Primeiro barco autônomo fracassa em cruzar o Atlântico

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Primeiro barco autônomo fracassa em cruzar o Atlântico

Havia grande expectativa entre os pesquisadores que estudam os oceanos quando o Mayflower 400, o primeiro barco autônomo do mundo, iniciou a travessia do Atlântico em 15 de maio, prevista para durar três semanas. Ele saiu de Playmouth, na Inglaterra, em direção a Massachusetts, nos Estados Unidos. O Mayflower 400 é um projeto desenvolvido pela organização marinha ProMare, estabelecida em 2001 para promover a pesquisa e exploração marinha em todo o mundo. Mas o primeiro barco autônomo fracassou em sua tentativa.

Imagem de Primeiro barco autônomo
Imagem, olhardigital.com.br.

Primeiro barco autônomo fracassa em cruzar o Atlântico

Segundo o Washington Post que acompanhou a viagem, ‘o “Capitão AI (Inteligência Artificial)” não estava equipado para perceber que o Mayflower 400 estava em perigo e precisava retornar ao porto para obter ajuda. Essa ordem teve que vir de alguém em terra cinco dias depois da saída, em 20 de junho.

Brett Phaneuf, cofundador da ProMare, organização sem fins lucrativos de pesquisa oceânica, e codiretor do projeto Mayflower Autonomous Ship, disse ao jornal que  “ainda não sabemos exatamente o que aconteceu. Mas por muita cautela, temos que recuperá-lo.”

Como comentamos neste espaço, o Mayflower recebeu o nome em homenagem ao navio que levou os primeiros peregrinos da Inglaterra em busca de uma nova vida na América. Durante a travessia ele deveria fazer uma série de experimentos coletando dados sobre a vida marinha e amostras de plástico.

Abortando a missão

Apesar do barco robótico ter sido configurado para atravessar os mares sozinho, controlado por inteligência artificial que recebe informações de seis câmaras e 50 sensores, podendo atingir até 20km/h, no domingo 20 de junho ‘o barco desenvolveu um pequeno problema mecânico, mas significativo para abortar temporariamente a missão’, segundo o Washington Post.

Imagem do Primeiro barco autônomo
Imagem, https://techxplore.com/.

Segundo o jornal, ‘agora ele está navegando em águas internacionais sem barcos-guia para voltar ao porto e tentando evitar o mau tempo para que os engenheiros possam consertá-lo antes de enviá-lo de volta’.

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Os pesquisadores que monitoravam a travessia notaram que o  Mayflower 400 começou a navegar com cerca de metade de sua velocidade normal. Como a embarcação estava prestes a entrar na Corrente do Golfo, com tempestades previstas, os operadores decidiram abortar a missão.

Objetivos da missão

A exploração oceânica é caríssima, e ainda engatinha se comparada à exploração espacial por exemplo. E ela não conta com as verbas astronômica da exploração espacial. Por isso a ProMare se juntou à IBM e outras empresas de tecnologia para viabilizar uma embarcação mais em conta para estas explorações.

De acordo com o Washington Post ‘a ProMare, sediada em Cheshire, Reino Unido, investiu cerca de US$ 1 milhão em materiais no início do projeto, enquanto a IBM, sediada em Nova York, liderou as partes relacionadas à tecnologia e ciência do esforço. Mais de uma dezena de outras organizações doaram equipamentos e outros serviços’.

Segundo o Washington Post a IBM revelou que quer construir uma frota de barcos autônomos algum dia, a exemplo do que ocorre hoje com automóveis. Não se sabe ainda quando será o novo teste do Mayflower 400.

Imagem de abertura: https://techxplore.com/

Fonte: https://www.washingtonpost.com/technology/2021/06/18/mayflower-ibm-autonomous-ship/

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Comentários

7 COMENTÁRIOS

  1. Os mais TOP da ciência não conseguiram manter um equipamento no oceano por 5 dias. Prova de que a ciência robótica está muito longe de enfrentar os desafios da mesma forma que o homem.

  2. Se aprende mais com as falhas do que com os acertos. Assim, é na programação, e em quase tudo na vida. Essas falhas poderão agora se estudadas e outras, por causa dessa, serem previstas e reprogramadas. Dado que possui um sistema de AI, isso irá auxiliar muito nos próximos eventos. Se falhar ainda mais umas 5x, será ótimo do ponto de vista do aprendizado. Então, pelo meu ver, nada de preocupante ainda.

  3. Abortar uma viagem significa fracasso? Se o Titanic tivesse feito isso poderia até estar por aí até hoje. E navio autônomo precisa de operadores? É apenas uma máquina controlada à distância. a desvantagem é que pode ser observada sem problemas, diferente das naves espaciais, não é fracasso algum, se bem que também não se vê qual sua utilidade prática de fato. arioba

    • Sério que não consegue enxergar a utilidade pratica de um navio autômato??? Creio daqui a 10 anos, o padrão dos grandes cargueiros será de embarcações autômatas. Taxa de erro zero na condução da embarcação, redução de acidentes marinhos e perda de carga. Só para começar.

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