Peixes ornamentais, conheça o mercado no Brasil e no mundo
“O mercado global de peixes ornamentais cruzou os US$ 4,2 bilhões em 2017. E deverá crescer, entre 2019 e 2024, com uma CAGR (taxa de crescimento anual composta) de mais de 7,85%, em termos de valor. A previsão é que alcance cerca de US$ 6,2 bilhões até 2024. Com proibições crescentes de manter animais domésticos como cães e gatos em apartamentos, os aquários se tornaram uma característica importante da decoração das casas. Além disso, o crescente interesse da pesca tem impulsionado o crescimento das vendas deste segmento e deverá impulsionar a demanda nos próximos cinco anos.” Os dados são da techsciresearch.com.
Mercado de peixes ornamentais no Brasil
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2017 o mercado pet movimentou R$ 20,3 bilhões. É um número extraordinário. Mas, dentro dele, o mercado de peixes ornamentais não é tão pujante. O Portal da Embrapa (2018) diz que “o Brasil ocupa apenas o 13º lugar, com U$ 6.570 milhões em exportações.” Já o Portal da APEX diz que “O Brasil tem hoje 725 espécies liberadas para comercialização, das mais de 4 mil catalogadas na fauna local. Somente em 2013, o País exportou cerca de US$ FOB 10,5 milhões. Desse montante, o estado do Pará foi responsável por mais de US$ FOB 8,2 milhões. As espécies de maior valor entre os aquariofilistas são endêmicas do Brasil, como a raia (Potamotrygon sp.), natural da Amazônia.”
Criadores de peixes ornamentais no Brasil
Segundo uma pesquisa de 2012, da Uenf, Universidade Estadual do Norte Fuminense, o País tem cerca de 4.800 criadores. A maior parte, 80%, fica na zona rural. Os outros 20% ficam na zona urbana, em locais com até 200 m2. A mesma pesquisa diz que o mercado movimentou R$ 700 milhões em 2012. E ele vem crescendo. De acordo com o IBGE, 11 milhões de brasileiros têm aquários em casa. Os produtores precisam de licenças da secretaria da Aquicultura e Pesca, e licenças ambientais estaduais. Dois Estados disputam a liderança na criação, Minas Gerais, e Ceará. Os peixes ornamentais não são apenas criados. Eles vêm do extrativismo, tanto na Amazônia, como no mar. No entanto, a alta mortalidade desde a captura até destino final, e a competição com os peixes criados, tem feito com que a atividade da pesca extrativista esteja em franco declínio.
Exportações brasileiras
Ceará lidera exportação de peixes ornamentais
Segundo o Diário do Nordeste, “o Ceará é responsável pela movimentação de até R$ 20 milhões anuais. O mercado cearense de peixes ornamentais marítimos é o terceiro maior do País em volume (1,2 milhão por ano), atrás de Rio de Janeiro e Minas Gerais, e lidera a exportação no País. Ao todo, segundo números da Associação dos Criadores e Lojas de Aquários do Ceará (Aclace), são exportados cerca de 40 mil animais por ano.” O DN diz ainda que “as exportações se dão através de quatro empresas que não criam peixes. Somente fazem o extrativismo/coleta no mar cearense e compram peixes pescados na Amazônia para exportar para Ásia, Europa e EUA.”
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Já a Associação dos Criadores e Lojas de Aquário do Ceará (Aclace) diz que “existem aproximadamente 40 criadores de peixes ornamentais, quase todos de pequeno porte. Oficialmente, também segundo a Aclace, são criadas cerca de 180 espécies diferentes de peixes no Ceará, onde ficam os maiores criadores desses animais e de corais marinhos do Brasil.”
‘O mercado de peixes ornamentais é um grande negócio’
O consultor de gestão, inovação e marketing para o mercado pet, Sergio Lobato disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “o mercado de peixes ornamentais e de aquarismo é um grande negócio. Existe uma oportunidade também para animais silvestres, como pássaros e répteis. Mas eu destaco o aquarismo por conta da margem de lucro da área, que é muito grande. E a legislação, que é mais branda que no casos dos pássaros.”
Imagem de abertura: Grigorii Pisotsckii / Shuttertock
Fontes: https://www.techsciresearch.com/report/global-ornamental-fish-market-by-type-tropical-fresh-water-temperate-fresh-water-marine-ornamentals-by-point-of-sale-dedicated-stores-multi-specialty-stores-online-and-others-competition-forecast-opportunities/1060.html; https://economia.uol.com.br/agronegocio/noticias/redacao/2014/02/24/producao-de-peixes-ornamentais-em-cidades-responde-por-20-do-mercado.htm; https://portal.apexbrasil.com.br/noticia/Brasil-se-destaca-na-exportacao-de-peixes-ornamentais/; https://g1.globo.com/natureza/desafio-natureza/noticia/2019/07/19/como-o-mercado-de-peixes-ornamentais-ajuda-a-preservar-outras-especies.ghtml; https://www.researchgate.net/publication/313904504_Comercio_Brasileiro_de_Peixes_Ornamentais; https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/ce-lidera-venda-de-peixes-ornamentais-ao-exterior-1.1938049; https://pme.estadao.com.br/noticias/geral,peixe-ornamental-e-alternativa-para-fugir-de-concorrencia-no-mercado-pet,3406p.
Sou lojista no ramo de aquarismo em Santa Catarina .
Aqui a lei não é tão branda não .
Temos que ter 6 órgãos para vender um peixe.
Cidasc
Faema
Ibama
Ministério da pesca
Fatma
Consema
Por fim ainda pagamos uma engenheira ambiental para deixar isso tudo em dia .
Não é tão fácil não .
Fora as multas que são orsanbitante se tiver algo de errado .
Questão de margem de lucro ou marcape.
A internet é um dos maiores concorrente nosso , que por tantas taxas e impostos que uma loja tem que pagar , acaba perdendo muito para a internet .
A não ser menos nos peixes que o bom aquarista que ama o hobby prefere escolher a dedo .
Essa é a minha experiência como lojista e hobbysta TB .
Enquanto as pessoas não se conscientizarem do quanto fazem mal à Natureza ao investirem nesse tipo de cultura: criação de PETs, (em grande parte para alimentar a vaidade, compensar a solidão, promover a soberba, satisfazer a volição frívola e engrandecer a ostentação) não é de se esperar que haja consciência em prol do meio ambiente.