Garrafas e embalagens de plástico: vendas aumentam apesar da hiper poluição
Os resultados da Campanha para Proteger a Inglaterra Rural (CPRE) revelam que as vendas globais de contêineres de bebidas devem atingir 1,9 trilhões em 2019 – acima dos 1,6 trilhões em 2015. Governos sérios mundo afora, se preocupam com o problema. E procuram domar a extravagante indústria do plástico que, até o momento, finge que não é com eles. Enquanto isso, no Brasil o despreparado Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, insiste que seu objetivo é a agenda ambiental urbana, sem, entretanto, definir políticas ou prioridades. Boa escolha, se ela não estivesse na pauta para disfarçar as trapalhadas em série produzidas na gestão atual. Seria uma bela meta se houvesse planos consistentes. Garrafas e embalagens de plástico são o tema de hoje.
Garrafas e embalagens de plástico: vendas aumentam
Já dissemos outras vezes que, se é isto que quer o neófito, uma agenda ambiental urbana, o objetivo número um deveria ser a revisão da Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma triste herança, esta sim, ‘esquerdista’, do nefasto período dos Governos PeTralhas. Simultaneamente, cobrar o justo preço aos produtores de plástico. Por quê? Ora, apesar de tudo, a indústria vai na contramão do drama mundial. Aumenta sua produção, e não diminui a produção de tipos de plástico não recicláveis.
Rejeitar os esforços de lobby da indústria e implementar programa de devolução de depósitos
É o que os ingleses procuram fazer. No ano passado, o governo do Reino Unido comprometeu-se a introduzir um sistema de devolução de depósitos na Inglaterra. Samantha Harding, diretora do programa de lixo da CPRE, disse que o governo deve rejeitar os esforços de lobby da indústria e implementar um robusto programa de devolução.
“Vamos pedir ao secretário de Meio Ambiente, Michael Gove, que aproveite e vá em frente, certificando-se de que todas as embalagens de bebidas também estejam incluídas no sistema de depósitos da Inglaterra”, disse ela.
Tornar a indústria responsável pelo custo das embalagens
Harding disse que a introdução de um sistema de depósito abrangente não só aumentaria as taxas de reciclagem para perto de 100%, mas também faria os produtores de embalagens de bebidas “justamente responsáveis pelo custo de cada peça de embalagem que eles criam”.
“Isso irá encorajá-los a usar mais materiais reciclados, o que reduzirá o desperdício, e nos colocará um passo mais perto da economia circular de que nosso planeta precisa tão desesperadamente”, disse ela. E prosseguiu, “Com as vendas globais aumentando, está claro que o consumo de latas de bebidas, garrafas e caixas atingiu proporções epidêmicas. Sem ação imediata, nosso campo e meio ambiente continuarão pagando o preço pelas ações descuidadas dos produtores desses produtos ”.
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Eis aí, caro ministro Salles, um belo exemplo que deveria gerar cópias também no Brasil. O grupo de Harding convocou um dia internacional de ação, com organizações em 25 países em cinco continentes para liberar uma série de fotografias aéreas e vídeos de mensagens escritas em encostas, praias e prédios pedindo por um planeta limpo. “Estamos unidos a ativistas de todo o mundo, exigindo sistemas de devolução de depósitos para enfrentar a crise ambiental causada por contêineres de bebidas”. Em uma declaração conjunta, os defensores do Planeta Limpo disseram: “A escala do problema da poluição requer ação global imediata. Agora é a hora de todos os governos do mundo se levantarem e agirem contra a devastação ambiental causada pelas latas de bebidas, garrafas e caixas – não podemos esperar mais por um planeta limpo.”
Bons exemplos geram cópias
Ouviu, ministro? Convenhamos, uma ação nesta direção não é tão difícil. Exige um trabalho de convencimento, baseado nos fatos. Estude a forte indústria do plástico no Brasil. Em seguida, chame- os para a discussão. Claro que o consumidor também deve ser levado a fazer sua parte, sob pena de sofrer penalidades legais. Mas não existe outro meio. Vamos lembrar que a maioria dos tipos de plásticos usados pela indústria, no Brasil e no mundo, são impossíveis de reciclar. Do total da produção mundial, desde o invento do material na década de 50 do século passado, só 9% foi reciclado. O resto permanece no meio ambiente, o plástico não se desfaz. No máximo se transforma em outro problema, o microplástico.
Imagem de abertura para Garrafas e embalagens de plástico – /Getty Images/iStockphoto.
Fonte – https://www.theguardian.com/environment/2019/may/09/runaway-consumption-2tn-drinks-containers-being-used-every-year.
