Parna da Lagoa do Peixe, uma beleza problemática do Sul

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Parna da Lagoa do Peixe, uma beleza ‘problemática’ do Sul

Dunas móveis, praia e mar. Do outro lado banhados, falésias, mata de restinga, e uma lagoa. Milhares de aves num frenesi gastronômico bem na sua frente. Basta um giro de 360 graus pra você conhecer todos estes ecossistemas, e sua colorida e variada explosão de vida, numa mesma área do Parna da Lagoa do Peixe. Espetacular! Um dos trechos mais bonitos e ricos da costa brasileira.

Assista ao documentário

Parque Nacional da Lagoa do Peixe - Episódio 2

Este foi o segundo episódio da série Mar Sem Fim – Unidades de Conservação, exibida em 2014 pela TV Cultura.

Características da Unidade de Conservação

Nome: Parque Nacional da Lagoa do Peixe.

Bioma: Marinho – Costeiro.

Data da criação: Novembro de 1986.

Localização: Litoral médio do Rio Grande do Sul, abrangendo áreas dos municípios de Tavares, Mostardas, e São José do Norte.

Tipo: Proteção Integral.

Área: 34.400  hectares.

Plano de Manejo: pronto desde 1999.

Objetivo da UC: “Preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica. É permitida a pesquisa, atividades de educação e turismo ecológico”.

“É de domínio público sendo que as áreas particulares incluídas em seus domínios devem ser desapropriadas”.

Ameaças : Apesar de maior de idade, 26 anos, até hoje o governo federal não indenizou os antigos proprietários. Persistem, assim, a silvicultura, a pesca, a agricultura, e o pastoreio no interior do parque.

Não há divulgação eficiente do Parque Nacional, e a infraestrutura hoteleira no entorno é deficiente. Consequência: baixa visitação pública.

Maiores problemas do Parna da lagoa do Peixe

Quando foi instalado, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe desapropriou dezenas de pequenos agricultores, criadores de gado, e silvicultores (reflorestamentos com pinus) além de impor regras para a pesca até então livre em suas lagoas, lagunas, e espaço marítimo. Surgiram conflitos de uso que não foram resolvidos até agora, passados mais de 20 anos da implantação.

No Brasil é assim que o poder público tem agido: a vasta maioria das Unidades de Conservação, ao serem implantadas, não indenizaram os antigos proprietários.

Em contrapartida eles continuam com parte de suas práticas dentro do espaço que deveria ser protegido por sua riqueza, beleza, ou biodiversidade, ameaçando os dois lados: o que propõe a proteção da biodiversidade, e aqueles que querem fazer uso delas produzindo.

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