Submarino nuclear da Marinha do Brasil não escapa à propina e corrupção. Pobre Brasil.
15/12/16 – O Estado de S. Paulo, Fabio Serapião e Beatriz Bulla, título: Odebrecht relata propina para projeto de submarino nuclear da Marinha.
Submarino Nuclear da Marinha do Brasil: o início
O programa de construção do submarino nuclear, Prosub, orçado inicialmente em 6,7 bilhões de euros (cerca de R$ 23 bilhões, segundo cotação atual), só saiu do papel após parceria com a França. Foi lançado em 2008, no Governo Lula. A ideia era construir quatro submarinos convencionais, e um nuclear. Segundo a Marinha o projeto
O Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) da Marinha do Brasil foi criado decorrente da Estratégia Nacional de Defesa. O objetivo da produção de cinco submarinos no Brasil – 4 convencionais e um de propulsão nuclear – é a defesa da chamada Amazônia Azul. A Marinha do Brasil conta hoje com cinco submarinos construídos na década de 1980 e 1990 para defesa desse território marítimo. De acordo com a Marinha, à medida que os novos submarinos forem finalizados, os antigos serão aposentados.
O Estado de S. Paulo informa que a empresa francesa DCNS, escolhida para a empreitada, e transferencia de tecnologia ao país, decidiu-se pela Odebrecht na parceria nacional. Detalhe: não houve licitação.
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O Estado relata que,
Em seu acordo de colaboração com a Justiça, a Odebrecht vai detalhar os bastidores de pagamentos por meio do Setor de Operações Estruturadas. O departamento da propina, relacionados ao Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) da Marinha do Brasil. Nas tratativas com a Procuradoria-Geral da República foram citados ao menos dois pagamentos efetuados no exterior por meio de offshore e que não poderiam aparecer na contabilidade oficial da empreiteira.
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Ex- Almirante Othon Pinheiro da Silva, e empresário José Amaro Pinto Ramos ex-presidente da Eletronuclear acusados de receber pagamentos não contabilzados
O jornal diz que
As informações fazem parte das negociações da delação do executivo Luiz Eduardo Soares, funcionário do Setor de Operações Estruturadas, com os investigadores da Lava Jato. O Estado apurou que também participaram das operações envolvendo o projeto do submarino os executivos Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e Fabio Gandolfo, representante da Odebrecht na Marinha para o Prosub e na Eletronuclear
Os pagamentos
O Estadão apurou que
no caso dos pagamentos ao almirante, a transação foi efetuada por meio de uma offshore indicada pelo operador Paulo Sérgio Vaz de Arruda. Othon Pinheiro foi preso em duas fases da Lava Jato: a Radiotividade e a Pripyat, acusado de corrupção nas obras da usina de Angra 3
Ex- Almirante Othon Pinheiro da Silva teria recebido 4,5 milhões
Segundo o Estadão o
operador da Odebrecht, contou aos investigadores ter atuado no apoio para que a empresa pagasse 4,5 milhões de euros ao almirante. O pagamento foi realizado na conta da offshore Iberoamerica Projectos Empreendimentos Y Consultoria S.A, indicada ao executivo por Vaz de Arruda.
E ainda,
Além dos pagamentos para Othon, o executivo citou pagamentos do departamento de propina para José Amaro Pinto Ramos’ ele seria representante dos franceses. Sócio de familiares do Othon Pinheiro, na Hydro Geradores e Energia, José Amaro já apareceu em ao menos dois grandes casos de corrupção
Finalmente, diz o jornal,
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O ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho informou no anexo de delação premiada que a empresa contava com um executivo de relações institucionais para apoio ao projeto do submarino em Brasília, chamado Rubio Fernal e Souza
Sobrepreço na construção da Base Naval do Estaleiro da Marinha, em Itaguaí, RJ
A corrupção não se restringiu ao chefe do projeto, ex- Almirante Othon Pinheiro da Silva, ex- presidente da Eletronuclear. Diz o Estado,
Em agosto do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou sobrepreço de R$ 406 milhões na construção da Base Naval do Estaleiro da Marinha, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A estrutura faz parte do programa brasileiro
Ex- Almirante foi condenado em Agosto a 43 anos de prisão por crimes em obras de Angra 3
Othon Pinheiro da Silva foi condenado por irregularidades na construção da terceira usina nuclear brasileira. Ela ainda não está em funcionamento. O site da Marinha do Brasil, www.naval.com.br confirma:
O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado ontem a 43 anos de prisão por crimes cometidos durante as obras da usina nuclear de Angra 3. Outras 12 pessoas envolvidas também foram condenadas.
2016 o ano em que a casa caiu
Que termine logo. Este foi um ano que envergonhou os brasileiros. Para qualquer lado que se olhe o que se vê é corrupção. Desvio de dinheiros públicos. Promiscuidade dos agentes públicos, uma total esculhambação. Até mesmo os necessários submarinos brasileiros, construídos para substituir os antigos e vigiar a Amazônia Azul, não escaparam da corrupção.
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Taí, pra quem quiser.