Plástico em peixes da Amazônia, revela estudo

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Plástico em peixes da Amazônia, revela estudo

Pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) mostra que peixes da Amazônia estão se alimentando de plástico. Fomos dos primeiros a alertar para  a pandemia de plástico nos mares. Também comentamos análise que mostra microplástico no sal de mesa; e que ‘chove’ microplástico em vários cantos do mundo. Mas esta nos pegou de surpresa: estudo revela Plástico em peixes da Amazônia .

imagem de Plástico em peixes da Amazônia

Plástico em peixes da Amazônia, revela estudo

A pesquisa foi realizada com 172 peixes, coletados ao longo de 300 quilômetros na bacia do rio Guamá. Mas sabe-se que os peixes se alimentam de microplásticos em várias áreas remotas da Amazônia. Segundo a BBC “Um estudo publicado na revista Nature Communications em junho de 2017 estima que sejam despejadas no oceano 39 mil toneladas de plástico por ano via rio Amazonas — que passa por Peru, Equador, Colômbia e Brasil.”

A preocupação dos pesquisadores é que isto pode levar à mortandade, ou afetar reprodução das espécies provocando desequilíbrio em toda a cadeia. Segundo a BBC, “Esse tipo de poluição dá sinais de estar espalhado por toda a bacia amazônica.”

“Em janeiro de 2019, um grupo de pesquisadores liderados pelo ictiólogo Marcelo Andrade, também ligado à UFPA, identificou pela primeira vez a presença de plástico em peixes amazônicos. Na ocasião, eles encontraram partículas no trato gastrointestinal de quase 25% dos peixes coletados no rio Xingu, incluindo a piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri).”

Segunda fase em Belém

A BBC diz que “A segunda fase da pesquisa está sendo realizada em Belém, onde a poluição é bem mais visível: esgoto sem tratamento e muito lixo são despejados nos canais que cortam a cidade e vão parar nos rios que banham a capital.”

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O trabalho dos pesquisadores de peixe de água doce  da UFPA, publicado em julho na revista científica Environmental Pollution, “é apontar a extensão dos danos ao sistema respiratório dos animais e que esse problema ambiental atinge com mais intensidade nascentes de rios e riachos, onde os peixes têm, em média, 10 cm na fase adulta, não costumam ser consumidos pelo homem e enfrentam riscos maiores de desequilíbrio ecológico.”

imagem de peixe da amazônia

“Foram analisadas 14 espécies de peixe coletadas em 12 locais na bacia do rio Guamá, no município paraense de Barcarena, e na bacia do Acará-Capim, nos municípios de Ipixuna do Pará, Concórdia do Pará e Tomé Açu”, e sempre próximos a locais ribeirinhos sem tratamento de esgoto, ressalta a rede inglesa.

 A pesquisadora Danielle Ribeiro-Brasil, uma das autoras do artigo e integrante do grupo de pesquisa da UFPA, declarou

Sem a presença no futuro de uma dessas espécies que consomem larvas de insetos, por exemplo, poderia haver a explosão de uma população de mosquitos e o espalhamento desenfreado de doenças

Danielle disse que o próximo passo é analisar o impacto para a perda das espécies.

Como o microplástico afeta os peixes

Segundo a BBC, atacam pontos centrais, as brânquias e o trato digestivo.”No primeiro, o plástico interfere na aptidão física do animal, afetando sua energia para a captura de alimentos e para a reprodução. No segundo, essas partículas podem dar uma falsa sensação de saciedade ao peixe ou mesmo feri-lo até a morte.”

“Para o grupo de pesquisadores da UFPA, as ações para evitar o aumento da contaminação por plástico da bacia Amazônica demandam o envolvimento da população local, iniciativas de educação ambiental de manejo dos resíduos sólidos e o engajamento de instituições públicas e privadas, entre outros pontos.”

imagem de igarapé na Amazônia

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Segundo a BBC, os pesquisadores  defendem o ‘incentivo para a redução do consumo de plásticos de uso único’, coisa que este site não se cansa de pedir às autoridades do País que ignoram o assunto. São Paulo, a ‘mais rica cidade da América Latina’, que se considera progressista, foi das últimas cidades do País a proibir….canudinhos de plástico!

As pesquisas da UPFA

Esta é a terceira pesquisa da UPFA sobre o tema. As duas primeiras analisaram a situação dos peixes dos rios Amazonas e Xingu, encontrando resíduos plásticos em cerca de 30% dos indivíduos. Outro, descobriu microplástico em uma praia no litoral noroeste do Pará.

Já foram analisados peixes do estuário do rio Amazonas, na costa norte do Pará, que é responsável por 28% de todo o desembarque nacional de pescado, e outro no rio Xingu, que ‘constatou a ingestão de microplástico por cerca de 30% dos 172 indivíduos analisados. O artigo sobre esta pesquisa foi publicado no Marine Pollution Bulletin, em janeiro de 2019′.

Imagem de abertura: https://blogdopedlowski.com/

Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53832055; https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/06/06/pesquisa-da-ufpa-mostra-que-peixes-da-amazonia-estao-se-alimentando-de-plastico.ghtml; https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/7305-microplastico-ja-contamina-praias-e-peixes-da-amazonia.html.

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Comentários

3 COMENTÁRIOS

  1. Como fiel seguidor do Marsemfim, me permita pôr em duvida a impressão passada de que “toda a Amazonia” está poluida por plásticos…Fui verificar no Google Maps e vi que o rio Guamá é vizinho a Belém e não o interiorzão (!) da Amazônia… A proposito…ainda bem que estive lá (Cruzeiro do Sul e Manaus) nos idos de 48 a 52…eu era feliz e não sabia! Grato pelas matérias divulgadas tanto em novas tecnologias como sobre historias da navegação, descobertas, etc. Leio com interesse e recomendo a amigos! Toquem o barco!!!

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