Mata Atlântica, Ricardo Salles recua mas ameaça persiste
Depois da enorme polêmica criada pelo ministro do Meio Ambiente em 6 de abril, com um despacho que anistiava proprietários rurais por destruição da Mata Atlântica, Ricardo Salles recua mas a ameaça persiste. Foi mais uma derrota da marionete de Jair Bolsonaro e sua política ambiental descalibrada. A Mata Atlântica, bioma mais ameaçado no País, chamou a atenção do público que reagiu à altura (post de opinião).
Mata Atlântica, Ricardo Salles revoga ato de anistia a desmatadores
Menos de um mês depois do ato e da guerra de anúncios entre ONGs e entidades ruralistas, a destruição da legislação ambiental brasileira, e consequente aumento do desmatamento, ganhou as manchetes mundiais outra vez. E prejudicou mais ainda a arranhada imagem externa do Brasil como se verá abaixo. A pressão obrigou Ricardo Salles a retroceder.

Véspera do dia mundial do meio ambiente, a boa nova
Em 4 de junho, véspera do dia mundial do meio ambiente, a mídia destacou o recuo.
G1: “Ricardo Salles revoga ato que permitia cancelar infrações ambientais e regularizar invasões na Mata Atlântica.”
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Ilhabela em último lugar no ranking de turismo 2025Garopaba destrói vegetação de restinga na cara duraCores do Lagamar, um espectro de esperançaFolha de S. Paulo: “É o caso de revogar’, diz Salles sobre despacho que regularizava invasões na mata atlântica.”
E no dia do meio ambiente, 5 de junho, O Estado de S. Paulo publicou o editorial, “Manchando o Brasil e o agronegócio.”
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A ameaça à Mata Atlântica persiste
A revogação foi publicada no Diário Oficial da União mas, como informa a Folha a quem Salles deu entrevista,”o ministro disse que invalidou o despacho e que o governo decidiu ingressar com uma ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), tentando assim evitar questionamentos jurídicos.”
Depois do barulho, e do Ministério Público Federal ter solicitado a anulação da medida, Salles passou a batata quente para o Supremo Tribunal Federal. Portanto, temos que aguardar.
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Com um ano e meio de mandato, Jair Bolsonaro conseguiu unir os inimigos do agronegócio mundo afora. Na primeira semana de maio duas notícias, uma da Europa, outra dos Estados Unidos, demonstram a escalada das ameaças aos produtores rurais brasileiros.
Em 4 de junho o G1 abriu a manchete: “Comitê da Câmara do EUA diz que se opõe a qualquer acordo comercial com o Brasil.”
E a Deutsche Welle publicou, “Parlamento da Holanda rejeita acordo UE- Mercosul.”
O editorial do Estadão explicou: “Especialista em manchar a imagem do Brasil, o governo Bolsonaro acaba de marcar mais um gol contra o País. O protecionismo europeu, especialmente forte no setor agrícola, teve o ponto contado a seu favor. O Parlamento holandês aprovou moção contra o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.”
O Mar Sem Fim relembra que o acordo UE-Mercosul levou nada menos que 20 anos para ser negociado. Mas um ano e meio de Bolsonaro et caterva foram suficientes para colocá-lo em xeque.
Editorial do Estadão: “O Parlamento austríaco já havia votado contra o acordo. Se nada mudar, o governo da Áustria terá de se opor à ratificação. O governo holandês ainda está livre para votar a favor, mas o acúmulo de pressões contrárias, em toda a Europa, é inegável. A questão ambiental é parte dos desentendimentos entre os presidentes francês e brasileiro. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, evitou, até agora, comprometer-se com a aprovação final do acordo.”
