Plataforma Troll A, um colosso da engenharia

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Plataforma Troll A, colosso da engenharia fincado no Mar do Norte, além de ode ‘ao suicídio coletivo

Segundo o www.civilizacaoengenheira.wordpress.com A plataforma  Troll A de gás natural fica na Noruega, mais precisamente no Mar do Norte. Ela é o mais pesado objeto móvel já feito pelo homem, com um peso “vazio” de 656 mil toneladas. A estrutura, construída em 2014, tem 472 metros de altura (mais alta do que era o World Trade Center). Para fazê-la, utilizaram 245 mil m³ de concreto e 100 mil toneladas de aço (15 vezes mais que na construção da torre Eiffel). A Troll A está fixada a 303 metros de profundidade por âncoras a vácuo. Depois de pronta tornou-se um dos maiores e mais complexos projetos da engenharia moderna.

Plataforma Troll A.

A maior plataforma offshore existente

O site explica que a plataforma tem sua operação a cargo da Equinor. Contudo, a construção foi complexa. Uma vez pronta, foi rebocada por mais de 200 km, durante sete dias seguidos, da vila de Vats ao Mar do Norte. Por ser mais uma construção impressionante, o evento foi televisionado na Noruega.

rebocando a plataforma.
Imagem, Pinterest.

Contendo cerca de 40 por cento das reservas totais de gás na plataforma continental norueguesa, o campo de Troll representa a pedra angular da produção de gás do país.

Interior de uma das pernas da plataforma
Interior de uma das pernas da plataforma Troll A. Imagem, www.datis.inc.com.

As pernas devem ser capazes de suportar pressões intensas, então suas paredes  têm mais de 1 metro de espessura e são feitas de concreto reforçado com aço.

Alguns projetos de engenharia que ‘domaram o mar’

A plataforma, por sua complexidade, pode ser comparada a outras obras da engenharia moderna que domaram o mar. Entre elas a primeira rotatória submarina do mundo, nas ilhas Faroé, ou a colossal ponte Hong Kong-Zuhai-Macau.

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A obra gigantesca encurta o caminho no Delta do Rio das Pérolas, China, que tem numa extremidade Hong Kong; na outra, Macau e Zuhai, as três mais importantes cidades do sul da China.

Aliás, a plataforma Troll A não é a única experiência fora de série da Noruega nesta área. O país foi o primeiro a planejar, igualmente, o primeiro túnel para navios cuja construção começou em 2022.

Cortes de emissões da Troll A

É uma pena que não se invista o mesmo talento, e valores despendidos para tal construção, em maneiras de o mundo evitar os gases de efeito estufa que estão levando o aquecimento à uma rota de suicídio, conforme não se cansa de alertar o secretário-geral da ONU.

Ilustraçao de plataforma
O campo Troll no Mar do Norte ficará quase totalmente eletrificado usando energia da costa em 2026 (Ilustração: Equinor).

Seja como for, em 2021 o site www.npd.no explicou que, com as três estruturas em funcionamento, elas serão conectadas para receber energia elétrica através de cabos da costa até 2026. Desse modo, resultarão  cortes de emissão de 466.000 toneladas de CO₂ por ano, de acordo com as declarações da operadora Equinor.

Troll A foi a primeira plataforma norueguesa a funcionar com energia da costa. Até agora, a Troll B e C funcionavam com energia de geradores de gás.

O trabalho para modificar e preparar a Troll B está programado para ser concluído na primavera de 2024, enquanto a Troll C estará pronta para receber energia da costa no outono de 2026.

“Estamos em uma estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”

Enquanto as petrolíferas continuam com o pé no acelerador, do outro lado do mundo, no Egito, ocorre a COP 27, cujo ponto central é como fazer as nações ricas destinarem dinheiro para as questões climáticas.

Simultaneamente, o secretário-geral da ONU, em novo apelo ao bom senso, repete a frase que já o tornou célebre: ‘Estamos em uma estrada para o inferno climático com o pé no acelerador.’

plataforma Troll A
Troll A, uma fantástica obra de engenharia mas, ao mesmo tempo, uma ode ao suicídio coletivo. Imagem, wikipedia.

Mas nesta mesma COP27, uma das maiores delegações entre todas é a dos lobistas dos combustíveis fósseis. Como mostrou a Folha de S. Paulo (10/11/2022), em matéria de Ana Carolina Amaral, ‘O setor tem 636 representantes na conferência deste ano. O número é 26% maior do que na COP26, no ano passado, quando tinha 503 lobistas.’

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Por último, conforme mostrou o Estadão (9/11/2022), vamos lembrar que ‘o Brasil vai perder R$ 52 bilhões em arrecadação (2023) para incentivar combustíveis fósseis.’

Podemos ter esperanças? Nós, do Mar Sem Fim, torcemos. Mas não acreditamos. Pelo visto, obras faraônicas para explorar ainda mais petróleo continuarão a ganhar as manchetes.

Quanto ao clima, quem se importa?

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