APA de Guapi-Mirim, talvez a mais importante UC do Rio de Janeiro

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APA de Guapi-Mirim, talvez a mais importante Unidade de Conservação Federal do Rio de Janeiro

A APA de Guapi-Mirim protege a última porção de manguezal ainda não destruído, ou super poluído, da baía de Guanabara. A Unidade de Conservação começou como uma APA, em 1984. Depois, ao perceberem a importância da UC, e a fraqueza das APAs, categoria extremamente permissiva que, na minha opinião, não deveria existir em razão de sua inutilidade, a mesma área foi decretada como Estação Ecológica (ESEC) em 2006. As ESECs são mais restritivas.

Assista ao documentário

Área de Preservação Ambiental de Guapimirim - Episódio 25

Bioma: Marinho Costeiro

Municípios: Magé, Itaboraí e São Gonçalo, no estado do Rio de janeiro

Área: 13.926,6200 hectares

Criação: 25 de setembro de 1984

Tipo: Uso sustentável

Plano de manejo: a unidade tem plano de manejo.

imagem de mangue na APA de Guapi-Mirim
Mangue da baía de Guanabara virou depósito de lixo

A decadência da Baía de Guanabara, cartão postal carioca e brasileiro, é o mais gritante exemplo do pouco caso que nutrimos em relação ao espaço marítimo. Simultaneamente, é exemplo  perfeito de nossa capacidade de destruir os belíssimos cenários da costa brasileira.

A baía de Guanabara foi uma das responsáveis pela fama da beleza selvagem brasileira que perdura até hoje.

A cada segundo 15 mil litros de esgotos não tratados são despejados na baía de Guanabara

(fonte: Baía de Guanabara- Biografia de uma paisagem, ed. Andréa Jakobsson, pag 203). Quinze mil litros de esgoto por segundo equivalem ao conteúdo de 685 piscinas olímpicas por dia ( Fonte: idem anterior).

Mesmo com a ajuda das marés, que trazem água mais limpa do mar, duas vezes por dia, ajudando a minimizar o problema, a Baía de Guanabara é um dos locais mais poluídos da costa brasileira.

O entorno, outrora idílico com suas montanhas em formatos distintos e incomuns, e da floresta que cobria cada palmo de terra, foi massacrado. Para cada morro corresponde uma favela. Não importa a inclinação. A lateral dos morros hoje está coberta por casebres, um atrás do outro numa fila interminável. A situação se repete em qualquer lado que se olhe.

O que mais me incomoda não é tanto a situação atual da Baía, mas o silêncio da população, e a omissão das autoridades.

O assunto é muito sério. A baía faz parte do cenário  dos cariocas, está no seu quintal, puro cotidiano.

 

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