Tunicados, mais um fascinante animal marinho
A gente pensa que conhece tudo, mas o ‘tudo’ não passa de 5%. Até hoje o homem estudou e mapeou menos de 5% do assoalho marinho. Portanto, o pouco que sabemos sobre os multifacetados oceanos, vem de apenas 5% de espaço explorado. Lembrando que os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra. Portanto, o que sabemos é ainda uma migalha comparado ao que devíamos saber. O verbo, no pretérito imperfeito do indicativo, acentua a lição de casa que não fizemos. A humanidade preferiu investir trilhões para conhecer o espaço sideral, sobrou muito pouco para a exploração submarina que também é cara e dependente de novas tecnologias. É por isso que nos assustamos ao conhecer uma nova espécie como os tunicados. E ainda vamos nos surpreender muito com as descobertas que finalmente começam a ser feitas com mais frequência.
‘Tubo com oito metros’
Os oceanos, a vida marinha, e os serviços que prestam à humanidade nunca foram tão estudados como hoje. O perigo que ameaça sua resiliência nunca foi tão real, apesar dos que negam o aquecimento. Isso fez com que as grandes instituições virassem suas lupas para o mar. As descobertas foram o passo seguinte…
“O tubo de oito metros de comprimento não é uma criatura única, de acordo com o The Washington Post, mas sim uma colônia de pequenas criaturas chamadas tunicados. Ele é um animal tão desconhecido para o leigo que custa um pouco de imaginação e raciocínio para entender como a criatura se forma. Os tunicados podem ser flutuantes ou ancorados no fundo do mar. De qualquer maneira, eles filtram o plâncton.”
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Para a Oceana, “O Pyrosome Gigante é um tunicado colonial flutuante que é feito de milhares de clones idênticos, juntos formando uma estrutura cilíndrica oca que pode ter 18 metros de comprimento e largura suficiente para uma pessoa entrar. Cada clone individual é um animal pequeno e completo que filtra a água, sem parar, para obter comida, eliminar resíduos e contribuir para a propulsão de todo o superorganismo. Esses clones possuem uma notocorda (corda “espinhal”) e são, portanto, cordados (Os cordados representam o grupo de animais do filo Chordata. São representados por alguns invertebrados aquáticos e todos os vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), juntamente com todos os vertebrados, incluindo pessoas.”
Filmado por acaso
Os mergulhadores Steve Hathaway, e Andrew Buttle encontraram a criatura colonial enquanto filmavam imagens subaquáticas perto de White Island, Nova Zelândia. O pirossomo estava abaixo de Hathaway no fundo do oceano quando eles o viram pela primeira vez. E agiram rapidamente mirando a câmera de vídeo para a colônia. “Eu sei que a natureza não espera por ninguém, e eu não poderia deixar passar essa oportunidade”, disse um deles ao Washington Post.
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Descrição minuciosa
“Cada minúsculo tunicado que compõe o gigantesco pyrosome parece uma simples haste branca, embora eles sejam de fato complexos: esses animais têm uma medula espinhal. Eles se reproduzem por clonagem, de modo que cada um na colônia é geneticamente idêntico a todos os outros – embora quando duas colônias separadas se encontrem, elas também podem se reproduzir sexualmente. Uma colônia poderia teoricamente viver para sempre, adicionando novos clones como os antigos, e crescendo e encolhendo em resposta às condições.”
Sabe-se pouco ainda sobre os tunicados
A ciência ainda precisa de muita pesquisa para ser mais assertiva quanto a este animal. Por enquanto sabe-se pouco: “As colônias tomam a forma de um tubo oco e podem atingir 18 metros de comprimento e ser largas o suficiente para um mergulhador nadar. No entanto, você não deve tentar, de acordo com um artigo de 2013 no Deep Sea News. Houve um relato de um pinguim morto encontrado dentro de um grande pirossomo. O pássaro infeliz, aparentemente, ficou preso e foi incapaz de se virar ou se libertar da colônia. Embora os mergulhadores descrevam que os pyrosomes são fofos, eles são bastante fortes. Um artigo de 2017 da Reuters relatou um pico repentino em pequenos pirossomos ao longo da costa oeste dos Estados Unidos, que entupiam o equipamento de pesca com uma substância parecida a uma goma.”
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O surgimento desses pirossomos da costa oeste – longe de sua faixa tropical normal – ainda é um mistério. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, no verão de 2017, cinco minutos de reboque de uma rede na costa do Oregon chegaram a incríveis 60.000 pirossomos capturados.
Do vídeo, a bolha amorfa parece se estender por uma milha enquanto serpenteia pela água, superando os dois mergulhadores que a cercam.
‘Uma colônia pode viver para sempre’
Vamos à explicação da ONG Oceana: “Pyrosomes gigantes são bioluminescentes. A luz produzida pelos Pyrosomes Gigantes é brilhante e duradoura. É bonita de se ver. Como os tunicados individuais podem se reproduzir via clonagem, a colônia pode regenerar partes danificadas ou continuar crescendo após serem quebradas. A menos que todos os clones individuais sejam mortos ao mesmo tempo, uma colônia pode, teoricamente, viver para sempre (este não é o único animal marinho imortal), encolhendo e crescendo com base na alimentação disponível. Os clones individuais são hermafroditas; produzem tanto óvulos quanto espermatozoides. Quando duas colônias se encontram no mar aberto, os indivíduos provavelmente se envolvem em reprodução sexual. As colônias também se reproduzem assexuadamente, por meio de pequenas colônias iniciais que contêm alguns clones individuais.
Assista ao vídeo e saiba um pouco mais. O vídeo abaixo não é da dupla de que fala o post. O único vídeo que conseguimos também foi gravado na região, mas é de outro diretor.
Assista a este vídeo no YouTube
Fontes: https://www.livescience.com/64112-feather-boa-sea-creature-video.html?utm_source=ls-newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=20181119-ls; https://oceana.org/marine-life/corals-and-other-invertebrates/giant-pyrosome; https://www.washingtonpost.com/science/2018/11/15/ive-always-wanted-see-one-video-shows-divers-encounter-with-foot-sea-creature/?noredirect=on&utm_term=.d9dc090a18ca.
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Que comentários pouco científicos… Além do aquecimento global ser um fato o fator humano também é indiscutível. Só uma ciência “de extrema-direita”, com forte viés ideológico pode achar que o homem não faz parte disso. Mas é ciência de araque.
aham amiguinho é sim, e a terra é plana
A terra esta resfriando, rumo a mais uma era glacial.
Ao Felix, Eder, Edu e congêneres. Vocês podiam nos ajudar e indicar os estudos sobre a nova era pré-glacial que se aproxima.
Félix e Edu, perfeito!
Afinal, quem causa o aquecimento global é o Sol e a retenção do calor pelos oceanos. Por sua vez, até os cristalizados pelo aquecimento, desconfiam de uma pequena era glacial a caminho.
Sr. João Lara, quando vamos ler um artigo técnico cientifico, fora da politica, não queremos ver nomes de políticos, o senhor logicamente vai chamar atenção para o seu artigo com este artificio, claro cria um factoide, porem quando aparecer o seu nome nos próximos artigos eu não vou ler. Porque isto que o senhor fez eu encaro como desonestidade intelectual. Passe bem.
O animal é interessante, mas esse pessoal precisa politizar tudo… Desapontador.