Você é um daqueles que criticam o Mar Sem Fim ao falarmos de política? Saiba que a proteção ao meio ambiente depende dela
Toda vez que entramos neste tema, meio ambiente e política, as redes sociais respondem com fúria: à intolerância, juntam-se as patrulhas ideológicas e, antes da maioria ler, pau neles! Não interessa o que o post diz. Voam críticas por todos os lados, como se a política e, em consequência, os políticos, não fossem fundamentais (Infelizmente, dada a qualidade dos nossos)… Para que uma área seja decretada como Unidade de Conservação, é preciso muuuita política.

A escolha das equipes do Ministério do Meio Ambiente são pura política
A começar do Ministro, nesse caso, Zéquinha Sarney, atacado sem piedade por um monte de leitores ignorantes, apenas por carregar o sobrenome que tem. A grande maioria dos que atacaram, quando fizemos um post elogiando a escolha, não entendem bulhufas de meio ambiente, nunca fizeram nada por ele; aposto que nem reciclagem fazem. E demonstraram seu enorme preconceito. Atacaram uma pessoa pelo sobrenome que carrega, não por suas ações, que desconhecem. Zéquinha Sarney foi o melhor ministro do meio ambiente que já tivemos. Isso, by the way, é consenso.

O significado da palavra ‘política’
“Política (do Grego: πολιτικός / politikos, significa “de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis”) denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.”
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A última frase de novo: “…Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância…”
O que faz o site Mar Sem Fim senão militância política em favor de mais áreas marinhas protegidas?
Mas todas vez que abordamos esses assuntos a turba de patrulheiros das redes sociais mostram sua cara. E praticam o “linchamento político”. Grande parte sequer lê o que está escrito.
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Os adjetivos usados para qualificarem o Mar Sem Fim
São categóricos: “Nojento” foi apenas um dos adjetivos usado pelos radicais para qualificarem o Mar Sem Fim, quando da publicação sobre Temer e as áreas marinhas que pretendemos que ele decrete. Outro ‘jihadista’ escreveu:
Para que fica feio. Vou deixar de seguir vcs. Limitem-se a falar sobre o tema da página.
Mais um que não leu e não gostou:
A proposta da página é falar sobre mar né ? Ah tá. Super dentro do tema né?
Vários confirmaram que não leram, mas atacaram:
Não consegui progredir. Na verdade, não faz sentido ler um texto como esse, afinal.
Na verdade não era o final, era o início do texto cujo título era: “Temer ainda pode entrar para a história…do ambientalismo brasileiro.”
Opinião de mais um “Bolsonaro” :
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…Lamento esse seu apoio aos ladrões GOLPISTAS…
Apoio? Que apoio? E teve mais demonstração de ignorância:
Melhor manter o foco longe da politica
Como manter o foco longe da política? Como é possível isso num país democrático onde os vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores, presidentes e vices são eleitos pelo voto?

