Assista!

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Lagostas diferentes: surpresa total. Assista!

Este crustáceo, quase extinto no Brasil em razão da pesca predatória, pode ter cores tão exóticas como azul, branca, verde, ou amarela. Nosso tema são as lagostas diferentes.

lagostas diferentes, imagem de lagosta azul
Lagosta azul- parece um brinquedo de borracha, mas não é

Alguns hábitos e curiosidades das lagostas

As lagostas são animais sensíveis a mudanças de temperatura – detectando mudanças de temperatura tão pequenas quanto um grau.É, em parte, por isso que migram até 160 quilômetros por ano para encontrar o terreno ideal para seus  bebês. O  https://www.telegraph.co.uk/, diz que “as lagostas contêm uma substância química que as tornam “biologicamente imortais”. Embora ainda sejam suscetíveis à morte por doenças ou ataques, as lagostas podem teoricamente viver para sempre porque envelhecer não aumenta a chance de morrer.” Estranho, não? Mas as lagostas não são as únicas criatura marinhas imortais, conheça as águas-vivas imortais.

Lagostas imortais

E a BBC acrescenta: “O que estamos falando aqui é “imortalidade biológica”, embora muitos biólogos provavelmente prefiram que não usemos a frase. Se as células-tronco desempenham um papel vital na imortalidade biológica dos animais, os animais que precisam carregar células-tronco potentes para se clonar podem ser imortais. A maioria dos animais para de crescer mais ou menos quando atinge a maturidade sexual. Mas não as lagostas americanas.  As lagostas americanas mantêm uma capacidade impressionante de se regenerar, mesmo na idade adulta avançada. Isso pode explicar por que se estima que espécimes grandes tenham pelo menos 140 anos de idade.

Lagostas no litoral do Brasil

lagostas diferentes, esta é albina
A lagosta albina

As lagostas eram abundantes no Nordeste, especialmente no Ceará. Mas praticamente acabaram. Motivo? A pesca predatória, sem controle, sem fiscalização. Já expliquei  que a costa brasileira está ao deus-dará. A fiscalização, seja para a pesca, seja para a construção em locais proibidos como dunas, praias, etc, inexiste.

boxeadora
A lagosta boxeadora é verde (foto;megacurioso.com)

Lagostas diferentes: Habitat e curiosidades

Aqui o crustáceo pode ser encontrado desde o Pará, até Cabo Frio, no Rio de Janeiro, numa extensão contínua de 4.000 mil quilômetros, única no mundo. Mas ela está quase extinta (comercialmente falando) no Brasil. Seu habitat é constituído de substratos de algas calcárias bentônicas. Elas habitam as águas tropicais, subtropicais e temperadas. As lagostas são encontradas desde pequenas profundidades, até cerca de 400 metros!

Pesca da lagosta na terra de Macunaíma

Pescadores do Nordeste usam equipamentos rudimentares de mergulho para as capturas. Não respeitam o tamanho mínimo, nem o defeso. Muitos ficaram aleijados em razão de acidentes durante o processo.

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Guerra da Lagosta

No Brasil a pesca da lagosta quase rendeu uma guerra com a França. O bafafá, conhecido como Guerra da lagosta, aconteceu em 1960, quando a França despachou pesqueiros para o litoral de Pernambuco. Nos anos 60 a lagosta representava cerca de 3 milhões de dólares de lucro para a balança de exportação do Brasil.

No país de Macunaíma não há estatísticas para a pesca. Achei um estudo na internet, de 2013, que informa o seguinte:

Nos últimos anos a exportação gira em torno de 2.500 toneladas, o que corresponde a 50 a 90 milhões de dólares. Nos últimos 5 anos, porém, vem sendo observada uma tendência de queda, atingindo cerca de 35% na produção e nas exportações no ano de 2012…No período de 2000 a 2012, as exportações oscilaram em torno de 2.200 toneladas, com um pico de 2.767 t em 2002. Desde 2010, verifica-se um declínio das exportações, acentuado em 2012, quando foi registrada a menor quantidade exportada no período, apenas 1.474 toneladas.