Prezado Tetsuo Shimura, o congratulo pelas suas atitudes e comportamento exemplar. Sou de São Paulo – Capital no Bairro de Vila Maria Alta e criei um projeto chamado Doutor Eco Planet onde retiro óleo de cozinha usado, lixo eletrônico, vidros, tampinhas plásticas, lacres de alumínio, esponjas de louças etc…Me questionaram perguntando o por que faria isso? Onde eu ia chegar sozinho e simplesmente respondi…NÃO ESTOU SOZINHO, SÓ ESTAMOS ESPALHADOS!!!
Um fraterno abraço!!!
Poderia por favor esclarecer a afirmação de que a maioria dos plásticos não é reciclável? Tenho a informação exatamente contrária. O problema seria o destino do rejeito.
Só digo uma coisa: o lixo de minha casa é separado e o que pode ser reciclado eu levo para a central de reciclagem da minha cidade. Não me custa nada.
José até quando seremos ser dependentes de partidos políticos. Brasília é o espelho da nossa sociedade, portanto se não fazem nada é porque não damos “inputs para que façam insights” Se é que me entendes.
José Souza não sei qual a sua idade, mas até um passado recente comprar refrigerantes ou cervejas num supermercado era bem trabalhoso, pois você levava as garrafas dentro de engradados e tinham de ser inspecionadas por um funcionário que te dava um “vale garrafas” ou do contrário te cobravam os líquidos mais os vasilhames.
O problema não foi o PT ou PSDB etc, mas cada CIDADÃO que canta “eu sou brasileiro, com muito orgulho….” mas não aprendeu a manter sua casa limpa e, por casa entenda onde vivemos. É tão simples e não dependem de reformas, PEC ou medidas provisórias… e não matam ninguém ou aumentam impostos.
Precisa-se conscientizar o povo de tudo, povo, na maioria sem nenhum conhecimento consequente ou responsavel, é facil, é so nao comprar ou adquirir o produto embalado em embalagens deste tipo, ai ele, o comerciante vai ver a causa..
Valdir precisamos sim de acabar com ideias de que existam seres supremos para conscientizarem os pobres mortais; acaso conscientizaram aos humildes de pobres sobre os recursos dos smartphones com seus whatsapp e outros milhares de aplicativos??? Em sua frase “povo, na maioria sem nenhum conhecimento consequente ou responsavel” você embute um racismos porque antes da eleição de Lula eu conheci professores com titulação de PhD de escolinhas como USP, Unicamp e Unesp onde alguns deles iam para comícios do molusco então que tal deixar de falar do povo como se fossem estúpidos e adestráveis????
Da mesma forma que se fala do plástico como poluidor, esses mesmos que pedem o fim do plástico se esquecem da poluição do ar, que mata diretamente os seres humanos. Que tal grande campanha para eliminar os ônibus e caminhões a diesel? Por que não investir em carros elétricos ou de outros combustíveis alternativos não poluentes? E o que irá substituir o plástico (o reciclável é caro e é claro que a conta será enviada ao consumidor…)? Papel? Hajam florestas…
Paulo todo investimento precisa de retorno e tempo. Quem você acha que está disposto investir com as condições brasileiras???
uMA VEZ, QUANDO AINDA ERA CRIANÇA/ADOLESCENTE, SE USAVA MUITO LATAS E VIDROS SERA QUE NAO DARIA PRA CONTINUAR AINDA USANDO?????
O fantástico é que somos todos como avestruzes se é que é verdade que estas aves enfiam as cabeças diante do perigo e nós, super, mega hipócritas agimos como sempre varrendo as sujeiras para debaixo dos tapetes (por isto eu não tenho tapetes).
Eu desde criancinha fui “forjado” por pais japoneses que por sua vez foram criados com respeito a natureza e aos 5S e jamais dispus lixos na rua e cheguei ao cúmulo de, enquanto fumante, apagar o cigarro e guardar as guimbas no bolso até encontrar um cesto de lixo. Hoje faço seleções de lixos que descarto e a maior parte é de plasticos ainda que eu tente reduzi-los em volume, vidros e latas costumo lava-los e no caso de latas, uso amassar.
Desde criança ouvia dizerem que uma andorinha não faz verão, mas continuo com meus preceitos e não precisarei me sentir culpado pelo lixo em que transformamos nossa casa, TERRA.
Prezado Tetsuo Shimura, o congratulo pelas suas atitudes e comportamento exemplar. Sou de São Paulo – Capital no Bairro de Vila Maria Alta e criei um projeto chamado Doutor Eco Planet onde retiro óleo de cozinha usado, lixo eletrônico, vidros, tampinhas plásticas, lacres de alumínio, esponjas de louças etc…Me questionaram perguntando o por que faria isso? Onde eu ia chegar sozinho e simplesmente respondi…NÃO ESTOU SOZINHO, SÓ ESTAMOS ESPALHADOS!!!
Um fraterno abraço!!!