Lagostas exóticas: cores raras, idade surpreendente!

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Lagostas diferentes: cores raras, idade surpreendente!

Algumas lagostas diferentes chamam atenção não só pelo sabor — mas também pela aparência. Elas têm cores raras, como azul, branca, verde ou amarela. E podem viver mais de 100 anos! Infelizmente, estão quase extintas no Brasil por causa da pesca predatória. Neste post, mostramos curiosidades incríveis sobre essas criaturas fascinantes — e revelamos por que as lagostas diferentes impressionam tanto.

lagostas diferentes, imagem de lagosta azul
Lagosta azul- parece um brinquedo de borracha, mas não é

Curiosidades incríveis sobre as lagostas

As lagostas detectam variações de temperatura de apenas 1 °C e, por isso, podem migrar até 160 km por ano em busca do ambiente ideal para se reproduzir.

Segundo o Telegraph, elas produzem uma substância que as torna “biologicamente imortais”. Não envelhecem da forma tradicional e, teoricamente, poderiam viver para sempre — exceto por doenças ou predadores.

E não estão sozinhas: outras criaturas marinhas, como algumas águas-vivas, também desafiam o envelhecimento. Por falar em curiosidades, recentemente duas autoridades americanas concederam o “perdão” e libertaram uma lagosta pesando 9,5 kg e tem 110 anos.

 Lagostas exóticas, a chamada “imortalidade biológica”

A BBC reforça: lagostas americanas não param de crescer ao atingir a maturidade, ao contrário da maioria dos animais. Elas mantêm uma incrível capacidade de regeneração mesmo em idade avançada.

Esse processo pode estar ligado à presença de células-tronco ativas — o que ajuda a explicar casos de lagostas com até 140 anos. É por isso que alguns cientistas falam em “imortalidade biológica”, embora o termo ainda gere controvérsia.

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Lagostas no Brasil: quase extintas pelo descaso

lagostas diferentes, esta é albina
A lagosta albina

O litoral do Nordeste, especialmente o Ceará, já teve fartura de lagostas. Hoje, restam poucas. A pesca predatória, sem controle e sem fiscalização, devastou os estoques.

Como em tantas outras questões ambientais, a costa brasileira segue abandonada. Falta fiscalização, seja na pesca, seja nas construções ilegais em áreas protegidas. A propósito, você sabia que o Brasil quase entrou em guerra com a França por causa da pesca do crustáceo?

boxeadora
A lagosta exótica, boxeadora, é verde (foto;megacurioso.com)

Habitat das lagostas: do Pará a Cabo Frio

No Brasil, as lagostas ocupam uma faixa contínua de 4.000 km entre o Pará e Cabo Frio — algo único no mundo. Mesmo assim, estão quase extintas comercialmente no país.

Vivem sobre fundos de algas calcárias, em águas tropicais, subtropicais e temperadas, entre a costa rasa e até 400 metros de profundidade.

Pesca predatória e tragédia anunciada

No Nordeste, muitos pescadores ainda usam equipamentos rudimentares para capturar lagostas e, ao sofrerem acidentes, alguns morreram e outros ficaram aleijados! Ignoram o tamanho mínimo permitido e desrespeitam o período de defeso.

O resultado é desastroso: além da sobrepesca, inúmeros trabalhadores ficaram mutilados em acidentes de mergulho mal assistidos.

Agradecimento ao Tio Sam — e um alerta

Lagostas diferentes: surpresa total. Assista!, foto de uma lagosta enorme
Olha o tamanho da bichinha (foto: megacurioso.com)

O declínio da pesca de lagosta no Brasil se deve, em parte, à proibição imposta pelos EUA: o país só aceita lagostas com cauda acima de 14,5 cm. Sem essa restrição, o Brasil continuaria exportando exemplares abaixo do tamanho mínimo — muitas vezes antes da reprodução.

Hoje, os EUA praticamente não importam mais lagosta brasileira. Segundo a BBC, a produção local disparou, puxada por um boom no Maine, onde o aquecimento dos mares favoreceu a espécie. A oferta cresceu tanto que até o McDonald’s lançou sanduíches com lagosta.

Mas especialistas já alertam: essa abundância pode não durar, pois depende de um desequilíbrio causado pelas mudanças climáticas. Finalmente, a pesca do crustáceo melhorou no Brasil a partir da safra de 2025.

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Lagostas diferentes e centenárias

Uma última curiosidade sobre as lagostas: elas podem viver bem mais de cem anos. Uma das mais velhas já pescadas passou um tempo no aquário de um restaurante e, depois, voltou ao mar. Estimaram sua idade em 140 anos, com mais de 8 quilos. Se a fonte não fosse a BBC, eu mesmo acharia que era conversa de pescador. Mas não é.

Lagostas azuis, amarelas ou brancas: saiba que uma, em cada 100 MILHÕES de lagostas, tem esta cor.

