Peixe Diabo-Negro, das profundezas, filmado por cientistas

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Peixe Diabo-Negro, das profundezas, filmado por cientistas

Primeiramente, é muito feio. Tem cara invocada e dentes enormes, na verdade, é medonho, assustador mesmo. Já, as imagens, originárias da Califórnia. Peixe Diabo-Negro, finalmente, filmado em raro registro. Como dizia Raulzito, com a boca escancarada cheia de dentes o tamboril, antecipadamente, conhecido como  diabo do mar Negro parece feito sob medida para holofotes.

peixe-diabo-negro

O peixe abissal foi documentado em raras imagens

Antes de mais nada, é abissal, da classe Lophiiformes e, documentado, na Califórnia. Já, o vídeo tem autoria de pesquisadores do Monterey Bay Aquarium Research Institute.

Para começar, estava a cerca de 8.000 metros da superfície e, as imagens conseguidas com o equipamento “Don Ricketts, operado, remotamente, no cânion submarino Monterey.

Imagem do peixe diabo-negro
Imagem, E. Widder, ORCA, www.teamorca.org.

O animal, que vive nas regiões mais profundas, ainda mais, caracteriza-se por “antenas de luz” na parte de cima da cabeça, em consequência, usa iluminação  (bioluminescência) para atrair presas às mandíbulas, assustadoramente, imensas. São as fantásticas estratégias da natureza.

Você sabia que estudavam a bioluminescência desde a antiguidade clássica?

Curiosamente, o fenômeno é conhecido há milhares de anos. Assim, sempre encantou e fascinou as mentes mais curiosas. Em consequência, alguns historiadores acreditam que a poesia antiga chinesa teria feito o primeiro registro da ‘luz animal’.  Contudo, foram os gregos e romanos que fizeram observações mais explícitas e sistemáticas.

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Acima de tudo, a primeira referência grega à fosforescência marinha data de 500 a.C com a técnica das descrições de observações. Similarmente, Aristóteles (384 – 332 a.C) registrou a bioluminescência em detalhes. Durante seu estudo, descobriu que esses organismos eram capazes da auto-luminosidade. Por fim, séculos depois Plínio o Velho (23-79 d.C), produziu “Naturalis Historia” um relato do conhecimento mundial à época. Nele,  detalhou organismos bioluminescêntes incluindo, entre outros, vagalumes e, até mesmo, águas-vivas.

Veículo operado remotamente

National Geographic, ‘Uma equipe que usou veículo operado remotamente (ROV) no Monterey Bay Canyon avistou o demônio do mar negro de 9 centímetros a cerca de 580 metros de profundidade. Os cientistas, então, conseguiram  trazê-lo vivo à superfície o que não é fácil, desde então, têm monitorado os cardumes’.

Bruce Robison, ecologista do Monterey Bay Aquarium Research Institute já trouxe demônios do mar das profundezas, mas, nunca com ROV. “Veio em condições, absolutamente, perfeitas” assegurou.

“Uma das primeiras sensações dos ictiologistas foi o espanto. Acima de tudo, perguntaram-se, como usaria a nadadeira dorsal para nadar? Ninguém, nunca antes, tinha visto.”

Quanto mais estudamos, mais aprendemos. Incríveis criaturas como, por exemplo, o peixe com cabeça transparente cujo mistério foi, recentemente, descoberto. Ou, o polvo Wunderpus, maravilha, igualmente, recém-descoberta.

Abaixo, vídeo da equipe de pesquisadores da Califórnia, EUA.

The anglerfish: The original approach to deep-sea fishing

Se você gostou deste vídeo, tem tudo para gostar da campanha feita por uma empresa australiana, baseada no canto das baleias. Assista Tudo é possível.

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