Corrupção abjeta em Ubatuba prossegue

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Corrupção abjeta em Ubatuba prossegue

A cassação da prefeita de Ubatuba, Flávia Pascoal (PL), na madrugada de 29 de maio, foi uma vitória da cidadania e dos ambientalistas. Foram anos de corrupção e destruição do meio ambiente, o maior ativo da cidade. Parabéns à advogada Jaqueline Tupinambá, que protocolou o pedido de afastamento ao descobrir a gota d’água, através de licitações de empresas que fornecem a merenda escolar. Jaqueline descobriu que a vencedora, a A.C.F Fernaine, terceirizou parte do objeto e favoreceu outra empresa da qual a prefeita é herdeira, a Pascopan. A empresa é de propriedade do irmão de Flávia. Outro corrupto que teve destino semelhante é o alcaide de Ilhabela, Antônio Colucci (PL), que perdeu os direitos políticos por decisão da Primeira Turma do STF devido a fraude em licitação. Contudo, a corrupção abjeta continua em Ubatuba.

PF apura Corrupção abjeta em Ubatuba
Imagem, Polícia Federal.

Corrupção abjeta em Ubatuba

Em 24 de outubro de 2023, a Polícia Federal realizou uma megaoperação com 26 mandados de busca e apreensão para investigar a fraude que levou à cassação da ex-prefeita.

Em outras palavras, aparentemente, 26 pessoas estariam envolvidas na fraude comandada por Pascoal! Isso é significativo para uma estância balneária. De acordo com o vale360news.com.br, “Também estão sendo cumpridos sete mandados de afastamento das funções públicas e de proibição de acessar e frequentar as dependências dos órgãos públicos municipais, todos expedidos pela Justiça Federal de Caraguatatuba.”

Segundo a mesma fonte, os investigados responderão por associação criminosa e fraude. Se condenados, poderão enfrentar penas de até 14 anos de prisão.

Isso é um reflexo do que acontece no litoral paulista e brasileiro. Não é à toa que costumamos dizer que quem comanda no litoral são a especulação imobiliária e a corrupção, que frequentemente deixam um rastro de destruição ambiental. Com pessoas desse tipo no comando das prefeituras de municípios costeiros, não poderia ser diferente.

Armas e munições apreendidas em Ubatuba.
Imagem, Polícia Federal.

Devido à nossa postura intransigente, Colucci nos processou, mas perdeu na Justiça. Da mesma forma, tivemos que conceder o direito de resposta a Flávia Pascoal em maio deste ano. Assim, desta vez, entramos em contato com os perfis de Flávia no Instagram e Facebook, antecipando que publicaríamos este post, e pedindo que ela se manifestasse.

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Segundo a Folha de S. Paulo, que também repercutiu este caso, ‘As diligências apuraram a possível participação de empresários e funcionários públicos no esquema. Do total de mandados expedidos pela Justiça Federal em Caraguatatuba, 24 foram cumpridos em Ubatuba, um em Natividade da Serra (SP) e um em São José dos Campos.’

Além da ex-prefeita, diz a Folha, o mandado afastou seis funcionários  de suas funções públicas. Eles ficaram proibidos de acessar e frequentar todos os órgãos da prefeitura.

Pão da merenda escolar acima do preço

A matéria da Folha de S. Paulo, de autoria de Francisco Lima Neto, informou que “Segundo o presidente da Câmara, Eugênio Zwibelberg (União Brasil), a padaria Pascopan vendeu à Santa Casa o pão do tipo careca por R$ 6,50 o quilo. Já na compra para a prefeitura, o mesmo tipo custou R$ 21,00 o quilo.”

Por fim, informou o jornal, a Prefeitura de Ubatuba afirmou que o prefeito Márcio Maciel (MDB) acompanha a Polícia Federal desde cedo no paço municipal, colaborando com as diligências e fornecendo acesso a documentos físicos e digitais.

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