“Comitê da Câmara dos EUA se opõe a acordo comercial com Brasil”
No mesmo dia deste editorial, a seção de Economia do jornal publicou a matéria, “Comitê da Câmara dos EUA se opõe a acordo comercial com Brasil.” Marcelo Godoy, o autor, explicou: “Em uma ação inédita contra o Brasil, que barra qualquer pretensão de se ampliar acordos comerciais com os EUA, 24 deputados democratas da Comissão de Orçamento e Tributos (Ways and Means) da Câmara dos Deputados dos EUA informaram na quarta-feira ao escritório comercial da Casa Branca que “têm fortes objeções à busca de qualquer acordo comercial ou à expansão de parcerias comerciais com o Brasil do presidente Jair Bolsonaro”
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E qual a razão desta decisão?
Marcelo Godoy contou que a reação americana aconteceu depois de uma conversa com o chanceler Ernesto Araújo ‘que desejava intensificar a parceria econômica com o Brasil’. O deputado Richard Neal declarou:
Em resposta, nós julgamos importante enumerar a litania de razões pelas quais consideramos inapropriado que a administração abra discussões sobre parcerias econômicas de qualquer tipo com o líder brasileiro que desrespeita o estado de direito e ativamente desmantela árduas conquistas de direitos civis, humanos, ambientais e trabalhistas.
Para Rubens Ricupero, ex-embaixador em Washington ouvido pelo jornal, a atitude “enterra qualquer possibilidade de acordo enquanto a Câmara tiver maioria da oposição ao republicano Donald Trump. “Nunca vi um documento assim. Ela é a mais importante comissão do Congresso americano.Essa carta significa que nenhum acordo com o Brasil será feito enquanto a Câmara tiver maioria democrata.”
E daí, Jair Bolsonaro?
Imagem de abertura: Nacho Doce/Reuters










Não adianta reclamar agora. Essa é a escolha que fizemos, como povo, em 2018. Diga-se o que quiser de Bolsonaro, mas ele é, talvez, o presidente que mais cumpriu suas promessas de campanha, e mais fiel tem sido aos ideais que defendeu a vida inteira. O ataque contínuo às instituições democráticas, num escalada autoritária e fascista; a destruição do meio-ambiente para atender a uma concepção retrógrada de “progresso”; a substituição de uma ideologia “progressista”, com forte viés socialista e laicista, por outra “reacionária”, com viés conservador e religioso, nos meios educacional, acadêmico e cultural; a contenção e, se possivel, reversão de avanços nos direitos sociais de minorias (indígenas, homossexuais) e de maiorias oprimidas (mulheres, negros); a defesa do “direito” das pessoas se armarem o quanto quiserem, a pretexto de autodefesa, mas também para formar milícias e confrontar opositores políticos. Tudo isso foi defendido desde sempre por Bolsonaro, sua gangue, e seus agregados ― vários grandes empresários, pastores evangélicos, oficiais militares, odiadores de petistas, influenciadores digitais, lavajatistas, olavistas, e todos os que se deixaram liderar e influenciar por eles. A maioria dos eleitores resolveu dar uma chance a essa visão de mundo, a esse projeto de poder. Estamos tendo exatamente aquilo que quisemos.
Como pode um elemento desde ser Ministro do Meio Ambiente ????
Alias o governo Bolsonaro sempre teve a primazia de ser anti-ecológico e o tal do ministro segue o protocolo de puxa saco
E a declaração dele de ” Aproveitar o momento da Pandemia e PASSAR A BOIADA ” mostra o monstro que esconde atras deste Ministro , com a sua de falta de respeito com as famílias que perderam seus enter queridos .
Esse ministro é malandro e mau carater. Prova é a sua participação na celebre reunião em que o presidente desta infeliz Nação mostrou toda sua educação e mau carater, tambe´m…
Esse ministro ignorante e mau caráter quer acabar com as matas e toda a alta floresta do Brasil.
Como pode tamanho ser do mau continuar nesse cargo e fazendo tanta porcaria?
PARA ESSES AMERICANOS,O GOVERNO DO BRASIL TEM QUE AGIR IGUAL AQUELE CHAMADO POR UM EX PRESIDENTE AMERICANO DE (ESSE É O CARA)