Mas, o tom dos ‘paladinos da justiça travestidos de censores’ foi esse:
…toma vergonha Mar Sem Fim…
Mais um post que gerou polêmica
Pouco tempo atrás o Mar Sem Fim, empenhado na criação do Santuário de Baleias no Atlântico Sul, publicou uma foto de FHC defendendo o Santuário. Foi o que bastou para uma enxurrada de críticas e linchamento moral. Leia os ‘comentários’.
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Um exemplo feliz de militância política e o meio ambiente
Aconteceu recentemente em Peruíbe, Litoral Sul de São Paulo. O MSF fez uma postagem que explicava “… sobre a construção de uma usina termoelétrica com 180 hectares- equivalente a 180 campos de futebol- e um terminal de gás, que deveriam ocupar áreas de amortecimento do parque estadual da Serra do Mar e outras unidades de conservação.”
Ao final, pedíamos aos leitores para exercerem cidadania; que praticassem política, e mandassem e mails ao prefeito pedindo a rejeição do projeto. O sub- título era: “Diga não à Usina e terminal de Peruíbe.” Resultado deste ato político? A Câmara de Peruíbe rejeitou o projeto ao aprovar uma lei que proíbe empreendimentos que causem poluição.
O Congresso Nacional e a resistência à criação de mais Unidades de Conservação
Ainda recentemente outro post mencionava a política. A política contrária à criação de UCs. Titulo: “Ameaças às Unidades de Conservação da Amazônia.”
Conteúdo resumido: “As Unidades de Conservação do Brasil enfrentam uma semana decisiva. Nesta quarta (16/8), duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) – 4717 e 3646 – que tratam dos atos de criação, recategorização, ampliação, redução dessas áreas protegidas serão analisadas pelo Supremo Tribunal Federal.”
Vejam, senhores, há tanta política na questão do meio ambiente, que o assunto por vezes sobe para o Supremo Tribunal Federal. Como evita-la?
Mas há mais. Na mesma matéria dizíamos: “o deputado Mauro Pereira (PMDB/RS) coloca em votação na quarta-feira, 16, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, novo parecer da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alterada por pressões dos ruralistas no Congresso.”
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Mais política…como aceitar o que nos disseram?
Melhor manter o foco longe da política
Governos querem gestão privada para parques, orçamentos exigem
Esse foi outro post publicado pelo Mar Sem Fim. Conteúdo: “…Saiu no Valor Econômico, em Julho, 2017. O jornal fez um levantamento e descobriu 42 projetos de permissão, concessão e PPPs. Estão espalhados por 16 estados, do Distrito federal, ao Rio Grande do Sul.”
Ou seja, 16 Estados brasileiros querem passar a gestão das UCs para a iniciativa privada por falta de recursos. O que é isso senão política? Este post, entretanto, não teve grande repercussão nas redes sociais. Mas, quando publicamos outro, “Proposta de ambientalistas ao Governo Federal” em que um grupo de ambientalistas praticavam a militância política, e pediam que as UCs com maior potencial de turismo fossem abertas às concessões e PPPs, mais uma vez fomos linchados pelos radicais: “canalhas”, “vendilhões da Pátria”, foram algumas bobagens escritas (vejam a polêmica, ao final do post, abaixo de “28 comentários”). E isso também é “política” apenas, não deveria ser feita de modo radical, enxovalhando e linchando moralmente aqueles que pensam de forma contrária. Isso não é política, é ditadura!
Entre outras manifestações, mais essa:
…és uma fraude inconteste (o Mar Sem Fim), e, como tal, FRAUDE, não lhe sobra argumentos para discutir, somente falácias…
E o que dizer dos Projetos de Lei que ameaçam as Unidades de Conservação?
Isso é política, ou não? O post dizia que “…a Frente Parlamentar em Defesa das Populações Atingidas por Áreas Protegida (Unidades de Conservação e Terras Indígenas) é composta de 214 deputados (veja tabela abaixo) e é liderada pelo deputado Weverton Rocha (PDT-MA)…Responda: é, ou não, política; como ficar indiferente a ela?
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Há no Congresso mais de 400 Projetos de Lei contrários à criação de novas UCs.
Desmatamento da Amazônia: Dilma cortou verba
Este foi outro. Conteúdo: “…pesquisa realizada pelo portal Infoamazônia indica que a presidente Dilma Rousseff, em seu primeiro mandato, cortou 72% dos gastos com prevenção e combate ao desmatamento da Amazônia.” Curiosamente, ele não recebeu nenhum comentário. Os “defensores da Amazônia”, que fazem mimimi e chororô quando o Governo Temer tenta tirar os garimpeiros ilegais da RENCA, uma reserva mineraria confundida pelos que não leem senão títulos como Unidade de Conservação, não desacataram o Mar Sem Fim, muito menos Dilma, do PT, quando declarou:
…o meio ambiente é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável…
?!
Esse post, e a declaração destrambelhada não mereceram qualquer reação dos radicais de plantão. PT será? Quer dizer…
Por que será?
Ilustração de abertura:http://contee.org.br.










é triste constatar tanta aversão à palavra “política”… e isso, só por causa de um Platão que lhes faltou: “… Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam. …”
Flávio Minoru