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Sequestro de navio agora com uso de helicóptero

As águas somalis têm um grande potencial para a pesca, mas navios de pesca estrangeiros, muitos operando ilegalmente, comprometem a sustentabilidade. O setor pesqueiro somali, por sua vez, é pequeno e pouco desenvolvido. Por isso, pescadores artesanais locais passaram a ver esses navios como uma ameaça aos seus meios de subsistência tradicionais. Em resposta, formaram grupos armados para afastar o que consideravam invasores. Esses grupos, operando em pequenos barcos motorizados, começaram sequestrando pesqueiros para pedir resgate e depois passaram a atacar grandes navios. Entre 2007 e 2012, um aumento dramático na pirataria marítima na costa da Somália atraiu atenção global. Mais de trezentos navios mercantes foram sequestrados, com pedidos de resgate variando de US$ 200.000 a US$ 10 milhões, segundo informações do www.researchgate.net. Atualmente, os sequestros de navios são realizados com o auxílio de helicópteros.

sequestro de navio com helicóptero.
Imagem, www.gcaptain.com.

Navio Galaxy Leader inaugura nova fase de sequestros

Construído em 2002, o navio transportador de veículos Galaxy Leader, de propriedade britânica e operado pelo Japão, navega atualmente sob a bandeira das Bahamas. Militares, usando um helicóptero, sequestraram ilegalmente o navio, que agora se encontra no porto de Hodeidah, no Iêmen.

A Galaxy Maritime Ltd., com sede na Ilha de Man, informou em um comunicado que todas as comunicações com o navio se perderam. De acordo com a CBC, os Houthis divulgaram na segunda-feira, 20/11, imagens de vídeo mostrando homens armados descendo de um helicóptero e apreendendo o navio de carga no sul do Mar Vermelho, um navio que eles identificaram como israelense.

A filmagem, divulgada pelo canal de TV do movimento Houthi, Al Masirah, do Iêmen, surgiu após a apreensão do navio pelo grupo apoiado pelo Irã no sul do Mar Vermelho.

A Guerra entre Israel e Hamas

A guerra serviu como pretexto para mais um sequestro recente. Segundo o site gCaptain, na semana passada, o líder dos Houthis advertiu que navios vinculados a Israel na região seriam alvos em meio ao conflito Israel-Hamas.

O gCaptain reporta que a empresa japonesa de navegação NYK, que fretou o navio, afirma que ele não transportava carga no momento do sequestro. A empresa está empenhada no retorno seguro dos 25 tripulantes a bordo.

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O gCaptain informa ainda que a empresa de navegação japonesa NYK afirma ser o fretador. A empresa diz que o navio não estava carregando nenhuma carga e que está trabalhando no retorno seguro de todos os 25 membros da tripulação a bordo.

Por outro lado, a Bloomberg relata que o proprietário do navio é o empresário israelense Rami Ungar. A mesma fonte acrescenta que os Houthis frequentemente reivindicam ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Omã. Eles também realizaram ataques nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita com drones e mísseis, como em 2019, quando afetaram significativamente a produção de petróleo saudita.

Enquanto isso, o Irã, através do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, negou envolvimento na apreensão do navio. Kanaani declarou que grupos de resistência no Oriente Médio agem e tomam decisões baseadas em seus próprios interesses.

Finalmente, um porta-voz da Nippon Yusen informou que os tripulantes do navio são da Bulgária, Ucrânia, Romênia, México e Filipinas. O Galaxy Leader havia descarregado sua carga em um porto na Turquia e estava a caminho do terminal de Pipavav, na costa da Índia.

Assista ao sequestro

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