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Comentários

4 COMENTÁRIOS

  1. Ola João Lara Mesquita,

    Assim como Carlos Muccioli tambem estou surpreso com a falta de referencia e seriedade das informações aqui postadas. Para começo que abri o Link a partir de um acesso ao Estadao em 07 de Junho de 2018, e o texto esta datado de 27 de janeiro de 2016, portanto imagino, seja uma re-edição e mesmo assim não revisada.
    Trabalho com lagostas, e as imagens e referencias a cores citadas são de uma espécie que nunca ocorreu no Brasil, é a Homarus americanus, característica da costa nordeste americana e sudoeste canadense, a famosa lagosta do Maine. Portanto, e imaginando a grande maioria dos leitores algo leigos no assunto, ha também uma desinformação visual muito grande no texto.
    Tambem os números e referencias de valores citados estão bastante errados e não refletem a realidade, dados obtidos do Siscomex e validados por sistemas americados de importação apontam para um relativo equilíbrio nas exportações nacionais nos ultimos 5 anos, oscilando de 4.800 a 5800 ton. ( este peso convertido para lagosta inteira viva, que é a referencia de biomassa), a maior parte sim para o mercado americano. Inclusive o que eh colocado como “estudo citado” não tem nenhuma citação e não pode, portando, ser checado e criticado, está postado entre aspas um texto sem nenhuma referencia ao autor, ao veiculo e a data de publicação, portanto pouco crível como estudo.
    As populações de lagosta brasileiras estão realmente em situação frágil, empresários cearenses conveniados via SINDFRIO a uma ONG Argentina especializada neste tipo de projeto desenvolvem a 5 anos um FIP que vem aos poucos trazendo conscientização e apresentando caminhos para uma melhor gestão e possível recuperação destas populações a níveis de segurança e sustentabilidade, mas não ha como desassociar a situação do grande descaso que repetidos governos vem tratando não só a pesca da lagosta, mas de todas as pescarias nacionais, daí que demonizar empresários exportadores e atores da cadeia produtiva não é o caminho, e seu respeitável site, sua historia e o interesse que eles despertam podem e devem ser melhor aproveitados e mais ricamente informar a leitores e multiplicar ações e posturas mais atuais e menos apaixonadas em relação aos recursos pesqueiros brasileiros.
    Se me permite, e desculpando-me pelos textos em inglês que acabam relacionados, cito o link para informações sobre o FIP e seus desenvolvimentos, se possível mantenha-os, imaginando que alguns leitores podem eventualmente se interessar.
    http://cedepesca.net/promes/shrimp-and-lobster/brazilian-lobster-eng/
    Fico a sua disposição, igualmente de leitores interessados.

    Cadu

    • Olá, Cadu, sabe, acho alguns de vocês muito chatos. Qual é o problema da data? Me diga quem sabia, fora você, que havia lagostas azuis, verdes, e até albinas? Será possível que é preciso ser hermético em cada texto, e assim não ‘falar’ com ninguém? Será que é preciso ser ‘sério’ o tempo todo? Que saco!! Qual o problema de divulgar uma curiosidade apenas como tal: uma curiosidade? E ainda aproveitar a deixa, e comentar os absurdos que acontecem na maltratada a esquecida costa brasileira. Qual a vantagem em saber que o nome dela é ‘Homarus americanus’? Que são do Maine está escrito no texto, e narrado no vídeo.
      Por falar nisso, sua erudição prejudicou a compeensão de seu texto. Explique o que quer dizer isso: ” SINDFRIO a uma ONG Argentina
      especializada neste tipo de projeto desenvolvem a 5 anos um FIP que…” Desenvolvem ‘há’ ( do verbo haver = faz cinco anos) 5 anos, vc quis dizer, não “a” 5 anos. E o que quer dizer “um FIP”. Quem, senão vossa sapiência, sabe o que significa?
      É engraçado isso. Tem gente que nunca saiu a campo, nunca deu a cara pra bater, que parece ficar de tocaia esperando uma deixa pra deitar falação, ‘mostrar erudição’, procurar ridicularizar este escriba, e encher o saco. Não demonizei quem quer que seja. Expliquei que no Brasil a pesca é uma tal palhaçada, que nem estatísticas oficiais existem. E disse e repito, que quem acabou com as lagostas foram os pescadores. Você queria que fosse quem? Os jornalistas? Quem mata lagostas abaixo do tamanho mínimo? Quem as tira d’água em pelo defeso? Quem usa equipamentos irregulares? Pescadores, jornalistas, ou Pais de Santo?
      Por fim, Cadu, antes de criticar, faça como fiz: neste site há mais de 90 horas de documentários sobre a costa brasileira, mostrando cada descalabro deste o Oiapoque ao Chuí, assim como as virtudes. E mais: o patrimônio histórico riquíssimo do litoral, nossas embarcações típicas, um bem cultural tombado pelo Iphan que ninguém se dá conta que existe. E mais: estes documentários foram feitos para um veículo de massa, a TV. Fui o primeiro, e que eu saiba, único jornalista ambiental especializado na questão que domina o debate internacional: O Azul, que permitiu o Verde. Além dos documentários, quando entrevistei mais de 90 especialistas da academia, todos com depoimentos nos programas; publiquei dois livros; escrevi dezenas de artigos para jornais e revistas; fiz e ainda faço palestras; consegui convencer a editora Sesi- SP a lançar no Brasil a ‘bíblia’ de Sylvia Earle, A Terra é Azul; fui parte importante no convencimento do governo Temer para que saltássemos de 1,5% de áreas marinhas protegidas, pada cerca de 25%; e vai por aí. Tudo isso está disponibilizado neste site. Toda a dedicação ao problema dramático que estamos vivendo, ao matarmos o mais importante ecossistema da Terra está aí pra ser dividido entre o público interessado. E vc’s veem me encher o saco porque a droga do corretor de texto colocou um ‘cetáceo’ contra dois ‘crustáceos’, e porque não expliquei a lagosta verde ou azul tem o nome científico de, como era mesmo?
      Ora, vão plantar batatas, vocês dois. Tenho mais o que fazer. Que abram vocês um site, escrevam livros, façam documentários, e depois ainda respondam chatoníodos de plantão.Fui!

      • Gostaria que essa resposta fosse um post direcionado a esses enchedores de saco que visitam o site.
        Admiro seu trabalho, João Lara Mesquita, parabéns.

  2. “Acredito que atualmente os Estados Unidos não importam mais o cetáceo”. Nossa, escreve para o mar sem fim e chama lagosta de cetáceo. Como vamos acreditar nas informações????

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