Sobreviver no mar: histórias de sofrimento e superação daqueles que conseguiram
Antes de mais nada, o vídeo abaixo é muito bem feito. Ele mostra situações de desespero, e como algumas pessoas conseguiram sobreviver no mar nas piores condições. Deve ser assistido por todos os que frequentam o mar. Porém, por suas histórias fora de série, e reconstituição das epopeias narradas, é recomendado também para quem fica em terra e gosta de uma boa aventura no conforto do lar.
O mar não perdoa. Seja por erro humano, seja por condições adversas, quando ‘o bicho pega’ a coisa fica feia. E ainda há casos em que as duas condições se conjugam.
Sobreviver no mar: alguns náufragos famosos
Entre eles, Diego Robinson, que passou 38 dias numa balsa com sua família; Steven Callahan que, durante 76 dias numa balsa, vagou pelo Atlântico Norte ao perder seu veleiro numa travessia; e do casal inglês Maurice and Maralyn Bailey que, em 1973, sobreviveram por inacreditáveis 117 dias no Pacífico até serem resgatados.
Como eles sobreviveram no mar?
Em primeiro lugar, estes náufragos estavam preparados mentalmente para a possibilidade de um desastre. Entretanto, é preciso saber o que tirar de um veleiro, ou barco, prestes a naufragar. Às vezes você tem poucos minutos para isso, portanto, quem embarca para uma travessia tem que estar preparado e pensar no pior: o que fazer nestes casos? Foi o que aconteceu com estes três exemplos.
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemMunicípio de São Sebastião e o crescimento desordenadoFrota de pesca de atum gera escândalo e derruba economia de MoçambiqueRuanda, líder global na redução da poluição plásticaNáufrago de propósito
E ainda tem gente tão fascinada por esse tema que simula seu próprio naufrágio para saber como reagiria. Foi o caso do médico francês Alain Bombard que ficou 62 dias à deriva. Depois contou como fez para sobreviver.
Segunda Guerra Mundial: mais de 30 mil marinheiros britânicos morrem ao se tornarem náufragos
Durante a Segunda Guerra Mundial os britânicos perderam milhares de marinheiros enfrentando este terror. Dois terços, cerca de 30 mil, não sobreviveram. A Marinha Britânica, e outras, passaram a dar treinamento para a sobrevivência. Como abandonar um navio; roupas especiais para o frio; o que levar na balsa, e até coletes salva-vidas foram melhorados. Mas, mesmo sem coletes salva-vidas, você pode sobreviver. Se fizer como o marinheiro do porta-aviões USS America que caiu no mar sem um…
PUBLICIDADE
A perda do USS America
Em 1995, durante um treinamento no Índico, um dos marinheiros, Zachary Mayo, caiu no mar apenas com a roupa que vestia. Mas teve o sangue frio para improvisar um colete salva-vidas com suas calças. Mayo conseguiu sobreviver por 36 horas até ser resgatado por um barco de pesca. Aprenda a fazer um colete assistindo ao vídeo.
Assista a este vídeo no YouTube
Leia também
Houthis ameaçam Mar Vermelho com 1 milhão de barris de petróleoNaufrágio do Bayesian: erro humano não é descartadoSuperiate Bayesian afunda no porto em PalermoVendée Globe Race, o ‘desafio final da vela’
É uma regata de circum-navegação do globo, em solitário, sem escalas. Acontece a cada quatro anos e, desde a 2ª edição, a partida é sempre no mês de novembro em Les Sables-d’Olonne, em Vendée (França).
O regulamento
O regulamento estabelece que a volta ao mundo passa pelos três cabos (Boa Esperança, Leeuwin e Horn) e os veleiros monocascos não podem ultrapassar o comprimento máximo de 18,30 metros.
Sua criação foi inspirada na regata organizada pelo Sunday Times em 1968, a famosa volta ao mundo que ofereceu a Bernard Moitissier matéria para escrever a sua legendária história, O Longo Caminho. O navegador francês Philippe Jeantot imaginou uma circum-navegação semelhante, com largada à mesma hora e do mesmo lugar.
Sobreviver no mar: Toni Bullimore, participante da edição 1997
Novembro de 1997, costa da França. Milhares de pessoas assistem à largada da Vendée Globe, ou a ‘roleta russa das regatas’. Capotagens de veleiros, e mortes de comandantes, não são incomuns nesta prova. Entre os participantes estava Tony Bullimore, marinheiro inglês, 57 anos, a bordo do seu Exide Challenger.
O Exide Challenger nos mares austrais
Partes do oceano austral são tão remotas que só astronautas estiveram tão isolados de terra. É ali que fica o Ponto Nemo. Quando Bullimore estava a 800 km da Antártica, debaixo de 80 nós de vento (cerca de 150 km/hora), entra na cabine para se aquecer. Então ouve um barulho e o mundo vira de ponta-cabeça. O Exide perdeu a quilha, capotou em segundos. A sorte foi seu aparelho de localização e socorro emitir um sinal captado por militares australianos. Um avião foi ao local e, três dias depois, descobre o ponto exato onde estava…Mas, alguém sobreviveria no mar gelado dentro dele?
A Royal Australian Navy envia um navio que estava a 2.000 milhas de distância. Mais alguns dias de sofrimento atroz, até a chegada do socorro…
Salvamento milagroso no mar: parte final
Os marinheiros australianos se aproximam. Batem na casco à espera de uma resposta. Tony ouve; toma fôlego, mergulha, nada algumas braçadas e põe a cabeça para fora. Um miraculoso salvamento no mar chegava ao seu epílogo. Outros comandantes daquela edição não tiveram a mesma sorte. O canadense Gerry Roufs, 43, desapareceu durante a prova. Nunca o encontraram, muito menos seu barco.
PUBLICIDADE
Assista à espetacular reconstituição da saga para sobreviver no mar de Tony Bullimore
Assista a este vídeo no YouTube
Fontes: offgridsurvival.com; en.wikipedia.org; telegraph.co.uk; youtube.com; vendeeglobe.org; alchetron.com/Tony-Bullimore-205038-W.
Conheça a história do navegador brasileiro que usa a mão como sextante
Relatos fantásticos e muito didáticos.
Excelente matéria muito bem ilustrada.
Coragem, preparo e um pouco de sorte sempre são os principais ingredientes de uma aventura bem sucedida, mesmo quando as coisas fogem de controle.
Um artigo bem escrito, e bastante informativo!
Olá João. Esta é uma matéria excelente mas que infelizmente, por falta de espaço, acaba ficando curtinha. Se isso não bastasse, a formatação na tela com 3 centímetros de espaço ocupado pelo menu e mais cerca de 1,5 cm para a barra de Facebook, etc. o espaço para o vídeo e para a leitura fica muito restrito. Não sei se você poderia interagir com esses problemas. Voltando à matéria, é mesmo muito boa, tão boa que acamos por achá-la curtinha. Bons ventos
Se esqueceram de adicionar a incrível história de sobrevivência do salvadorenho José Salvador Alvarenga, que aparentemente ficou náufrago por mais de 1 ano no mar:
https://www.youtube.com/watch?v=M5jlRajL4sU
Nunca é demais…
Sempre é bom saber…
Ótima matéria João, parabéns. Me fez lembrar todas as minhas preparações
grande abraço
Beto Pandiani
Obrigado Betão, saudades, abraços
Ótima matéria! Parabéns! O vídeo da BBC também é muito bom.
Obrigado, Bessem, abraços.
instrutivo !
Bom saber, Carlos, abraços