APA de Cairuçu, Paraty, Rio de Janeiro

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APA de Cairuçu, Paraty, Rio de Janeiro

APA de Cairuçu, Paraty, RJ é a primeira das unidades de conservação que visitamos no Rio de Janeiro. Esta UC ficou 15 anos no papel antes de ser implementada (decreto de criação 1983), situação comum das UCs marinhas (e terrestres também).

Assista à primeira parte de nossa visita

Área de Proteção Ambiental de Cairuçu - Parte 1- Episódio 19

Bioma: Marinho Costeiro

Município: Paraty, Rio de Janeiro

Área: 32.610,4600 hectares

Criação: 27 de dezembro de 1983

Tipo: Uso Sustentável

Plano de Manejo: a APA de Cairuçu tem Plano de Manejo desde 2005. Atualmente o plano passa por revisão.mapa com a localização da APA de Cairuçu, em Paraty, RJ

Superadensamento e a falta de serviços públicos como saneamento básico

O Governo Federal cria as Unidades de Conservação normalmente pressionado, depois empurra com a barriga, contentando-se com o ato registrado, demorando anos, às vezes décadas, até nomear seus gestores e dar-lhes as mínimas condições (pessoal e equipamento) de exercerem seu papel.

A consequência, neste caso, foi a ocupação de cerca de um terço das ilhas que fazem parte da Unidade de Conservação. Mas, apesar de grave, este não é o maior problema desta UC que ainda enfrenta forte especulação imobiliária, o superadensamento  a falta de serviços públicos como saneamento básico, e ainda o turismo de massa.

Pudera, ela está na fronteira entre os dois estados mais ricos e populosos do país: São Paulo e Rio de Janeiro, e no entorno de uma das cidades com maior apelo turístico da orla brasileira: Paraty.

Porque não são criadas novas UCs marinhas

Não é de admirar que novas UCs não sejam criadas como aconteceu no primeiro mandato do Governo Dilma (durante seus primeiros quatro anos de governo  apenas quatro Resex foram criadas, mesmo assim só no finalzinho, às portas do segundo turno, quando Aécio Neves parecia se tornar o “fiel depositário” do eleitorado de Marina Silva).

Propor uma nova UC ao Congresso significa comprar briga com as muitas bancadas contrárias.

Assim tem sido tratado o meio ambiente marinho, e parece que assim continuará. A conversa possível, o entendimento desejado entre ambientalistas e ruralistas, está cada vez mais longe.

De um lado há, de fato, atrasos insuportáveis das licenças do Ibama. De outro a radicalização persiste. A tendência é que os pleitos dos ambientalistas continuem boicotados. Os ruralistas, aquinhoados com o Ministério da Agricultura comandado por Katia Abreu, uma de suas lideranças, estão mais fortes que nunca.

Assista à segunda parte de nossa visita à APA de Cairuçu.

» Expedição na APA de Cairuçu, leia mais sobre a nossa visita.
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