Começa declínio ambiental mais cedo que esperávamos
“O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que começa declínio ambiental, justificou, entre outros argumentos a retirada do país do Acordo de Paris dizendo que foi eleito para “representar Pittsburgh e não Paris”, em uma referência à tradição da cidade da Pensilvânia na exploração de carvão. Minutos depois, foi repreendido no Twitter pelo prefeito da cidade, Bill Peduto, que se comprometeu a cumprir as metas do acordo”.
Os Estados Unidos saem do Acordo de Paris, ‘uma conspiração global contra os USA’
O Mar Sem Fim já sabia que Trump tiraria os USA, segundo maior emissor, do Acordo de Paris. Uma das decisões mais tristes do século! O inacreditável presidente disse que “o Acordo de Paris é uma conspiração global contra os Estados Unidos”. Agora os país está ao lado da Síria e Nicarágua, os três únicos a ficarem de fora. Eles de uma lado, 194 países de outro…
Coice com ‘patas de pelúcia’
Imediatamente após a declaração, o mundo reagiu. Uma das melhores declarações foi a do presidente da França, Emmanuel Macron. Num discurso em inglês ele disse:
Os Estados Unidos deram as costas ao mundo. Mas a França não vai das as costas aos americanos…
O primeiro susto
Matéria do Estadão:
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Trump manda agência ambiental excluir dados sobre aquecimento global
No corpo do texto
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta quarta-feira, 25, que a Agência de Proteção Ambiental retire de seu site na internet toda a informação disponível sobre o aquecimento global. A medida é a mais recente nos esforços do republicano de reverter a política ambiental do ex-presidente Barack Obama
Pode?
A importância do Acordo de Paris
A imprensa comemora. Em setembro de 2016, ainda no período Obama, a BBC diz que
…Os Estados Unidos e a China – que, juntos, são responsáveis por 40% das emissões de carbono do mundo – anunciaram neste sábado que ratificarão, ou seja, adotarão oficialmente, o acordo global sobre o clima de Paris.
Acordo de Paris entra em vigor um ano depois de ter sido assinado. Alívio na academia…
Os cientistas que cansaram de prevenir sobre as perigosas consequências do aquecimento global comemoram. Em Janeiro de 2016, um ano depois de ter sido assinado por 195 países, o acordo entra em vigor em tempo recorde.
A Folha de S. Paulo recorda:
Seu antecessor, o Protocolo de Kyoto, levou oito anos para cumprir o mesmo feito
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E destaca:
Da Alemanha à Índia, passando por Estados Unidos e Indonésia, a maioria dos países que apresentaram metas ambiciosas de cortes de emissões de carbono ainda tem políticas de continuidade com a economia baseada em energia fóssil
O mundo respira aliviado mas por pouco tempo…
Alemanha, pioneira na Europa, dá pra trás
A Alemanha não conseguirá cumprir as próprias metas climáticas estabelecidas para 2020, segundo um novo estudo divulgado pelo think thank Agora Energiewende, cujo foco é a chamada “virada energética” do país.
Promessa: 40% menos gases de efeito estufa…
O país se comprometeu a reduzir em 40% seus gases de efeito estufa até 2020, comparando com níveis de 1990. Mas, sem medidas drásticas, a redução dificilmente atingirá os 30%. O think tank acha que o país arrisca a reputação de líder global contra as mudanças climáticas. Cinetistas e ambientalistas dizem que os esforços internos deixam a desejar.
Notem o tanto de carvão de que depende a economia germânica. Em particular, o lignito, extraído no próprio país. Ambientalistas argumentam que apenas um abandono rápido da energia baseada no carvão, demonstraria que a Alemanha deve ser levada a sério no que diz respeito ao combate ao aquecimento global.
Enquanto isso, no Brasil, na Amazônia…
Enquanto a riqueza amazônica permanece desconhecida, o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) informa que “o rebanho bovino na Amazônia Legal saltou de 37 milhões de cabeças em 1995, o que era equivalente a 23% do total nacional, para 85 milhões em 2016 – cerca de 40%.” E finaliza: “A pecuária para a criação de gado é a atividade que mais contribui para o desmatamento na Amazônia, ocupando 65% da área desmatada.”
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Portanto, o Brasil, cujas maiores emissões são por desmatamento, também parece não conseguir atingir as próprias metas.
USA reduz regulação ambiental de usinas elétricas e dá força ao carvão
Esta talvez seja a pior notícia. Saiu em Outubro de 2017. O Estadão diz que “Trump começa a desmantelar as normas ambientais adotadas por Obama”. Que normas seriam? Obama propôs reduzir as emissões de usinas elétricas, em especial as movidas a carvão, o mais poluente combustível fóssil. Mas Trump, ao concorrer, foi apoiado entre outros, por produtores de carvão. Agora cumpre mais uma promessa de campanha.
Qualquer semelhança com o Brasil de Bolsonaro não é mera coincidência.
USA: “a guerra ao carvão chegou ao fim”
Foi o que declarou o secretário de Proteção Ambiental, Scott Pruitt. A ideia do governo Trump é subsidiar as usinas de carvão que vêm perdendo espaço para as movidas a gás e energia renovável. Atualmente, um terço da energia dos USA é provida pelo carvão. O projeto é tão polêmico que é combatido dentro do país. O Procurador Geral de Nova York iniciará uma batalha judicial para evitar esta medida.
E, então, começa o declínio ambiental, ou não? Qual a sua opinião? Escreva pra gente.
(Foto de abertura: racismoambiental.net.br)
Fontes: estadao.com; BBc.com; Folha de S. Paulo; DW.