❯❯ Acessar versão original

Ecoturismo Marinho conheça o imenso potencial

Ecoturismo Marinho: conheça o imenso potencial

No mundo civilizado milhões de pessoas  praticam o ecoturismo marinho. Ele gera riqueza e empregos; protege o meio ambiente marinho,  educa, e ajuda a conscientizar as pessoas. E ainda é sustentável. Quer coisa melhor?

Litoral de Santa Catarina

Ecoturismo marinho no Brasil

Não fossem nossos órgãos do meio ambiente um ‘Everest de Burocracia’, nossos desconhecidos e abandonados Parques Nacionais federais marinhos poderiam ser mais conhecidos.

O turismo de observação é uma realidade em países civilizados. A atividade gera milhões de dólares em receitas, contribuindo para a manutenção das áreas  protegidas, e gerando milhares de empregos.

Mas, aqui, a administração pública  não admitia  qualquer debate  sobre a única forma de mudar a situação: Parcerias Público Privadas, concessões, e ou privatização das UCs com  potencial turístico.

Foi preciso um novo presidente do ICMBio no Governo Temer, Ricardo Soavinski, de mente aberta para, pela primeira vez, os órgãos federais de meio ambiente aceitarem esta possibilidade.

Governo do Estado de São Paulo propõe concessões

Não há mais dinheiro público capaz de suportar as Unidades de Conservação federais, estaduais ou municipais. O Governo de São Paulo acaba de autorizar a concessão de 25 Unidades de Conservação à iniciativa privada.

PUBLICIDADE

Entre elas  Ilhabela, Intervales, Serra do Mar, Morro do Diabo, e Ilha do Cardoso. Que o processo seja bem feito para, quem sabe, inspirar as federais. Não há outra solução.

Por falar em Ilhabela, a partir de 2022 o turismo de observações de baleias tornou-se um coqueluche. Em 2023, de maio até julho, mais de 500 cetáceos, as jubartes em especial, passaram por suas águas.

Também não podemos esquecer que uma das primeiras medidas do Governo Temer foi transformar Alcatrazes em unidade de conservação que permite o mergulho de observação. Hoje, Alcatrazes está aberta ao público e faturando e gerando empregos, com mergulho de observação apesar da exdrúxula categoria que o ICMBio impôs, uma Revis.

Por que lembrar isso? Porque é preciso dar crédito a quem de direito, uma vez que o governo não se dá ao trabalho de informar  ao público.

O fracasso da APA da Baleia Franca

A APA da Baleia Franca Foi criada por iniciativa de José Truda Palazzo Jr., no ano 2000, justamente para a proteção das Francas e para o turismo de observação.

Mas como o Brasil anda devagar, passados muitos anos de sua criação (14 anos), a UC federal marinha ainda não tinha Plano de Manejo, instrumento obrigatório pela Lei do SNUC. Com isso proibiram a atividade durante anos.  Só recentemente recomeçou.

APA da Baleia Franca

Ecoturismo Marinho: em 2009 observar baleias gerou US$ 2 bilhões de dólares

De acordo com o site wwhandbook.iwc.int ‘o turismo de observação de baleias está crescendo rapidamente em todo o mundo, estima-se que gerou mais de 2 bilhões de dólares americanos e gerou empregos para mais de 13.000 pessoas em 2009’.

‘Várias comunidades costeiras foram transformadas pela introdução do turismo de observação de baleias, como Kaikoura, na Nova Zelândia, onde o número de visitantes anuais aumentou de 3.400 para cerca de 873.000 em um período de aproximadamente 10 anos’.

‘Além de gerar renda e empregos nas comunidades costeiras, a observação responsável de baleias, que inclui um elemento educacional, tem o potencial de promover a valorização da vida selvagem em seu habitat natural e aumentar a conscientização sobre as necessidades de conservação de baleias e golfinhos entre os turistas participantes’.

Austrália fatura R$ 12 bilhões de reais com a Grande Barreira de Corais

Apenas um exemplo mostra quanto o Brasil perde sem o turismo de observação. O estado de Queensland, onde fica a Grande Barreira de Corais, fatura seis bilhões de dólares australianos (cerca de R$ 12 bilhões de reais) por ano com o turismo de observação (mesmo com o branqueamento)!

Turismo de mergulho ‘muck’, a nova tendência

A revista Science acaba de publicar um artigo sobre o potencial do turismo de mergulho muck, ou “Muck diving, que concentra-se em encontrar espécies raras e enigmáticas que habitam os recifes de corais”.

Mergulho ‘muck’ fatura US$ 150 milhões por ano na Indonésia e Filipinas

Segundo a Science os resultados indicam que o turismo de mergulho muck vale mais de US$ 150 milhões por ano na Indonésia e Filipinas combinados. Emprega mais de 2.200 pessoas, e atrai mais de 100 mil mergulhadores por ano.”

PUBLICIDADE

Segundo a matéria, “os mergulhadores que participam são experientes, bem-educados, têm altos rendimentos e estão dispostos a pagar pela proteção de espécies cruciais para a indústria”.

Existem problemas com o turismo de mergulho?

Segundo a Sicence, “a superlotação dos locais de mergulho, poluição e conflitos com os pescadores são relatados como ameaças potenciais para a indústria. Mas, ressalta, o conhecimento limitado sobre esses impactos requer pesquisas adicionais”.

Quais as vantagens do turismo ecológico?

A Science responde: “este estudo mostra que o turismo de mergulho é uma forma sustentável de turismo baseado na natureza nos países em desenvolvimento. Particularmente em áreas onde existe pouco ou nenhum potencial para o mergulho tradicional em recife de corais”.

Ecoturismo Marinho: acorda Brasil!

Aqui, nos trópicos, o ecoturismo marinho ainda engatinha…Não por outro motivo temos defendido que Fernando de Noronha se torne um santuário de tubarões.

Mas, ao invés disso, nosso parque marinho abriu as pernas para o turismo predatório, ao mesmo tempo em que seus bares servem hambúrguer de tubarão!

Assista este belíssimo vídeo e saiba mais sobre o ecoturismo marinho

Fonte: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308597X17300581; https://wwhandbook.iwc.int/en/responsible-management/benefits-and-impacts-of-whale-watching.

Meio ambiente e algumas boas ideias, venha conhecê-las

Sair da versão mobile