SS Great Eastern, 1854, o maior e mais luxuoso navio jamais construído
Para começar o SS Great Eastern, foi um colossal vapor da era vitoriana em 1859. O livro ’50 Máquinas que Mudaram o Rumo da História’ , de Eric Chaline (Ed.Sextante), o considera como a nona maior invenção depois de, por ordem o Tear de Jacquard; Torno Mecânico, de Roberts; Locomotiva Rocket, de Stephenson; Tear de Roberts; Plaina Mecânica, de Witworth; Motor a Vapor, de Carliss; Máquina Diferencial, de Babbage e, finalmente, a Máquina de costura Singer, Turtle Back.
SS Great Eastern, criação de Isambard Kingdom Brunei
“Nenhum navio construído até então se equiparava em tamanho ou complexidade ao SS Great Estern; sua construção, no entanto, foi encomendada a um estaleiro tradicional britânico e deixada a cargo de um engenheiro naval de reputação extraordinária: John Scott Russel.”
SS Great Eastern: e o primeiro cabo telegráfico a cruzar o Atlântico
Contudo, foi “atormentado por problemas e contratempos quase desde o dia em foi concebido com seu casco duplo e sistema de direção mecanizado. E além disso estabeleceu o padrão para a construção de futuros transatlânticos”.
“Seu tamanho gigantesco o tornava adequado para a tarefa de instalar o primeiro cabo telegráfico a cruzar o oceano Atlântico”.
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“O navio teve uma breve carreira como transatlântico de passageiros”. “Na primeira viagem, 1859, uma explosão em uma caldeira matou cinco foguistas e feriu vários outros”.
Rombo no casco: 60 vezes maior que o do Titanic
“Em outra viagem, em 1862, ele teve o casco perfurado na costa de Long Island. Abriu um rasgo 60 vezes maior do que aquele que levou a pique o Titanic“.
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“Mas, ao contrário deste, o SS Great Eastern, cujo engenheiro Isambard Kingdon Brunel o apelidou de ‘Grande Bebê’, permaneceu na superfície graças ao casco duplo e chegou a Nova York para ser reparado sem nenhum auxílio externo”.
Projeto mais ambicioso do século XIX: revolucionou a arte da construção naval
Eric Chaline diz que “…ele manteve o recorde de maior navio em operação durante quatro décadas, e também de maior tonelagem até o início do século XX”.
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O navio, construído em Millwall no rio Tâmisa, tinha 211 metros de comprimento por 25m de boca (largura). Deslocava 32.680 toneladas. Podia levar até quatro mil passageiros. Ele era o maior, mais moderno e mais luxuoso navio do mundo. Uma das lendas diz respeito ao possível ‘emparedamento’ de um dos operários, um rebitador. Seu corpo teria ficado dentro das paredes do casco.
Não havia rota que não cruzasse sem precisar abastecimento. Foi pensado para atravessar da Inglaterra até a Austrália (viagem que nunca aconteceu) sem reabastecimento. Tinha quatro motores a vapor, com dois mil cavalos de força cada um.
Modelo híbrido: seis mastros para velas, quatro motores a caldeiras para duas pás e hélice
“Seus modelos revelam uma estranha mistura de tecnologias. Ele tinha seis mastros para velas e chaminés para seus motores a vapor que impulsionavam duas rodas de pás gigantes e uma hélice propulsora”.
Contava com porões de carga e acomodações de luxo para passageiros. Foi projetado especialmente para fazer a longa viagem entre a Índia e a Austrália sem ser reabastecido.
O Canal de Suez e o SS Great Eastern
Segundo a Wikipedia “em 1857, durante o planejamento da construção do Canal de Suez, pensou-se que o Great Eastern não conseguiria atravessá-lo já que tinha um calado de 8,5 metros e esperava-se que o canal fosse escavado até uma profundidade de 7,9 m. Em qualquer caso, quando o canal foi aberto ao transporte em 1869, o Great Eastern já não estava no serviço de passageiros”.
Obrigado a trocar de rota
“Depois da falência de seu engenheiro e de outras percalços , entretanto, foi obrigado a trocar de rota passando a fazer a travessia do Atlântico”. “Em 1865, incapaz de fazer dinheiro como transatlântico, foi convertido para instalar cabos telegráficos transoceânicos, tarefa que realizou até 1878”.
Final triste: desmantelado e vendido como sucata
Depois disso, ficou mais de mais de 10 anos como navio de exibição e atração turística na Inglaterra. Mas “terminou sua carreira como casa de concertos flutuante e outdoor gigante”, sendo finalmente desmontado em Liverpool entre 1889 e 1890. Por último, acabou vendido como sucata.
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