Coquetel de medicamentos contamina animais marinhos
Antecipadamente, não faltam problemas nos oceanos. Muito menos, ameaças à vida marinha. Mas, infelizmente, nos vemos obrigados, a abordar este perigo estampado na mídia: Coquetel de medicamentos contamina animais marinhos. Guardian, Fish on drugs: cocktail of medications is ‘contaminating ocean food chain’ (Peixes sob efeito de drogas: coquetel de medicamentos está ‘contaminando a cadeia alimentar dos oceanos’); Adviseeating.com, Drugged fish: Drug cocktail contaminating ocean food chain | Fish – Advice Eating (Peixes drogados: coquetel de drogas contaminando a cadeia alimentar dos oceanos), só estas duas manchetes já dão o tom.
Peixes sob efeito de drogas nos Estados Unidos e aqui também
Antes de tudo, estudo feito na Flórida encontrou vestígios ‘difundidos’ de um total de 58 medicamentos. Ele inclui, até mesmo, drogas para o coração, opioides, antidepressivos e, além disso, antifúngicos.
Ainda assim, não é novidade. Anos atrás, conversando com Frederico Brandini, então, diretor do Instituto Oceanógrafo da USP, ele falou da quantidade de remédios como Prozac, e outros, descartados pela urina nos mares.
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A princípio, o coquetel fez desaparecer da Flórida uma das espécies mais populares e abundantes o Bonefish, considerado ‘a única espécie com distribuição global’, contudo, hoje, sabe-se que há outras.
Seja como for, o Bonefish (Albula vulpes), de pequenas escamas prateadas e delgadas, um dos preferidos dos pescadores esportivos e, alem do mais, uma delícia para comer está sumindo.
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Atualmente, espécie é protegida por leis de captura, o pesque e solte, além do mis, reverenciada por pescadores de todo o mundo, muitos dos quais, visitam a Flórida gerando divisas em turismo.
Populações caíram mais de 50% em quatro décadas
Ainda assim, segundo pesquisadores as populações caíram mais de 50% em quatro décadas. De acordo com o Guardian, Jennifer Rehage, Universidade Internacional da Flórida (FIU), conversou com pescadores, ‘Pesquei [bonefish] todos os meus anos da vida, mas, não consigo encontrá-los. Além do mais, não vejo um há cinco anos; assusta”, disseram.
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Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezaisCaiçaras do Lagamar emitem nota aos Governos de SP e PRCOP16, Quadro Global para a Biodiversidade: situação críticaDesse modo, a realidade fez com que a pesquisa fosse iniciada. Nos últimos três anos, Rehage liderou o estudo para descobrir o motivo, em consequência, descobriu a poluição farmacêutica.
Publicado em fevereiro de 2022, mostra que, ‘dos 93 bonefishes examinados, todos testaram positivo para, pelo menos, um medicamento, incluindo, drogas para o coração, opioides, antifúngicos e, até, antidepressivos’.
Mundo superpopuloso e seus tabus
Por isso, é mais um risco deste mundo superpopuloso. Recentemente, mostramos que a água dos rios enfrenta o mesmo problema, assim como, a vida aquática.
Aproveitamos, e chamamos a atenção para o fato de que o planeta não está preparado. É preciso mais discussão sobre temas tabus, controle de natalidade. Também comentamos que a poluição chegou, até mesmo, na Antártica.
Elefantes marinhos contaminados na Antártica
Mostramos, no post, descobertas de Adauto Bianchini da FURG, que estuda elefantes marinhos atrás de soluções para obesidade. Todavia, ao analisar o sangue dos animais Bianchini descobriu compostos sintéticos, remédios usados mundo afora, descartados, que chegaram até lá interferindo na fauna!
Bonefish testado mostrou resultados positivos para 17 produtos farmacêuticos
Guardian, ‘Em 56% dos peixes, os pesquisadores detectaram quantidades farmacêuticas em níveis “acima dos quais esperamos efeitos negativos”, segundo o estudo’.
‘Um bonefish amostrado em Key West testou positivo para 17 produtos farmacêuticos – oito antidepressivos que estavam até 300 vezes acima do nível terapêutico humano’.
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Contaminação da cadeia alimentar dos animais marinhos
‘Pesquisadores, também, estudaram 125 animais dos quais os bonefishes se alimentam, camarões, caranguejos e pequenos peixes. Cada um continha uma média de 11 contaminantes, indicando, que a contaminação não se limita ao bonefish’.
Segundo Jennifer Rehage, ainda não há informações suficientes para vincular diretamente o declínio do bonefish com as drogas, mas, “o potencial para produtos farmacêuticos serem problema é formidável e preocupante.”
O Guardian mostra outros dados. Quase 5 bilhões de medicamentos são prescritos anualmente, apenas, nos EUA e o americano médio tem cerca de 12 prescrições por ano.
Os produtos chegam à água de várias maneiras, inclusive, por meio da fabricação e do escoamento da água da chuva, mas, as águas residuais de seres humanos e do gado são das principais causas, especialmente, as que os seres humanos mandam para o vaso sanitário.
E, então, vamos abrir a pauta para o controle de natalidade?
Imagem de abertura: wwww.myaquarium.com.br.
Claro!! Primeiro texto que leio que vejo uma abertura para olhar para (usando suas palavras) o controle de natalidade. [clap!clap!clap!]