Anel de Fogo do Pacífico: a região com mais vulcões no planeta
O Anel de Fogo do Pacífico é uma faixa em forma de ferradura que circunda o oceano Pacífico e concentra entre 750 e 915 vulcões — aproximadamente 75 % de todos oc vulcões do planeta. Essa intensa atividade está diretamente ligada à subducção dc múltiplas placas tectônicas ao longo da costa do Pacífico e engloba cerca de 90 % dos terremotos globais. Países como Japão, Indonésia, Rússia, Chile, Costa Oeste das Américas e Nova Zelândia fazem parte dessa região de elevada instabilidade geológica.
O que é o Anel de Fogo do Pacífico
Apesar do nome, o Anel de Fogo do Pacífico tem formato de ferradura. Ele circunda quase todo o Oceano Pacífico e cobre cerca de 40.000 quilômetros. A região concentra intensa atividade geológica.
O Anel de Fogo reúne cadeias de montanhas, fossas oceânicas e arcos de ilhas vulcânicas. Ele se estende pela costa oeste das Américas: do Chile, no sul, até as ilhas Aleutas, no Alasca. Depois cruza a Ásia, passando pelo litoral da Sibéria.
A faixa continua pelo leste e sudeste da Ásia, incluindo Japão, Filipinas e Indonésia. Segue por Papua-Nova Guiné e termina na Nova Zelândia.
As placas tectônicas
O Anel de Fogo do Pacífico acompanha quase toda a costa do Oceano Pacífico, além de circundar as bordas da gigantesca Placa do Pacífico, uma das 14 placas tectônicas principais que formam a crosta terrestre. Segundo a DW, a cadeia vulcânica começa no Oceano Índico e segue pela Indonésia, Sumatra e Malásia até alcançar a Placa das Filipinas.
A partir daí, o Anel percorre a Placa do Pacífico e ainda cruza outras importantes placas tectônicas:
Placa Juan de Fuca, em frente à costa do Canadá e dos estados americanos de Washington e Oregon.
Placa de Cocos, no Pacífico, em frente à América Central.
Placa de Nazca, em frente à América do Sul.
Essa convergência de placas provoca alta atividade sísmica em toda a região. Elas se movimentam em direções e velocidades diferentes. Quando a Placa do Pacífico colide com as placas vizinhas, ocorrem terremotos e erupções vulcânicas.
A importância das placas tectônica no Anel de Fogo
Segundo a Britannica, o Anel de Fogo circunda as bordas da gigantesca Placa do Pacífico, uma das 14 placas tectônicas principais que formam a crosta terrestre. Além delas, existem outras 38 menores. Todas se movimentam em direções distintas e em velocidades diferentes. Quando a Placa do Pacífico colide com as placas vizinhas, ocorrem terremotos e erupções vulcânicas.
Esses eventos extremos podem gerar tsunamis destrutivos, como o Mar Sem Fim já mostrou em reportagens anteriores.
Quando o processo acontece no fundo do oceano, podem surgir ilhas vulcânicas. Foi o que ocorreu nas Ilhas Marianas, arquipélago situado no limite entre a Placa das Filipinas e a Placa do Pacífico.
Os perigos ao clima e à vida
O Anel de Fogo do Pacífico também influencia o clima. Os vulcões ativos na porção do Pacífico a oeste da América, somados a outros fatores, aquecem as águas do oceano perto do Peru. Esse aquecimento provoca anomalias climáticas cíclicas. Entre elas estão o El Niño e a La Niña, de curto prazo, e a Oscilação Decadal do Pacífico, de longo prazo.
Contudo, o risco não é igual em toda a extensão do Anel de Fogo. Ele é maior em áreas elevadas ou próximas aos limites das placas tectônicas. A segurança pessoal depende da qualidade da arquitetura e das medidas de prevenção de desastres adotadas.
Um sistema sob constante pressão
A agência de notícias alemã DW lembra que o Anel de Fogo do Pacífico vive sob constante pressão. As erupções de abril de 2020, por exemplo, não causaram vítimas nem grandes danos. Foram apenas mais um susto em plena pandemia de covid-19.
