Mergulhadores amadores acham tesouro romano no mar
Faz parte do sonho de muita gente, algo como ganhar na loteria sozinho. Pois foi o que aconteceu com dois mergulhadores amadores, cunhados, nadando apenas com máscara e snorkel em suas férias em Xàbia, cidade costeira turística do Mediterrâneo. Antes de mais nada, eles queriam apenas retirar lixo do local tornando a área mais atrativa. Mas acabaram por descobrir um enorme tesouro formado por moedas de ouro que datam da queda do Império Romano.
Mergulhadores acham tesouro romano no mar
Luis Lens Pardo e César Gimeno Alcalá passavam férias com as famílias em Xàbia, um ponto turístico como muitos outros do Mediterrâneo espanhol.
Incomodados com o lixo marinho, um belo dia alugaram equipamento para mergulho autônomo com objetivo de fazer uma boa ação recolhendo lixo. Em 23 de agosto eles mergulharam na baía Portixol. Então, Luis Pardo percebeu um brilho vindo do fundo.
Desse modo, desceu para investigar e descobriu uma moeda em um pequeno buraco, ‘como um gargalo’ disse ele ao El País.
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Colocaram o achado numa garrafa com água do mar e foram dormir perturbados. No dia seguinte, procuraram as autoridades.
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Universidade de Alicante, e os dois mergulhadores amadores recolhem 53 moedas de ouro
Nos dias subsequentes os parentes Luis e César mergulharam novamente, desta vez acompanhados por especialistas da universidade.
Ao todo eles retiraram 53 moedas do fundo do mar, datadas entre 364 e 408 d.C, além de três pregos de cobre e restos de chumbo deteriorado que parecem fazer parte de uma arca que teria originalmente contido as moedas, segundo a Universidade de Alicante.
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Assim, a equipe liderada por Molina conseguiu identificar e associar as moedas aos imperadores romanos Valentiniano I (três moedas), Valentiniano II (sete), Teodósio I (15), Arcadius (17) e Honório (10). Contudo, existe também uma não identificada. “Não há restos de navios naufragados na área onde foram encontradas”, diz Molina.
“Portanto, provavelmente foi um ato voluntário de ocultação dos bárbaros que avançavam, neste caso, os alanos. A descoberta nos fala de um contexto de medo, de um mundo que está acabando – o do Império Romano. ”
Um rico dono de terras da região era o provável dono
O tesouro é uma das maiores coleções conhecidas de moedas de ouro romanas na Europa. De acordo com o estudo até o momento, elas devem ter pertencido a um importante proprietário de terras da região.
Jaime Molina explicou que ‘entre os séculos IV e V, as cidades estavam em declínio e o poder passou das grandes vilas romanas para o campo”, diz Molina.
“O comércio foi eliminado e as fontes de riqueza tornaram-se a agricultura e a pecuária. Diante do avanço das tribos bárbaras, um desses proprietários deve ter decidido recolher as moedas que não circularam, mas foram acumuladas para determinar a riqueza de uma família”.
Segundo o El País, ‘depois de concluído o estudo, que tentará determinar toda a história econômica que as moedas podem proporcionar, tal como “onde foram cunhadas entre os anos 360 e 409, a liga utilizada e a sua circulação”, o tesouro será recuperado pela Universidade de Alicante, Instituto de Arqueologia e Patrimônio Histórico e, em seguida, exibido no Museu Arqueológico e Etnográfico Soler Blasco em Xàbia.
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É incrível um achado desta envergadura por amadores quando a arqueologia submarina cresce no mundo. Infelizmente, por mais que pesquisássemos, não achamos referência ao valor atual das moedas.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre esta caçada ao tesouro
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Imagem de abertura: Universidade de Alicante
Fontes: https://www.livescience.com/divers-find-roman-empire-coin-hoard-spain?utm_source=SmartBrief&utm_medium=email&utm_campaign=368B3745-DDE0-4A69-A2E8-62503D85375D&utm_content=F02C4070-04A3-4B76-8B3A-44798CE04BDF&utm_term=ed3c52ac-2ab9-4297-b170-3e287353803f; https://english.elpais.com/usa/2021-09-24/amateur-divers-find-perfectly-preserved-roman-treasure-in-spain.html.
Espécies aquáticas invasivas: prejuízos de bilhões de dólares
Esse achado tem duas importâncias distintas.
A mais importante é a histórica, pois nos coloca em contato com objetos de um tempo que só temos ideia de como era a vida nos livros, e permite que arqueólogos, e outros pesquisadores, consigam saber um pouco mais da vida e cotidiano da época em que eram utilizados. Isso é inestimável.
A segunda é sobre o seu valor financeiro. Como muito poucas moedas como essas sobreviveram ao tempo, e menos ainda estão no mercado, as poucas estimativas que podemos ter é em leilões, que são tão raros quanto as próprias moedas, portanto não dá para se estimar um preço, que é, literalmente, o quanto alguém estiver disposto a pagar.
Merecem uma recompensa financeira além da satisfação!
Curioso, nenhum dos comentários louva a fantástica descoberta histórica. A preocupação é com uma recompensa. Indica que aqui as moedas teriam sido derretidas para comprar um celular novo…
O que ganham os descobridores do tesouro? Pelo que li, eles nada ganham. Mas espero que eles tenham alguma recompensa pelo achado.
A satisfação de saber que seu achado é um ‘tesouro é uma das maiores coleções conhecidas de moedas de ouro romanas na Europa’, que vai agora para um Museu para ser admirada por todos. Não é bom o suficiente?
E o museu ganha uma fortuna cobrando ingressos e eles , que acharam o tesouro, ficam de mãos vazias? Tem algo errado nisso…
Muito bem observado!
Eu jamais entregaria. Venderia no cambio negro.aa
Depois disso, devem ter esquecido do lixo rsrsrs