Rússia prepara acusações formais contra os ativistas do Greenpeace – 30/09/2013

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Membros de organização ambiental ficarão detidos até 24 de novembro. Grupo tentou escalar plataforma petrolífera de companhia energética.

Da EFE.

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Ativistas do Greenpeace protestam em frente à Embaixada da Rússia em Brasília com faixas pedindo a libertação dos ativistas no país. (Foto: Evaristo Sa/AFP)

O Comitê de Instrução (CI) russo anunciou nesta segunda-feira (30) que apresentará em breve acusações formais contra os membros da tripulação do quebra-gelo do Greenpeace “Arctic Sunrise”, em prisão preventiva por tentar escalar a plataforma petrolífera Prirazlomnaya do gigante energético Gazprom. “Um grupo de pessoas a bordo do ‘Arctic Sunrise’ e com um grande equipamento destinado a um fim que ainda não se esclareceu violou a área de segurança de 500 metros da plataforma Prirazlomnaya e se aproximou dela”, disse um porta-voz do CI, citado pela “Interfax”. A ação de protesto da ONG, cujos ativistas queriam se amarrar à plataforma para denunciar a extração de petróleo no Ártico, é qualificada pelas autoridades russas como “uma ameaça real à segurança pessoal dos trabalhadores da plataforma e da propriedade”. O tribunal Leninski da cidade de Murmansk resolveu que os 30 tripulantes do quebra-gelo da ONG devem permanecer na prisão enquanto se investiga o delito. Os ativistas condenados procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.

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Bióloga brasileira Ana Paula Maciel aguarda sua
audiência no tribunal russo neste domingo (29).
(Foto: AFP Photo/Greenpeace/Dmitri Sharomov)

Brasileira Na quinta-feira passada, em audiência no tribunal de Murmansk que determinou que a maioria dos ativistas teriam sua detenção prolongada por dois meses, a bióloga Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace, recebeu a notícia de que ficaria sob custódia na Rússia por mais três dias, até nova audiência. A decisão foi motivada por falta de tradutor para participar do procedimento. Neste domingo (29), Ana Paula e outros sete ativistas que faltavam depor, integrantes da tripulação do navio do Greenpeace, também tiveram sua prisão prolongada por dois meses, até 24 de novembro, período do processo de investigação. O Greenpeace informou nesta sexta-feira (27) que vai recorrer da decisão de um tribunal russo de manter 30 de seus integrantes detidos. A organização não governamental de proteção ao meio ambiente destacou que é esta a primeira vez que um país responde de forma tão agressiva a um protesto pacífico.

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