Agradecimento ao Tio Sam

Lagostas diferentes: surpresa total. Assista!, foto de uma lagosta enorme
Olha o tamanho da bichinha (foto: megacurioso.com)

O estudo acima citado explica que

Deve-se reconhecer que, em parte, esse declínio (apenas 1.474 toneladas) deve-se à proibição da importação de lagostas com comprimento de cauda inferior a 14,5 centímetros pelo governo americano.
Não fosse esta restrição, o povo estaria pescando lagostas abaixo do tamanho mínimo, muitas vezes antes ainda do animal entrar no período de reprodução. Acredito que atualmente os Estados Unidos não importam mais o crustáceo. Informações da BBC dão conta que
Uma bonança na produção de lagosta americana está derrubando os preços e massificando o consumo de tal maneira que até o Mc Donald’s já começou a oferecer sanduíches feitos com o crustáceo. Mas a popularização da lagosta também preocupa alguns especialistas, que apontam que o boom de produção só foi possível graças às mudanças climáticas que provocaram o aquecimento dos mares próximos à costa leste americana. Cerca de 85% da lagosta consumida nos Estados Unidos vêm do Maine, Estado na divisa com o Canadá que aumentou sua produção de maneira dramática nos últimos anos.

Lagostas diferentes e centenárias

Uma última curiosidade sobre as lagostas: elas podem viver até bem mais que cem anos. Uma das mais velhas que foi pescada, passou um tempo num aquário de um restaurante, e finalmente foi devolvida ao mar. Sua idade foi estimada em 140 anos, e ela pesava mais de 8 quilos. Se a fonte desta informação não fosse a BBC, eu diria que se trata de mentira de pescador. Mas não é.

Lagostas azuis, amarelas ou brancas: saiba que uma, em cada 100 MILHÕES de lagostas, tem esta cor.

Fontes: http://www.bbc.com/earth/story/20150622-can-anything-live-forever; https://pt.wikipedia.org/wiki/Imortalidade_biol%C3%B3gica; https://www.telegraph.co.uk/news/uknews/10294152/Lobsters-may-hold-the-key-to-eternal-life.html.

Aves, declínio de quase 30% na América do Norte

Comentários

4 COMENTÁRIOS

  1. Ola João Lara Mesquita,

    Assim como Carlos Muccioli tambem estou surpreso com a falta de referencia e seriedade das informações aqui postadas. Para começo que abri o Link a partir de um acesso ao Estadao em 07 de Junho de 2018, e o texto esta datado de 27 de janeiro de 2016, portanto imagino, seja uma re-edição e mesmo assim não revisada.
    Trabalho com lagostas, e as imagens e referencias a cores citadas são de uma espécie que nunca ocorreu no Brasil, é a Homarus americanus, característica da costa nordeste americana e sudoeste canadense, a famosa lagosta do Maine. Portanto, e imaginando a grande maioria dos leitores algo leigos no assunto, ha também uma desinformação visual muito grande no texto.
    Tambem os números e referencias de valores citados estão bastante errados e não refletem a realidade, dados obtidos do Siscomex e validados por sistemas americados de importação apontam para um relativo equilíbrio nas exportações nacionais nos ultimos 5 anos, oscilando de 4.800 a 5800 ton. ( este peso convertido para lagosta inteira viva, que é a referencia de biomassa), a maior parte sim para o mercado americano. Inclusive o que eh colocado como “estudo citado” não tem nenhuma citação e não pode, portando, ser checado e criticado, está postado entre aspas um texto sem nenhuma referencia ao autor, ao veiculo e a data de publicação, portanto pouco crível como estudo.
    As populações de lagosta brasileiras estão realmente em situação frágil, empresários cearenses conveniados via SINDFRIO a uma ONG Argentina especializada neste tipo de projeto desenvolvem a 5 anos um FIP que vem aos poucos trazendo conscientização e apresentando caminhos para uma melhor gestão e possível recuperação destas populações a níveis de segurança e sustentabilidade, mas não ha como desassociar a situação do grande descaso que repetidos governos vem tratando não só a pesca da lagosta, mas de todas as pescarias nacionais, daí que demonizar empresários exportadores e atores da cadeia produtiva não é o caminho, e seu respeitável site, sua historia e o interesse que eles despertam podem e devem ser melhor aproveitados e mais ricamente informar a leitores e multiplicar ações e posturas mais atuais e menos apaixonadas em relação aos recursos pesqueiros brasileiros.
    Se me permite, e desculpando-me pelos textos em inglês que acabam relacionados, cito o link para informações sobre o FIP e seus desenvolvimentos, se possível mantenha-os, imaginando que alguns leitores podem eventualmente se interessar.
    http://cedepesca.net/promes/shrimp-and-lobster/brazilian-lobster-eng/
    Fico a sua disposição, igualmente de leitores interessados.

    Cadu

    • Olá, Cadu, sabe, acho alguns de vocês muito chatos. Qual é o problema da data? Me diga quem sabia, fora você, que havia lagostas azuis, verdes, e até albinas? Será possível que é preciso ser hermético em cada texto, e assim não ‘falar’ com ninguém? Será que é preciso ser ‘sério’ o tempo todo? Que saco!! Qual o problema de divulgar uma curiosidade apenas como tal: uma curiosidade? E ainda aproveitar a deixa, e comentar os absurdos que acontecem na maltratada a esquecida costa brasileira. Qual a vantagem em saber que o nome dela é ‘Homarus americanus’? Que são do Maine está escrito no texto, e narrado no vídeo.
      Por falar nisso, sua erudição prejudicou a compeensão de seu texto. Explique o que quer dizer isso: ” SINDFRIO a uma ONG Argentina
      especializada neste tipo de projeto desenvolvem a 5 anos um FIP que…” Desenvolvem ‘há’ ( do verbo haver = faz cinco anos) 5 anos, vc quis dizer, não “a” 5 anos. E o que quer dizer “um FIP”. Quem, senão vossa sapiência, sabe o que significa?
      É engraçado isso. Tem gente que nunca saiu a campo, nunca deu a cara pra bater, que parece ficar de tocaia esperando uma deixa pra deitar falação, ‘mostrar erudição’, procurar ridicularizar este escriba, e encher o saco. Não demonizei quem quer que seja. Expliquei que no Brasil a pesca é uma tal palhaçada, que nem estatísticas oficiais existem. E disse e repito, que quem acabou com as lagostas foram os pescadores. Você queria que fosse quem? Os jornalistas? Quem mata lagostas abaixo do tamanho mínimo? Quem as tira d’água em pelo defeso? Quem usa equipamentos irregulares? Pescadores, jornalistas, ou Pais de Santo?
      Por fim, Cadu, antes de criticar, faça como fiz: neste site há mais de 90 horas de documentários sobre a costa brasileira, mostrando cada descalabro deste o Oiapoque ao Chuí, assim como as virtudes. E mais: o patrimônio histórico riquíssimo do litoral, nossas embarcações típicas, um bem cultural tombado pelo Iphan que ninguém se dá conta que existe. E mais: estes documentários foram feitos para um veículo de massa, a TV. Fui o primeiro, e que eu saiba, único jornalista ambiental especializado na questão que domina o debate internacional: O Azul, que permitiu o Verde. Além dos documentários, quando entrevistei mais de 90 especialistas da academia, todos com depoimentos nos programas; publiquei dois livros; escrevi dezenas de artigos para jornais e revistas; fiz e ainda faço palestras; consegui convencer a editora Sesi- SP a lançar no Brasil a ‘bíblia’ de Sylvia Earle, A Terra é Azul; fui parte importante no convencimento do governo Temer para que saltássemos de 1,5% de áreas marinhas protegidas, pada cerca de 25%; e vai por aí. Tudo isso está disponibilizado neste site. Toda a dedicação ao problema dramático que estamos vivendo, ao matarmos o mais importante ecossistema da Terra está aí pra ser dividido entre o público interessado. E vc’s veem me encher o saco porque a droga do corretor de texto colocou um ‘cetáceo’ contra dois ‘crustáceos’, e porque não expliquei a lagosta verde ou azul tem o nome científico de, como era mesmo?
      Ora, vão plantar batatas, vocês dois. Tenho mais o que fazer. Que abram vocês um site, escrevam livros, façam documentários, e depois ainda respondam chatoníodos de plantão.Fui!

      • Gostaria que essa resposta fosse um post direcionado a esses enchedores de saco que visitam o site.
        Admiro seu trabalho, João Lara Mesquita, parabéns.

  2. “Acredito que atualmente os Estados Unidos não importam mais o cetáceo”. Nossa, escreve para o mar sem fim e chama lagosta de cetáceo. Como vamos acreditar nas informações????

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